Olga

Capítulo 1

- Olga acordaaa!!!. Acordei num pulo da cama com os gritos da minha mãe vindo do andar de baixo,olhei o despertador que marcava exatamente 07:40 da manhã,eu estava literalmente atrasada e logo hoje que era dia de prova, se atrasar já fazia parte da minha rotina faz tempo,eu não sou muito boa com horários,melhor me levantar e correr ou minha mãe vai ter um troço na cozinha.

   Desci as escadas correndo feito uma louca e o meu coração faltava pouco sair pela boca, não consegui nem toma café para completar,dei um beijo no rosto da minha mãe e saí porta a fora,até a carona do meu pai eu perdi,teria que ir de ônibus o que iria demorar uma eternidade até o colégio,estava tão distraída fuçando minha bolsa em busca da minha bolsinha de moedas que nem vi quando esbarrei em alguém e só não caí de bunda no chão porque a pessoa foi mais rápida e me seguro pelo braço,estava pronta para pedi desculpas quando levantei minha cabeça e vi quem era,não pude disfarçar minhas bochechas vermelhas de vergonha.

  Era o Rafael,o amor da minha vida,desde que tinha 12 anos eu me apaixonei por ele e até hoje sou, talvez até mais que antes,uma pena ser apenas um amor platônico e nunca vai se concretizar.
- d-desculpa Rafael, não tinha te visto,estou tão atrasada,mil perdões.Falei tentando disfarçar minha cara de tacho.

- Tudo bem Olga, não ficarei no seu caminho só tome cuidado com a rua e tenha um bom dia.Disse com um sorriso fofo no rosto e logo adentro o portão da sua casa. Só me dei conta que estava em transe  no meio da calçada quando um carro passou buzinando,voltei a realidade e não poderia sentir mais vergonha do que estou agora, fiquei imaginando a cara dele me olhando com certeza deve pensa que tenho sérios problemas mentais.

Corri o mais rápido que pude e alcancei o ônibus já saindo,me sentei nos fundos e coloquei meus fones de ouvido, fiquei pensando no incidente dessa manhã e um sorriso bobo escabou dos meus lábios,como podia um ser tão lindo e fofo,o Rafael era aquele tipo de homem completo que toda mulher sonha em casar,ele tem sim seu lado mandão e chato,fora isso era perfeito eu amava cada detalhe, até seu perfume favorito eu sei e o que gosta de comer, os lugares que gosta de ir e etc ... Deve estão se perguntando como sei tudo isso,calma que não sou uma psicopata é que o Rafael é amigo dos meus pais e de vez em quanto vem a minha casa e eu aproveito para ouvi e admira ele de pertinho,mais ultimamente ele tem andado tão ocupado que nem vem mais,meu pai já fez vários convites e ele não aparece,desde que o conheço nunca se caso,mais as namoradas eu já cheguei a vê saindo de sua casa e morria de ciúmes.As vezes fico me perguntando por quê eu fui me apaixonar.

  Quando o ônibus parou eu desci e tive que fazer minha melhor cara de drama e inventa uma história qualquer para convencer a diretora a me deixar entrar,sorte minha que dona Leyla está em um bom dia,pois aquela mulher era virada no samurai,as vezes me coloco no lugar dela e penso que até eu ficaria,tendo que dá conta de um colégio inteiro com adolescente rebeldes e mau criados,mas logo a realidade vem e lembro que eu sou um dos motivos dos cabelos brancos de dona Leyla e acabo rindo disso,mais eu tento ser normal e educada mais esse colégio me deixa maluca.
Fui correndo para minha sala com o olhar desconfiado da diretora,talvez ainda esteja tentando encaixar as peças da minha história e vê se realmente é verdadeira,mais o importante é que consegui entrar.

  Entrei na sala sobre o olhar fulminante do professor de matemática Aurélio,odiava que entrassem no meio da sua aula,ainda mais  por atraso,me sentei na primeira fileira pois era o único lugar vazio,queria tanto bater em alguma coisa de tanta raiva,por um momento pensei que o homem baixinho e barrigudo vindo em minha direção com cara de poucos amigos iria me dá uma bronca,mais nada aconteceu apenas me entregou a prova e volto para seu lugar fazendo sinal com a mão de que estava de olho,eu apenas dei de ambos e comecei a prova,aquilo parecia não ter fim.
  Quando o sinal bateu foi um alívio tão grande que todos começaram a se levantar e correr para a porta com medo que o professor Aurélio quisesse mais alguns minutinhos de aula.
O resto do dia foi normal,fiquei com meus amigos e fizemos as palhaçadas de sempre,estava abraçada com a Kim indo para a saída da colégio,nem acreditei quando cheguei em casa e caí na minha cama.