O ataque ao acampamento

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"Irlanda ganhou, Irlanda ganhou" todo o acampamento Irlandês exclamava, Leprechaus voavam sob o seu noturno, criavam diversas figuras, e fogos esverdeados explodiam no céu, uma visão realmente linda.

Elizabeth sentou-se para descansar num tronco deitado em frente a fogueira
-Um chocolate quente senhorita.
Um senhor que esquentava algumas canecas na fogueira ofereceu
-Obrigada!
Elizabeth aceitou.
A garota conversou um pouco com o homem, ele era escocês, um Auror aposentado
-Não pode ser verdade! Como?
Elizabeth perguntou assim que velho homem lhe contou sobre o dia em que domesticou um pequeno dragão norueguês, mas o senhor não teve tempo de explicar-se logo algo coberto por uma figura atravessou a fogueira, apagando-a. Elizabeth sentiu um arrepio na espinha, olhou melhor para aquela figura, parecia um homem. Segundos depois mais três figuras apareceram sob o céu, eles se chocavam como balaços, lampejos e ruídos agoniantes soavam, todos ali começavam a correr, algumas barracas eram derrubadas e outras fogueiras apagadas, mais e mais pessoas com rostos mascarados rodeavam o local
-Não fiquei parada aí!
O senhor avisou para Elizabeth que paralisava em choque
-Siga os outros!
Ele pontou para um grupo que seguia em direção a floresta, sem olhar para trás Elizabeth correu em direção a floresta. Tudo estava escuro, Elizabeth viu algo se remexer e encostar em uma árvore bem a sua frente, seu corpo se tencionou e silenciosamente a garota se aproximou

"Flipendo" Elizabeth lançou, assim que viu Draco Malfoy estirado no chão a ponta de seus lábios tremeu
-Sua estúpida!
O grupo que andavam mais a frente parou e espiou para trás pelos ombros
-Eles que se resolvam, apressem-se
A única garota puxava ambos os garotos pelos ombros das vestis, tinha uma pressa em sua voz.
Elizabeth resolveu os seguir um pouco atrás, deixando Malfoy jogado no chão.

-Você pode parar de nos seguir!
Depois de um tempo a garota exclamou virando totalmente para atrás
-Desculpe, achei que fosse melhor ficar em grupo!
-Não é um grupo se você está nos perseguindo
Fez-se um silêncio até o ruivo quebra-lo
-Você estava no camarote não foi? É a filha do senhor Crouch, o chefe de Percy. Pode se juntar a nós se quiser
Elizabeth apesar do orgulho não poderia negar e então os quatro lado a lado seguiram caminho pela floresta, em um silêncio desconfortável.

Os três, Ron, Hermione e Elizabeth tinham suas varinhas acesas enquanto Harry nem sequer tinha a sua em mãos
-Acho que perdi minha varinha
Anunciou o menino
-que tipo de bruxo perde a varinha?
Elizabeth sussurrou, ela jurou que ninguém pôde escuta-la até Hermione a olhar feio e acenar negativamente com a cabeça
-Talvez tenha ficado na barraca
Palpitou Rony
-Talvez tenha caído de se bolso enquanto estava correndo?
Sugeriu Hermione nervosa.
- É - falou Harry -, talvez...

Um rumorejar fez os quatro se sobressaltarem. Winky estava tentando sair de uma moita de arbustos ali perto. Movia-se de um jeito esquisitíssimo, com visível dificuldade; era como
se alguém invisível estivesse tentando segurá-la.
- Tem bruxos malvados aqui! - guinchou ela nervosa, ao se curvar para a frente e se esforçar para correr. - Gente voando... lá no alto! Winky está saindo do caminho!
E desapareceu entre as árvores do outro lado da via, ofegando e guinchando enquanto lutava com a força que a retinha.
Elizabeth ao menos pensou quando a seguiu
-Winky!
A elfo não respondeu
-Winky eu estou chamando!
-Winky não me faça repetir!
A elfo parou, olhou profundamente para Elizabeth e guinchou o mais alto que pôde
-O que há de errado com você!
Elizabeth nunca saberia, um feitiço atingiu-a, arremessando a garota a dois metros de distância.

-O que você fez menina?
Um homem com um rosto rosado e uma barba fina perguntava muito nervoso
-Eu não fiz nada!
Elizabeth abria os olhos com muita dificuldade, sentiu que sua cabeça tivesse sido cortada, não entendia o que estava havendo. O homem a levantou pelo braço e foi a puxando até o coração da floresta, Elizabeth percebeu que na outra mão o homem segurava Winky pelos pés. Elizabeth olhou para o céu, um crânio com uma cobra saindo por sua boca, iluminava o céu com sua forte luz verde
-Voldemort...

O homem arrastou Elizabeth a garota até um grupo com vários bruxos, Elizabeth reconheceu Ron, Harry e Hermione, seu pai também estava lá, mas Elizabeth não reconhecia mais ninguém
-Olha o que encontramos aqui
O homem falou assim que chegou perto o suficiente do grupo.
Seu pai estava paralisado, seu maxilar trincado, olhava furioso para o homem
-Vamos Amos, acusando uma criança?
Um ruivo mais velho falou com indignação
-Pelo histórico de sua família a desconfiança é sempre válida
-O que quer dizer com isso Amos? Minha Elizabeth jamais faria isso!
O homem ficava cada vez mais irritado

-Onde está sua varinha?
-Eu não sei senhor! Alguém me derrubou, eu não me lembro de absolutamente nada
-Está vendo? Solte minha Elizabeth
-Também encontramos isso, na mão de sua elfo senhor Crouch.
O homem apontou uma varinha para o alto
-Ei! Essa varinha é minha
Exclamou Harry
E o que sua varinha estava fazendo com a elfo do senhor Crouch?
-Não sei! Eu tinha a perdido
-Interessante não?

E a discussão foi um tanto longa, aparentemente Winky tinha usado a varinha de Harry para conjurar a marca, Amos até queria levar Elizabeth para o ministério para haver uma explicação do ocorrido, mas Elizabeth não se lembrava de nada, apenas dos guinchos e alguns barulhos, mas nada tão evidente.
-Você sabe que não foi ela papai, não precisava ter demitido ela!
-Ela deixou seu irmão escapar, ela tem sua parcela de culpa!
-Mas papai...
-Elizabeth, não tem volta, agora cale-se

Eles continuaram andando pela floresta em busca da varinha de Elizabeth, até que viram um Tronquilho a puxando com muita dificuldade na direção contrária
-Ei isso é meu
Elizabeth agachou-se para falar com o bicho
-Acho que tem que me devolvê-la agora
Ele acenou puxando a varinha até Elizabeth
-Obrigada
Elizabeth fez carinho com seu mindinho no bicho e se levantou para continuar a caminhada.

Na manhã seguinte todos tinham pressa para voltarem para casa, seu pai se adiantou em pegar uma chave de portal mais cedo que os outros, acordando às quatro da manhã. Iria ser uma longa manhã para Bartô, para todos daquela casa.

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