Cecília Albuquerque📍

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Era de manhã bem cedinho, acordei com um pesadelo envolvendo meus amigos do colégio, acordei assustada e logo me despertei. Ainda com os olhos fechados, levo minha mão até o criado mudo, pego meu celular e puxo, desconectando o mesmo do carregador, abri meus olhos lentamente, em seguida os cocei e bocejei, vi a hora em meu celular e era apenas 07:15 da manhã.
Ainda com moleza, resolvo levar da cama e agir minha vida logo. Me levantei, fui até o banheiro, lavei meu rosto e já aproveitei pra fazer minha higiene bucal, em seguida, levo minhas mãos até meu cabelo e faço um co

que no mesmo. Saio do banheiro, ainda com roupa de dormir, vou até o closet, pego um vestidinho de tecido leve e da cor preta, visto o mesmo e volto para o quarto, logo em seguida, saio do mesmo e vou descendo para o andar de baixo, indo em direção a cozinha, já para tomar meu café da manhã.
Chegando na mesma, vejo todo mundo sentado na mesa, como se estivessem me esperando, todos sérios e ninguém estava comendo direito.

- Bom dia gente, o que houve?

- Precisamos conversar, filha. *Diz minha mãe, com um olhar sério, enquanto me encarava

Vou me sentando na mesa, começo a sentir o clima pesado, me deixando completamente nervosa, pensando no que poderia ter acontecido. - Pode falar mãe, sou todo ouvidos.

- Então filha.. Vou tentar ser o mais direta possível. Seu pai apostou, e acabou perdendo, consequentemente, ele gastou todo nosso dinheiro com essas apostas, e ontem o banco me ligou, dizendo que não tínhamos mais nenhum saldo na conta, ou seja, nossa conta está zerada, graças ao viciado do seu pai.

- Oi? Como assim? *Digo com um tom nervoso, sem estar entendendo, já segurando o choro. - Estamos pobres mãe?

- É, pelo visto, sim filha. A partir de hoje, iremos cortar alguns custos, por exemplo, sua escola particular, não vamos conseguir pagar, tem o seu cartão também..

*Minha ficha começa a cair, meus olhos se enchem de lágrimas, não querendo acreditar no que eu estava ouvindo. Olho para o meu pai, que está calado e com sua cabeça baixa, demonstrando que sabia de seu erro.

- Mas, mas.. E o Caíque? Só minhas coisas serão cortadas? Não vou aguentar isso mãe, não nasci pra ser pobre, eu nasci pra ser herdeira!  *digo com a voz um pouco alterada

- Filha, ele também vai ter que abrir mão de umas coisas.. *diz com calma e paciência, ao ver que estou me alterando

*Caíque começa a rir, enquanto choro, não acreditando nisso tudo. - Para de drama, sua mimada, acabou a fase de patricinha sustentada pelos pais. *diz rindo, debochando da minha cara

- vai se fuder caíque, não mexe comigo! *Digo com a voz embargada por causa do choro. Ele me olha e continua rindo e debochando

- Para de rir dela, caíque  *diz minha mãe, em um tom bravo 

*Após uns segundos, um silêncio se instala na cozinha, e a tensão sobressaindo no ar. Me levanto, ainda sem reação, e saio correndo para o meu quarto. Ouço só meu pai me chamando e o ignoro.

- Filha.. *Volto rapidamente, e dou um grito na cozinha, fazendo com que até os empregados me olhem.
- ISSO TUDO É CULPA SUA, PAI! *saio novamente, subo correndo até meu quarto, entro, bato a porta com força e me tranco no mesmo, apenas ficando sozinha e chorando.

*Começo a gritar enquanto choro. - QUE DROGA DE VIDA, EU NÃO MEREÇO ISSO, EU NÃO PEDI ISSO E EU NÃO QUERO ISSO! EU TE ODEIO PAI! *Grito, e volto a chorar e soluçar.

Os Opostos Se Atraem Onde histórias criam vida. Descubra agora