31| Sala de Controle

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Depois de me lembrar das palavras do Sr. Bang no dia em que fomos àquele restaurante eu simplesmente tive certeza. 

É ele quem está por trás do desaparecimento de Christopher. 

Sem hesitar, corri de volta para o hotel. Precisava encontrar alguma pista de onde o garoto estava, e sabia exatamente por onde começar. 

O concierge. 

Enquanto eu procurava pelo funcionário no interior do prédio, as peças se juntavam em minha mente e o quebra-cabeças tomava forma. O pai de Chan nunca quis que ele cantasse. Sua vontade sempre foi que o filho se tornasse um neurocirurgião assim como ele, e é por isso que ele tenta fazer com que isso aconteça a qualquer custo, de todas as formas mais cruéis possíveis, mesmo essa não sendo a vontade de Christopher. 

O Sr. Bang não conseguiu convencer Chan sozinho, nem mesmo com a ajuda de sua esposa. Também não conseguiu que Felix fizesse o irmão mudar de ideia e, quando ele pensou que poderia me usar para conseguir o que queria, eu recusei. Tenho certeza que foi aí que o concierge entrou na história. 

Alguém facilmente manipulável por dinheiro e que tem total acesso ao hotel onde Christopher está hospedado. Isso é podre. 

Faço uma careta só de pensar no quão desprezível esse homem é a ponto de pagar alguém para sumir com o próprio filho. 

Está na cara que o Sr. Bang odeia o fato de Chan cantar. O que é uma pena para ele, porque eu adoro quando ele canta. E não vou deixar que ninguém o impeça de fazer o que ama. 

Pergunto à camareira que passava com seu carrinho pelo corredor se havia visto o concierge e ela me diz que aquele era o horário do jantar dele. Depois de muita insistência da minha parte, a mulher me indicou onde ficava a copa dos funcionários. Agradeci a informação e corri até lá, entrando pela porta aberta. 

Como ele pode estar desse jeito depois do que fez? 

Sinto uma fúria descomunal tomar conta do meu corpo assim que olho para o homem. Ele comia tranquilamente enquanto ria assistindo a um vídeo em seu celular desfrutando de sua refeição sem um pingo de culpa ou arrependimento no rosto. 

Bato na mesa com o punho fechado e o impacto o faz derrubar o garfo de sua mão. 

— Ya! Que merda é essa? — ele grita feroz, levantando o olhar para mim. 

— Foi você, não foi? — acuso, sentindo minha raiva aumentar — Me diz agora o que fez com ele! 

Olhei ao redor, não havia mais ninguém na copa jantando, nós éramos os únicos ali. Se esse cara partir pra cima de mim, eu estou completamente ferrada. 

Mas agora não tem mais volta.

— Não sei do que está falando, garota — seu tom de voz abaixou, mas ele não pareceu menos assustador. — Saia daqui antes que eu te coloque pra fora. 

— Eu não estou brincando. Vi quando o Bang te deu aquele dinheiro. Vi vocês dois juntos mais de uma vez — mantive minha voz firme, apesar de estar me tremendo por dentro. — Agora me diz, onde tá o Christopher? 

— Já disse que não sei do que está falando. Não conheço Christopher nenhum — ele diz pausadamente, quase num sussurro. — Agora sai da minha frente! Vai! — dou um passo para trás assustada quando ele grita a última frase. 

Respiro fundo algumas vezes o encarando. Ele não ia mesmo confessar o que fez e muito menos me dizer o paradeiro de Chan, então, sem nenhum arrependimento, eu tomei essa atitude arriscada e virei a bandeja de comida em cima dele. 

I Want You ☆ Bang ChanOnde histórias criam vida. Descubra agora