Tormento

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Sentados a uma longa mesa de jantar, ninguém ousava conversar, ninguém olhava nos olhos de ninguém, presos a mágoa, raiva e angústia, era assim que às três pessoas sentadas aquela mesa se sentiam.
Seu irmão mais velho gritava e esperneava, o seu pai em completo silêncio sem ao menos se importar com os gritos de súplica do filho, já Elizabeth apenas olhava a cena, talvez devesse sentir pena do irmão, as suas mãos estavam muito vermelhas de tanto puxar as algemas, o seu rosto tinha cortes visíveis que não cicatrizaram, mas não, ela não sentia nada além de tormento, toda sua vida fora um tormento, sua mãe com depressão, seu pai ocupado de mais para dar atenção à família e seu irmão condenado a Azkaban.
Em Hogwarts ela tinha glórias, era uma excelente aluna, jogava quadribol muito bem e quase nunca se metia em problemas, tinha até alguns amigos, mas toda vez que voltava para casa seus sentimentos de glória se transformavam em raiva e tormento, todos os anos, mas 1994 parecia ser o pior deles, a única coisa que a alegrava era saber que amanhã passaria o resto de suas férias com os Parkinson, e que poderia se afastar de sua família, mesmo que tivesse que voltar nas próximas férias.

Logo depois do jantar Elizabeth pediu licença para se retirar, se trancou em seu quarto, vestiu o seu pijama e deitou-se para ler uma de suas edições de animais fantásticos e onde habitam.

A luz atravessou sua janela, os olhos de Elizabeth abriram devagar, a garota não sabia ao certo quando dormiu.
Tomou seu banho e vestiu-se de um suéter verde e uma calça, assim que desceu as escadas viu sua amiga Pansy Parkinson e seus pais sentados à mesa, tomando café da manhã, seu irmão não estava lá, muito provavelmente estava trancafiado em um cômodo esquecido da casa.
- Minha querida?- um sorriso brotou no rosto de seu pai assim que a viu
-Sente-se conosco.
Elizabeth o fez, cumprimentou Pansy e sua família.
O clima parecia diferente, parecia que não havia problemas para se preocupar era uma sensação boa mesmo que passageira

Assim que o café terminou Elizabeth pegou seu malão de Hogwarts junto com sua mochila, os pais de Pansy conversaram um pouco com o senhor Crouch e depois de Elizabeth se despedir com um tchau seguiram caminho pela lareira para a casa dos Parkinson.

A casa era um lugar enorme com poucas cores, mas era muito bonito e aconchegante
- pode dormir em um quarto só para você ou dividir um comigo.
Pansy disse logo atrás da garota
-Podemos dividir um?
-Claro! Venha, vou te mostrar o meu quarto.
Seu quarto tinha as paredes pintadas de azul, alguns pôsteres de bandas bruxas e bandeiras da sonserina.
-Papai comprou para mim um novo jogo de bexigas fedorentas, você quer jogar?
-Porque não?

Elizabeth e Pansy passaram grande parte do dia jogando no quintal, também conversaram sobre bobagens. No final do dia jantaram e foram dormir no quarto de Pansy que agora tinha duas camas.

Na manhã seguinte todos acordaram mais cedo do que de costume, vestiram-se de uma roupa simples e depois do café da manhã seguiram caminho para uma colina lá perto, todos com suas mochilas nas costas e caras se sono.
Quando alcançaram o topo procuraram por um calendário lamacento, que seria a chave de portal.
-achei!
Exclamou o pai de Pansy.
Logo todos se reuniram em volta da chave de portal
-Criança toquem nele, e não abram os olhos até que eu diga
Disse o pai de Pansy antes de todos juntos tocarem o calendário.
Elizabeth sentiu seu corpo ficar leve e flutuar, Elizabeth não ousou abrir seus olhos até sentir seu corpo se chocar contra algo, agora Elizabeth estava deitada em um gramado
-Você tá bem?
Perguntou Pansy assim que se aproximou de Elizabeth
-Só um pouco dolorida
Ambas as garotas tinham o cabelo bagunçado e os rostos muito vermelhos
-Vamos garotas, ainda temos que encontrar nosso acampamento e montar a barraca
Anunciou a mãe de Pansy.

Dois homens muito mal-humorados que trabalhavam no mínimo indicaram o caminho e os quatro lado a lado seguiram até lá, pagaram o dono do acampamento pela reserva e foram montar a cabana
-Como que faz isso?
Disse Pansy olhando o manual
-Me dê aqui, eu sei fazer isso
E depois de muitas tentativas falhas finalmente conseguiram montar a cabana, mesmo que ela ainda estivesse torta para um lado.

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Provavelmente umas cinco pessoas lerá isso mas mesmo assim gostaria de me desculpar por qualquer erro, não escrevo muito bem.
Fiz cinco versões desse capítulo e essa foi a que melhor encaixou para mim.

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