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― Você quer aquele? ― Porchay perguntou a Macau apontando para a fatia de bolo ― É o seu favorito.

― Quem disse?

― Ninguém precisa dizer, eu sei ― Porchay sorriu e pediu a fatia de bolo, morango com chantilly ― Você quer um suco ou chá?

― Pete tem me acostumado com chá, acredita que é bom com doce?

Porchay terminou de fazer o pedido e foram se sentar em uma das mesas da confeitaria.

― Como foi sua aula hoje? ― Porchay perguntou.

― Chata como sempre, eu não sei porque estou fazendo Administração ― murmurou e olhou para o relógio no pulso ― Temos uma hora.

― Você agora tem hora, Macau? ― perguntou confuso.

― É por causa do Veneza, eu que dou banho nele e o faço dormir depois do almoço ― sorriu.

― Eu estou com saudades dele ― Porchay fez bico ― É uma pena Vegas ser um chato e não me deixar ficar indo a sua casa.

― Ele disse que você vai se aproveitar da oportunidade e querer se esgueirar para o meu quarto ― riu.

― É uma ideia ― Porchay soltou e Macau arregalou os olhos ― Brincadeira, mas com um pingo de verdade.

― Eu teria que deixar.

― Você não deixaria? ― Porchay tocou na mão de Macau.

― Por enquanto não ― respondeu e Porchay sorriu.

O pedido de Macau chegou, ele ficou confuso quando não viu nada ser colocado na frente de Porchay.

― Você não pediu?

― Não, eu te trouxe para comer aqui, mas não quer dizer que eu queira comer também ― deu de ombros.

― Porchay, eu vou pagar.

― Ops… ― Porchay sorriu ― Eu já paguei quando fiz o pedido.

― Imbecil.

― Amanhã a gente podia ir ao cinema, o que acha? Eu não tenho muito o que fazer amanhã.

― Mas é sábado, não é seu dia de sair com o Tankhun? ― perguntou rindo.

― Ah não, não vamos sair ― sorriu pequeno ― E então, você vai comigo?

― Vou ver e te respondo.

[...]

Macau estava gostando da atenção que Porchay estava lhe dando, às vezes eles flertavam, outras vezes conversavam e Porchay deixava claro que gostava dele, Macau estava começando a acreditar um pouquinho nisso.

Pelo menos uma vez na semana, Macau podia sair com Veneza para passear, Vegas não gostava muito que Veneza saísse de casa, mas era necessário, ainda mais agora que o menino já estava crescendo, estava com os seus nove meses.

Macau decidiu levar o sobrinho ao parque junto com um dos seguranças, Koa, ele era praticamente o segurança de Macau agora.

― Não sei se deixar ele no chão é uma boa, senhor ― Koa disse rindo, Macau não respondeu, apenas sorriu e deixou Veneza brincar de puxar a grama.

― Não coloca na boca, Veneza ― disse vendo o sobrinho fazer o contrário ― Bonitão, era para me obedecer.

― Senhor, aquele não é o senhor Porsche? ― Koa chamou atenção de Macau que virou e viu Porsche se aproximando ― Temos que ir.

― Não, espere, vamos ver o que ele quer ― disse pegando Veneza no colo, o menino ficou assustado, mas apenas apertou a blusa do tio ― Porsche.

― Onde Porchay está?

― Boa tarde, o e Veneza também te diz boa tarde.

― É sério, onde ele está?

― Não sei, eu falei com ele na sexta, hoje já é segunda e eu não o vi na faculdade.

― Esse garoto quer testar minha paciência, primeiro aquela coisa toda com o Kim, crucificando o garoto e agora isso.

― Crucificando? ― Macau riu ― Você acha que Porchay estava errado?

― Ele sabia com quem estava se metendo, todos avisaram ― falou.

― E isso quer dizer então que Kim tinha o direito de deixar ele desgastado, se achando inferior ou até mesmo um merda naquele namoro?

― Me avise se o encontrar, desde que ele saiu de casa eu não tenho notícias.

― Até a noite ele volta, ele não tem onde dormir.

― Você não entendeu, mini Vegas, Porchay saiu de casa, ele foi embora e eu não sei onde ele está morando.

[...]

Quando Macau encontrou com Porchay na terça no corredor na faculdade, deu vários tapas em suas costas.

― Ei o que eu fiz?

― Você saiu da casa do Kinn e não me disse. Onde você está morando? Como conseguiu dinheiro? Porchay você não está metido com as merdas do Kinn, não é?

― Eu tinha um dinheiro guardado, Tankhun pagou um ano de aluguel de um apartamento para mim, vou pagar ele durante um bom tempo ― murmurou ― Eu ia te explicar no sábado, mas você não saiu comigo e nem falou comigo no fim de semana, aí decidi esperar você vir até mim, não queria parecer pegajoso.

― Seu irmão veio puto atrás de mim.

― Hm... Você quer ver o apartamento? Eu estou atrás de um emprego também, se você souber de algo…

― Por que isso agora, Chay?

― Eu preciso ter minhas coisas, ser responsável e te mostrar que eu posso valer a pena ― disse sem jeito e Macau ficou surpreso ― Não é só por você, é por mim também. Eu quero mostrar que posso te dar o melhor, Macau.

― Chay… ― sorriu ― Foi Vegas quem disse que eu mereço o melhor, não é?

― Ele não mentiu ― Porchay segurou o rosto de Macau e beijou a bochecha dele.

― Você quer almoçar comigo lá em casa? Depois que Veneza dormir, a gente pode ir pro seu apartamento ― disse sem jeito.

― Quero sim, não posso negar um momento com você.

― Para com isso ― Macau disse já ficando vermelho, Porchay riu ― Seu merdinha.

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Esse Porchay todo cheio de flerte gente kkk se o Macau falar senta, ele senta kkk

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