- Eu gosto de você, Maya.
- Às vezes, gostar não significa amar...
Maya e Robin eram dois adolescentes que nunca se deram muito bem. A relação entre eles era marcada por provocações, implicância e raiva. Quando conseguiam manter uma conversa civiliz...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Maya Blake
Eu não quis demorar no banheiro, porque alguém poderia me ver e isso me causaria problemas. Assim que o sinal bateu, saí rapidamente, coloquei meus livros no armário junto com minha bolsa e deixei a escola, indo direto para o fliperama — onde eu tinha combinado de encontrar o Vance.
No fliperama
— Oii, loirinho — falei ao entrar e ver Vance jogando.
— Maya?! Não esperava te ver aqui a essa hora — disse ele, parando o jogo.
— Pois é, tô matando aula.
— Você matando aula?! Pelo visto, aconteceu alguma merda. E tem a ver com garotos, né? — disse ele, e eu apenas suspirei.
— Talvez você esteja certo... se importa da gente ir pra outro lugar pra conversar? — perguntei, olhando pra ele.
— Eu adoraria jogar e esfregar na sua cara que sou incrível nos games, mas acho que conversar com você pode te ajudar — respondeu, me fazendo sorrir.
Saímos do fliperama e fomos pra um lugar onde ninguém iria nos incomodar.
— Você se lembra desse lugar, Maya? — perguntou o loiro assim que chegamos.
— Lembro sim. Foi onde eu te conheci — falei, me sentando em um dos bancos do jardim.
— Esse lugar é lindo. É bem calmo, já que quase ninguém vem aqui — disse ele, se sentando ao meu lado.
— Eu só descobri esse jardim porque estava bem mal naquela época...
— Eu lembro. Você tava chorando porque seus pais tinham morrido. Na hora, nem percebeu onde tava andando, só parou aqui — contou Vance, tentando não deixar o clima pesado.
— E você tava tendo uma das suas crises... e nós acabamos nos ajudando naquele dia. — Confesso que sempre fico triste ao lembrar daquele dia.
— Desde então, sempre nos encontramos aqui pra conversar e se apoiar, não é, maninha? — disse ele, me olhando.
— Você raramente me chama assim — sorri ao ouvir o apelido.
— Você não é minha irmã de sangue, mas nada impede que eu cuide de você — falou ele, me puxando pra um abraço.
— Obrigada, Vance... eu precisava desse abraço — retribuí o carinho.
