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― Porchay tem um apartamento agora ― Macau comentou com Pete ― As coisas entre ele e Porsche não melhoram.

― E não vão melhorar se Porsche continuar se achando o dono da razão ― Pete falou separando as roupas limpas de Veneza ― Querido, como andam as coisas entre vocês, fora essa briga dele e do irmão?

― Estamos indo ― deu de ombros ― Eu gosto do Porchay e ele tem sido tão fofo e querendo estar comigo, eu estou começando a acreditar que ele realmente pode gostar de mim.

―Eu espero que seja de verdade e que possam ficar juntos ― Pete sorriu ― Chame ele para vir aqui mais vezes, Vegas pode encher o saco, mas sabe que ele prefere você aqui do que na rua.

― Agora que Porchay tem um apartamento eu comecei a pensar se deveria ter um também.

― Você quer ter um? ― Pete perguntou surpreso ― Macau, se você quiser nós iremos atrás e escolhemos o melhor.

― Eu não sei… ― Suspirou ― Seria errado dizer que não?

― Macau…

― Eu gosto de morar aqui, eu gosto de estar com vocês e eu não quero ficar longe ― disse sem graça ― Patético, não é?

― Claro que não, Macau ― Pete sorriu e se aproximou do cunhado ― Eu acho fofo, e aqui é o seu local seguro, nada mais certo do que continuar aqui.

― Não diga a Vegas que eu não penso em ir embora, quero que ele fique com essa dúvida na cabeça se eu vou ou não embora daqui.

― Se você for, vai matá-lo.

― Por isso eu espero ele envelhecer, a morte não vai ser tão forte assim.

― Macau!


[...]

― Você está lindo hoje ― Porchay disse a Macau.

― Eu estou como sempre, Porchay.

― Sim. Sempre lindo.

― Porra, você aprendeu a ser assim com quem? ― riu ― Kim dava em cima de você assim?

Macau continuou rindo até perceber Porchay sem graça, e então parou se dando conta do que falou.

― Desculpa.

― Não, tudo bem ― sorriu ― E não, ele não dava em cima de mim assim, eu que fazia isso, mas ele não gostava, dizia ser idiota demais e que ele não tinha tempo para essas besteiras de ser fofinho. Eu pensei que você gostasse quando eu falava, por isso continuei, mas se você também não gostar eu p-

― Eu adoro, Chay ― Macau pegou na mão alheia ― Sério, eu fico meio idiota quando você age assim, mas é porque nunca estou preparado, mas eu adoro. Eu me sinto querido por você, sinto que você gosta de mim quando é fofo assim.

― Verdade?

― Verdade ― sorriu e beijou a bochecha do outro ― Eu não disse, mas você também está muito lindo hoje.

― Ah obrigado ― ficou sem graça ― Macau, eu posso te dar um beijo?

― Um beijo… Beijo na boca e tudo mais?

― É né.

― Um selinho só.

― Tudo bem ― Porchay assentiu e segurou o rosto de Macau com carinho, se aproximou e deixou um selo em seus lábios ― Senti falta da textura deles.

― Porchay, não flerte assim, porra.

― Eles são macios ― suspirou ― Quando começamos a ficar, a melhor coisa para mim era poder te beijar na boca, era sempre tão bom.

― Você sabia que o Veneza falou "papa" e o Vegas chorou? ― Macau disse rápido empurrando Porchay ― Pete que me contou hoje antes de sair de casa.

Macau.

― Assim eu já sabia que meu irmão iria chorar porque ele é um chorão desde que Veneza era um pingo na barriga do Pete.

Macau.

― Idiota não é? Quem imaginaria Vegas chorando p-

Macau foi calado pela boca de Porchay, dessa vez ele fechou os olhos e deixou que Porchay o beijasse.

Porra, eu senti tanta falta disso. Macau pensou enquanto era beijado por Porchay.

― Não, não era só bom poder te beijar ― Porchay disse ofegante ainda com o rosto próximo a Macau ― Também era muito gostoso.

― Eu odeio você ― Macau disse e empurrou Porchay ― Sem mais beijos.

― Ok ― Porchay sorriu ― Posso te abraçar então?

― Não, vai querer passar a mão na minha bunda. Eu sou de família, Porchay.

― Eu já fiz mais do que isso com ela.

― Porchay você não era assim! ― Macau disse e riu ― Vai para a sua sala, imbecil.

― Te mando mensagem quando sair, anjo.

― Vaza!

― Beijo ― Porchay fez bico.

― Vaza, Porchay!

Porchay saiu rindo, Macau pôs a mão no peito e sorriu.

― Merda merda merda!

― Merda merda merda!

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