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                                A vida não era justa com muitas das crianças que viviam ao redor do Palácio Imperial, bem como as pessoas empoderadas não eram bondosas com os pobres e moribundos que existiam ali, como se não tivessem escolha. 

A Cidade Imperial era, sem sombra de dúvidas, o maior centro de fortuna de todo o reino de Hwang, era um dos maiores comércios de importação e exportação de jóias e tecido, e era custeado pela vida de homens, mulheres e crianças miseráveis que se submetiam a trabalhos árduos em troca de míseros grãos de arroz, trabalhadores honestos, muito diferente dos escravos de plantação e construção.

Os tecidos de seda fina adornavam o centro da cidade, espalhando as cores do Império, que refletiam nas castas dos moradores. O azul era nobreza; vermelho o exército; preto o comércio; verde a plebe; marrom os escravos  e o roxo junto do dourado era o Imperador. 

A população carregava em si a faixa que lhes dizia a que casta pertencia, e o único a adornar as cores em todo o corpo era o próprio regente. 

As casas e comércios eram bem distribuídas, as pessoas faziam questão de passear por entre as belas árvores carregadas de flores graças à primavera, admirando a paisagem e, vez ou outra, olhando torto para alguém abaixo da sua casta. As ruas eram todas revestidas de pedras bonitas, um pouco desniveladas graças a quantidade de veículos e cavalos que transitavam, e locais luxuosos ostentavam encanto em suas fachadas esplendorosas. 

Ao longe, a Casa Imperial podia ser vista, a enorme construção contava com pelo menos 8 tipos de casas diferentes, em um terreno muito maior que a própria cidade, com as pilastras marmorizadas carregadas de dragões esculpidos, árvores floridas deixavam sua entrada charmosa e quase encantadora, e a grande cerca amadeirada era limpa por dezenas de empregados que corriam de um lado a outro. 

Os muros grandes e compridos feitos de pedras pesadas impedia a população de uma visão melhor, e a porta de madeira pesada na cor roxo escuro era marchetada com insígnias antigas, solicitadas pelo antigo Imperador. 

Guardas perigosamente grandes permaneciam nos arredores protegendo todo o castelo, bem como caminhavam pela cidade desconfiados e preparados, esbarrando propositalmente em vários dos transeuntes frágeis e famintos.

Nesse reino, a palavra final era sempre do Imperador, mesmo que o conselho não aceitasse, não adiantaria discutir. O Imperador Jeon Jungkook não media esforços para arrancar a cabeça daqueles que lhe incomodavam, assim como não se importava com o que a população pensava e dizia referente aos escravos ainda existentes. 

Dentro do palácio real, Jungkook era o portador de uma beleza célebre, porém bruta, a pele clara era marcada por pintinhas amarronzadas, os cabelos pretos destacavam a tez bonita, os olhos negros eram afiados e os lábios rosados estavam fechados em uma linha fina e raivosa. 

As vestes pesadas lhe cobriam o corpo musculoso, mas ainda sim era possível enxergar todo seu tamanho e esplendor. Ao seu lado, mais a frente, o conselheiro e lorde, Park Jimin, lhe encarava com o rosto sério, aguardando uma resposta sobre as informações que havia repassado. 

O homem era menor e um pouco mais magro que o imperador, a pele clara chamava atenção pela limpidez, os olhos pequenos e espertos no rosto sempre calmo eram acompanhados por um sorriso angelical, mas somente em seus momentos mais tranquilos. 

Não ali, não agora. 

—  Não vou me prestar a esse papel de tolo! — A voz suave soou até os ouvidos do menor, mesmo que a expressão fechada lhe causasse arrepio, o tom ameno parecia tranquilizar. ,

IMPÉRIO  [TAEKOOK]Onde histórias criam vida. Descubra agora