Bem vinda ao Coven, Lady

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Meu nome é Leonor Barone, sou filha de uma longa dinastia de Reis e Rainhas que usam suas hortas como principal fonte de lucro. Hoje no dia 1 de agosto de 1576 eu irei partir de meu reino. Meus pais dizem que é para algum tipo de escola de maneiras, mas eu sempre fui comportada o bastante para me mandarem para lá, por isso desconfio. Uma Caravela me esperava. De todas as 50 empregadas que tinha, apenas 2 estavam indo, as mais leais que eu poderia ter, Charlotte e Christy, empregadas reais dos meus pais e que agora são minhas. Elas podiam notar o meu nervosismo com todo o ocorrido, por isso tentavam me acalmar e eu abaixava a cabeça para pensar sobre tudo o que acontecia. Porém, para uma viagem longa dessa de 2 meses, eu ainda irei precisar de muita paciência...

1 de outubro de 1576.
A espera foi muita, mas chegamos em uma terra, vazia, porém fofa. Entretanto, sinto uma ligação imediata com aquele lugar, parecia que ele estava pedindo para entrar no bosque escuro que havia ao meu lado esquerdo, mas eu não dei ouvidos. Meus homens tiram minhas bagagens de meu quarto na Caravela e num piscar de olhos eles partem, o que faz com que eu e minhas duas empregadas olhemos para a cara de cada uma e começar a se desesperar. O que iríamos fazer naquela terra infértil e nada confiável sem ser apodrecer até o fim de nossas vidas?
Após Horas perguntando o motivo de meus pais terem nos deixado aqui, aparece uma das razões para esse ocorrido. De repente surge um tipo de canto, em uma língua que eu nunca escutei antes, parecia uma língua já morta. Eram mulheres, porém não mulheres do cotidiano. Todas vestiam capas pretas com detalhes em um Vermelho-arroxeado e usavam botas até o joelho. Assim que chegaram, 5 damas saíram do meio das mulheres, que logo em seguida já se apresentaram à mim. Elas estavam em uma forma triangular de formação. Suas características eram raras, pelo ao menos para mim. Uma era loira com os olhos mais escuros que já vi. Por outro lado, outra havia cabelos cor de noite, com olhos verdes que brilhavam no escuro. Também havia outra do lado da de cabelos negros, ela tinha cabelos vermelhos que pareciam sangue. Outra que tinha uma forma Élfica com orelhas ponte agudas que sobressaiam de seu cabelo curto. E também tinha uma com um barril em seu lado, e um cheiro de bebida forte. Elas se apresentaram como Ladies, que geralmente se atribui a duquesas na terra de onde eu venho, mas elas disseram que não eram qualquer tipo de Ladies, acendendo uma vela em minha frente e me guiando para um lugar que eu não sabia para qual estava indo.
Após atravessamos o bosque, escuto barulho de música, uma melodia muito boa que me fazia querer dançar, me lembrava de casa. De repente, as mulheres que estavam nos acompanhando tiram suas capas e correm para dentro da vila, elas começam a dançar. Que dança linda, tão vívida. Parecia que estavam voando feito penas. Eu sentia uma vibração boa, parecia que conhecia essa gente de anos atrás, mas é a primeira vez que as vejo. Sem conseguir controlar meu corpo, eu vou dançar. Nunca me senti tão solta assim, parecia que estava finalmente livre das paredes do castelo que me rodeavam. Porém, dançando livremente, acabei não vendo a fogueira atrás de mim e acabei tropeçando e apagando-a. Todos olham para mim. Me sinto constrangida porém, a moça dos cabelos claros e olhos escuros olha para mim e diz para acompanhá-la. Ela me leva até um tipo de chalé e diz que a partir de agora eu deveria ficar ali até os meus 18, sendo que eu tenho 16 atualmente. Isso para mim era tudo muito novo, estava assustada, mas não tinha outra opção a não ser ficar. Ajudo minhas empregadas, que agora são minhas amigas e juntas fazemos nossa cama para dormir, sem saber do que esperar do dia de amanhã.

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