Prólogo 1: Amy..

87 20 56
                                    

O som do vento batendo nas folhas das árvores atraía a atenção de uma garota brincando no jardim, ela observava a mesma enquanto sua mãe acariciava sua cabeça

— Mãe, meu cabelo tá ficando bonito?
— Sim, meu bem, está ficando bem bonito, cadê a Alice?

— Aqui, Mãe! Trouxe a torta que você me pediu pra fazer. — Alice era a irmã mais velha de Amy, a pequenina de cabelos castanho claro e bem longos, agora trançados pela mãe.

Por um momento, se ouve um abrir de porta, alguém entrou no quarto,  Amy acorda, aquilo não era realidade, queria tanto que fosse, ela tinha 11 anos, mas sabia que sua mãe havia morrido, sabia que havia sido sequestrada, e sabia que não havia mais ninguém de seu abusador e sequestrador.

— Aí peste, o café tá pronto, se você não quiser morrer de fome, acorde.

A garotinha levanta e tenta arrumar seus cabelos, lembrando que eles não são mais tão longos quanto antes.

Ela se recorda de quando haviam sequestrado-a, estava tão feliz brincando com os sapos e borboletas, a grama alta, e aquele mesmo som do vento batendo nas folhas das árvores, sua irmã lavara a louça, até que sente alguém que segurou-a naquele dia, Amy gritou por sua irmã, chamando por ajuda, mas não adiantou, ela tinha apenas oito anos.

  Amy vai até a porta de saída, passando direto pela mesa
— Praguinha, não vai comer nada não? Vou ficar sem brinquedinhos se você morrer.
— Melhor morrer de fome do que continuar aqui dentro. — Fala, saindo da casa do cara que tanto odeia.

Ela andava, se recordando de sua irmã, sua mãe, se preocupava que ficou viva por tantos anos, e até hoje não houve sinal de sua irmã, nem lembra mais de onde era sua casa, mas sabia muito bem que sua irmã não estaria lá mais para ajudá-la.

  Até que a mesma suspira, colocando um sorriso no rosto e fica saltitante, apenas aproveitando a paz e o mesmo som do vento batendo nas folhas, caminhava pela grama um pouco alta, também era audível o som de um riacho próximo de lá...

  De repente, já é quase noite, Amy caminhava pela floresta, sentia os pingos de chuva molharem seu cabelo, mas não se importava nem um pouco, apenas sentia o prazer de ouvir esse som relaxante da chuva, sentir o cheiro da chuva, até que, andando um pouco, ela vê, no meio das árvores, algo como se fosse um moletom marrom tampando algo, Amy se aproxima, um pouco hesitante, com medo do que poderia ser.
Quando tira aquela blusa do caminho, vê um garoto de cabelos não tão longos e loiros, pele pálida e aparentemente macia, além de pequenas estrelinhas um pouco apagadas em suas bochechas, as sardas de Amy eram muito mais aparentes, diferentes das do garoto, mal apareciam em sua pele.

Em poucos minutos, seus olhos se abrem, mostrando olhos azuis, tão azuis que podiam ser confundidos com um azul um pouco roxeado... os olhos do mesmo se arregalam ao ver a garota

— AAAH! — Ele grita, assustado
— AH! — Amy faz o mesmo, mas surpresa — ... Por que estamos gritando?

— Quem é você?!
— Bom, meu nome é Amy, eu só te vi aqui no meio da chuva e quis fazer companhia...

O garoto fica em silêncio, Amy percebe alguns cortes no braço do outro, mas ignora inicialmente.
— Meu nome é Karl.. prazer em te conhecer, eu acho.

Pra Sempre..?Onde histórias criam vida. Descubra agora