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Infelizmente dessa fez eu não fiquei caçando erros, por pura e espontânea preguiça.
Então já peço desculpas pelos erros futuros

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Julia terminava de pôr a mesa enquanto sacudia os quadris ao som da música que tocava nas caixinhas de som onde o celular estava acoplado. Queria que tudo estivesse perfeito para aquela noite. Era importante.
Fazia mais ou menos uns 6 meses que Guilherme havia reencontrado seu melhor amigo de infância e logo esse reencontro gerou conversas nostálgicas, saídas após o trabalho e finalmente, depois de muito tempo, um convite para um jantar.

— Let you put your hands on me. In my skin-tight jeans. Be your teenage dream tonight.

Julia cantava a plenos pulmões, colocava as taças na mesa e buscava no armário seus pratos mais bonitos.

— Está animadinha, amor — Guilherme chegou do nada na cozinha dando um susto em Julia.
— Que susto, já estou quase terminando, que horas ele chega mesmo?
— As oito era o horário marcado, mas do jeito que eu o conheço nove horas ele está aqui.
— Que bom, porque me empolguei e não deu tempo nem mesmo de tomar um banho.
— Então vai lá princesa, eu termino as coisas aqui, já tomei banho.
— Obrigada amor.

Julia saiu da cozinha recebendo um tapa na bunda assim que passou por Guilherme.
A mulher sorriu e seguiu para o banheiro. Tirou a roupa sem pressa e jogou no cesto. A água quentinha corria pelo corpo de Júlia lhe dando uma sensação boa de alívio, estava cansada, mesmo sabendo a semanas que o amigo de Guilherme ia para casa havia se esforçado tanto que estava quebrada.
Assim que saiu da ducha e se enxugou seguiu para o quarto com uma toalha no corpo e no cabelo. Sua roupa já estava separada desde cedo, usaria um vestido florido com fundo lilás e um tênis da Nike branco e cinza claro, era um jantar em casa, então não usaria maquiagem.
O relógio batia oito e quinze quando Júlia terminou de se arrumar, se olhou uma última vez no espelho dando uma arrumada no cabelo e sorriu para seu próprio reflexo, naquele dia em particular estava se sentindo bonita.
De volta para a cozinha já estava tudo perfeito, Guilherme estava sentado em uma das banquetas mexendo no celular, Júlia o abraçou pelas costas fazendo carinho em seu peito.

— Ele já está chegando, acabamos de conversar.
— Que bom, eu já estou com fome — Guilherme sorriu e puxou Julia pela cintura até que ela estivesse à sua frente.
— Você está linda, cheirosa e esse vestido te deixa uma gostosa.
— Para de falar essas coisas.
— Eu amo quando fica com vergonha e sorri assim — Um selinho foi deixado em seus lábios, mas logo se transformou em um beijo de verdade, intenso, molhado. Julia segurava na camiseta preta do marido o puxando para mais perto, em contrapartida Guilherme apertava a cintura da mais nova acariciando com os polegares.

Os beijos estavam mais intensos e os carinhos mais íntimos, mas logo tudo foi se encerrando quando a campainha tocou.

— É ele. Pode ficar, eu vou abrir.

Júlia terminou alguns mínimos preparativos, colocou a comida em cima da mesa e tirou o vinho da adega que ficava perto da área externa.

— Ju, esse é o Pedro, o amigo que te falei.

Assim que Julia virou o rosto para cumprimentar o amigo do marido, sua boca se abriu em surpresa. Ele era bonito, tão alto quanto seu marido, ombros largos, braços fortes assim como o resto do seu tronco, os olhos castanhos mel lhe encarava com tanta vontade que parecia ler sua alma, os lábios carnudos e cheios adornados de um sorriso maravilhoso. Julia estava em choque.

— Boa noite Pedro, é bom finalmente conhecer você, Guilherme não parou de falar um minuto de ti.
— Espero que não tenha falado mentiras — todos riram e logo os três estavam sentados na mesa.

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