Prólogo 2: Karl!

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   Um bom garoto, era isso que Karl sempre ouvia

— Você tem que obedecer e ser um bom garoto.

Ele mora em um laboratório, não qualquer laboratório, onde muitos cientistas exploravam os poderes e como eles vêm; Karl têm uma fama naquele local: — Você é o tal filho do cientista chefe? — uma garotinha pergunta, em suas lembranças

Começou com tudo isso quando ainda era novo, quando viu seu pai fazendo um garoto qualquer se tornar meio humano e meio animal.. achara aquilo incrível, queria ser igual idem, mas nada dava certo, a não ser das vezes em que se estressara ou era irritado, mas logo em seguida desmaiava, não lembrando de muita coisa após.

   Um dia, Karl escutou a conversa de seus pais sem querer.

— Emily, eu não estou aguentando mais, Karl não está desenvolvendo nenhum poder! — O pai reclama
— Mas, Ariel.. ele está indo muito bem! Nem sempre é rápido... — A mãe tenta acalmar seu marido

— Eu não me importo, nosso filho não. tem. um poder.. — Ele afirma com uma feição um pouco... Assustadora talvez?.
— Você não pode fazer isso com nosso filho!! — Esbraveja, e com lágrimas nos olhos, ela coloca as mãos no peito

— eu posso, como eu vou.. matar ele. . .

Karl quando ouviu isso entrou em desespero... Como que seu pai, o seu próprio pai, que foi a pessoa quem colocou-o dentro da barriga de sua mãe, pôde falar alguma coisa tão dolorosa??! Karl aperta os pulsos, os quais ainda sangram de tantos cortes, que não só os cientistas fizeram, ás vezes ele mesmo fazia em si próprio.
Quando seus pais saíram, de madrugada, tentou pegar alguns suprimentos escondidos deles.. o garoto vê um estilete novo no chão, olha para ele, como se pensasse que poderia usar ele agora. O garoto pega o estilete e faz alguns cortes em seu pulso, se acalmando aos poucos, como seu pai fazia quando Karl se descontrolava. Lembra dos momentos em que perdia sua cabeça, de uma forma ou outra, lembrava apenas de chamas, muitas chamas, logo depois sentia cortes, muitos cortes, muita dor, e logo depois não sentia mais nada além do vazio.

É quando ouve alguns passos chegando próximos, ele olha para a porta, vê três crianças, Karl imediatamente esconde aquilo que segurava, dentro de seu bolso do casaco e esconde seus pulsos junto.

— Maninho... — Uma das garotas que aparenta ser a mais nova começa falando

— Quer ajuda? — A outra irmã logo pergunta, querendo ajudar seu irmão gêmeo

— Tentando se esconder na mata de novo é? — O irmão mais velho fala tentando dar um incentivo

— Alex.. se quiser me ajudar, pode vim, você também Andrew, mas em silêncio — Karl sussurra — e você, Lilly, pode ajudar também, mas você já tá quase dormindo — Ri baixo.

Seus irmãos o ajudaram, Andrew deu uma localização para o garoto ficar ali por um tempo, pois algum dia eles iriam voltar para pegar ele.

   Quando Karl estava saindo, começou à chover.. uma chuva com raios e trovões, o loiro foi corajoso em ir na chuva, mesmo tendo um pequeno medo de trovões, talvez não tão pequeno; quando vira para trás, vê sua mãe sendo puxada por homens, que tentavam prendê-la, e foi quando ele escutou: "KARL, CORRE!!!".
Karl sem hesitar, começou a correr o mais rápido que pôde, enquanto sentia suas lágrimas escorrerem no seu rosto... Após muito desespero e muito medo, encontrou uma árvore bonitinha para ficar por algumas noites, ele tinha suprimentos o suficiente para sobreviver.. por duas semanas ou talvez menos.

  Aquela chuva foi o suficiente para ter um medo terrível de raios e trovões, mais do que tinha, ele já não gostava de barulhos altos, e agora quando ouvia um raio, imaginava o que fizeram com sua mãe, odiava pensar no pior, mas e seus irmãos? Eles estão bem?
"Não, não quero imaginar isso." Karl dizia em sua mente, toda vez que lembrava.

21 - 06 - 20##

17:32 / 05:32PM

Chuviscando

Karl estava tendo bons sonhos, muitas coisas boas, ele se lembra de uma garota, chama Harley, ela era uma das únicas amigas que ele tinha, nem um grupo de amigos ele conseguiu ter naquele laboratório, com o tempo o sonho virou um pesadelo, o qual não conseguia evitá-lo.

Mas com pingos em seu rosto, por seu agrado, ele acorda.. E vê uma garota, que estava perto de seu rosto, de cabelos castanhos e com olhos azuis quase roxos, tinha sardas e estava com.. sangue no rosto?!

— AAH! — Karl se afasta um pouco e encosta no tronco da árvore, gritando assustado.

— AH!— Ela grita idem — Por que estamos gritando? — A garota pergunta um pouco confusa

— ... Quem é você??!
[...]

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