Imperius- Cálice De Fogo

Hogwarts

A porta se fechou, o ecoo soou pela sala. Elizabeth e Bartô estavam ali, sem mexer um músculo, parados, ignorando os olhares de ambos. -Elizabeth, vá para o quarto, não saia de lá até segunda ordem.
O pai falou com uma falsa calma.
Todos alí estavam mais que cientes do que iria acontecer, Elizabeth sabia o que seu pai era capaz de fazer, ele era um homem frio e arrogante, se Bartô o irritou ele ia se vingar, todos sabiam como, mas desta vez Elizabeth não iria questionar, seu irmão passara dos limites mais uma vez e Elizabeth não iria sentir piedade, não desta vez.

Elizabeth subiu, trancou-se em seu quarto.
Tirou seu casaco e o jogou na cama, virando-se para procurar um pergaminho e um tinteiro, mas não achou, todos estavam em seu malão de Hogwarts, que a garota deixou na casa dos Parkinson.
-Droga!
Elizabeth praguejou virando-se de volta para cama.
Em seu casaco um pequeno bicho esverdeado saia do bolso lateral, Elizabeth encolheu-se, só quando o bicho saiu por completo Elizabeth identificou ser novamente o Tronquilho
-Mas como?
O bicho chacoalhou seu corpo, soltando alguns grunhidos. Elisabeth sentou.
-Você é um pouco feio, você tem nome?
Elizabeth usou o mindinho para lo acaricia, o Tronquilho balançou negativamente
-Me deixe pensar um pouco... Que tal Newt? Li sobre tronquilhos em uma de suas edições de animais fantásticos.
Elizabeth pegou o tronquilho na mão
-Agora você está longe da sua casa, talvez eu possa te levar para Hogwarts? Lá tem uma floresta gigante, aposto que você vai gostar.

Pouco tempo depois Elizabeth escutou uma explosão, ela se assustou, achava que seu pai estava começando a ir longe demais até ouvir os gritos de súplica do mesmo.
Ela logo colocou Newt na cama, pegou sua varinha e correu escada a baixo.

A visão que teve quando chegou no pé da escada parecia um delírio; ali estava um homem loiro quase careca em sua frente, seu irmão, e a coisa mais horrenda de toda a sua vida: parecia um bebê deformado e mal feito, era feio, sua pele era ossuda e seus pés tinha garras.
-Mas que porr...
Elizabeth não terminou sua frase, escutou alguém murmurar "Estupefaça" e parecia que tudo havia melhorado, como se não houvessem problemas em sua vida, como se não tivesse acabado de ver a coisa mais feia de toda sua vida, tudo parecia relaxante e bem.
Elizabeth logo caiu para frente, se esforçando para manter-se lúcida, mas era impossível.

***

As semanas seguiram confusas para Elizabeth, ela tinha pesadelos quase todas as noites, sua mente às vezes parecia desligar-se de seu corpo, como se ele tivesse sendo controlado. As únicas coisas que traziam paz a Elizabeth era ler e conversar com Newt, mesmo que o animal não respondesse.

Dia um de setembro Bartolomeu levou a garota até a plataforma nove e meia, ele agira estranho durante todo o verão depois daquela noite. Elizabeth embarcou no trem, estava no corredor guardando seu malão quando a voz na sua cabeça, que a atordoou durante as férias, gritou "Na sua direita! Olhe!" Elizabeth olhou, lá estava o trio, Harry, Ron e Hermione
"Aproxime-se!"
"Não!"
"Aproxime-se já!"
E então Elizabeth começou a caminhar em direção ao trio, sem vontade própria, como se aquela voz a controlasse.

-Onde pensa que vai?
Pansy Parkinson segurou seu ombro
-Eu? Eu não sei
Respondeu Elizabeth atordoada
-Hum. Como você está? Seu pai parecia chateado quando foi buscar suas malas
-Eu estou bem
-E essa marca aqui? Foi no dia na floresta?
Pansy apontou diretamente para a testa da garota
-Eu só tropecei nas escadas de casa
Pansy a olhou, confusa
-Se você diz, vamos encontrar um vagão?
E juntas elas seguiram pelo lado oposto do trio, a procura de um vagão.

A viagem parecia tranquila, mesmo que turbulento na cabeça de Elizabeth.
Com um tempo começou a chover, quando chegaram a Hogwarts a chuva engrossou.
Nas carruagens o barulho era abafado, pouco mais tranquilo. Ao chegarem na entrada pirraça começou a ataca-los com bexigas d'água e mesmo com McGonagall o repreendendo ele apenas lhe mostrou a língua e continuou
–Venham, vamos entrando
McGonagall os levou até o salão principal, como sempre teria o banquete e a seleção das casas.