keep driving

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Louis ria baixinho enquanto corria de mãos dadas com harry

– tenho que pegar minha mala, todos meus documentos estão lá e algumas coisas pessoais– falou quando pararam na caminhonete velha do alfa

– vamos pegar então– falou jogando suas duas mochilas na parte de trás e sorrindo pro ômega

Eles entraram na cozinha em silêncio mas logo harry puxou o ômega pela cintura encaixando os corpos e andando igual pinguins

Louis soltava risadinhas enquanto andavam escada acima

– eu te amo tanto mamãe– Harry murmurava mordiscando o pescoço do ômega e Louis ria baixinho corado

– eu também te amo papai– respondia carinhoso sentindo as mãos grandes na sua barriga

Louis cobriu a boca do alfa quando chegaram em frente a porta do quarto onde dormiu por todos esses anos

– silêncio– falou baixinho abrindo a porta lentamente e entrando no quarto

Ele foi rapidamente até o closet voltando com uma mala pequena e um urso de pelúcia que Harry tinha o dado de aniversário a quatro meses atrás

– só isso?– falou e Louis assentiu sorrindo– por que não fizemos isso antes?

– medo?– sugeriu ainda sorrindo– vamos embora– falou sorrindo e se virando e andando até o alfa na cama– eu espero que você sofra tudo que me fez passar, espero que queime no inferno e ainda assim nunca vai sentir a dor que eu senti, você me destruiu, você pegou tudo quem eu era e você quebrou e eu espero que você pague por isso– falou baixinho– eu nunca vou te perdoar, eu era uma criança– falou piscando lentamente– espero que um dia eu possa ser feliz sem carregar o peso das suas mãos em mim– segredou se virando pra Harry que o esperava na porta

Quando ele deu o primeiro passo pra harry ele sentiu o peso de ser um Armani cair, ele não era uma propriedade e aquela, aquele alfa, era sua nova vida

Louis sorriu aceitando a mão que harry esticou e o alfa o levou pra fora

Assim que o carro começou a andar Louis desabou em um choro sentimental e doído

Ele chorou por cada dor que sentiu naquela casa, por cada sentimento ruim que ele enfrentou, por cada toque que ele não quis, por cada tapa, por cada marca, por tudo

Ele chorou, o corpo tremia em espasmos a casa soluço e Louis engasgava na medida que o choro aumentava

A liberdade as vezes é cruel também

Harry diminui a velocidade dois quarteirões depois e começou a encostar na rua deserta

– não! Por favor não– Louis falou rápido virando pro amante– continua dirigindo, quero estar o mais longe possível por favor– falou e harry assentiu mas não voltou a dirigir

– você precisa de mim, posso dirigir depois– falou e Louis negou

– continue dirigindo– respondeu e harry suspirou– quando sairmos daqui, quando não estivermos em Londres você pode parar, mas me tira daqui– falou e harry assentiu pisando no acelerador

Quando eles saíram de Londres duas horas depois Harry encostou o carro e pegou Louis no colo

O menor soluçava contra seu pescoço, os dedos apertando a blusa branca, o corpo tremendo, o peito inflando em busca de ar, era a pior imagem da vida de Harry

Ele nunca se sentiu tão impotente e desesperado como naquele momento

– tá tudo bem amor, acabou, nós saímos, acabou– falou beijando o rosto de Louis e o ômega assentiu apoiando a mão no ventre

Garden ꕥ l.s. a/b/oOnde histórias criam vida. Descubra agora