fairytale; yoonkook

Nine.

Após um tempo, o filme havia acabado e Yoongi estava todo choroso pela volta da vida as fadas do final, o que pareceu ser algo realmente emocionante para o garoto. Dou risada, vendo o garoto se sentar normalmente de novo, e então, coloco o primeiro filme da Tinker Bell.

— Jungkook, não posso demorar muito mais. Meu avô chega tarde, mas precisa estar tudo em ordem na minha casa, o Beomgyu não sabe cuidar nem das próprias asas, imagine cuidar da minha casa.

— Tinker bell só tem uma hora, é rapidinho. — Resmungo, abraçando o corpo da fada.

— Até lá minhas asas vão voltar, eu não vou poder tomar novamente porque vão demorar para voltar, e aí vão desconfiar de algo. — Me explica, causando-me um bico chateado nos lábios.

— Eu levo você estando com as asas, eu dou uma desculpa. — Proponho, dando um sorrisinho. — Confia em mim, vai dar certo.

— Não sei, Jungkook... — Diz meio inseguro, tentando se soltar de meus braços.

— Fica aqui... — Resmungo manhoso. — Confia em mim, Hyung, por favor, tá? Eu falo que te desafiei a andar com um par de asas na rua, tá bom?

— Tá, tá! — Diz, se acomodando novamente meu meus braços, logo olhando para a televisão, pois o filme havia se iniciado.

Sorrio fraco, vendo Yoongi ter sua atenção total tomada pelo filme, pois ele, que negava tanto querer ver o filme da fadinha, agora está totalmente imerso na animação. Começo a acariciar os fios naturalmente esverdeados do mais velho, dessa vez também prestando atenção no filme, afinal, fazia um bom tempo que eu não via o primeiro da Tinker Bell.

A pipoca já estava pela metade do balde (não levando em consideração as que estavam em minha cama), e a garrafa de Coca-Cola quase vazia, algo que eu nem havia percebido já que estava concentrado no filme, e claro, em Yoongi.

🧚

Logo o filme termina, e as asas de Min já haviam reaparecido. Foi uma cena meio estranha, como se as costas do garoto estivesse rasgando, e asas aparecendo magicamente, soltando um pozinho brilhante. É bem fantasioso, eu não acreditaria se me dissessem, mas eu vi. Ele disse que não dói, apenas incomoda, pois é basicamente uma reconstrução da asa, chego a me sentir culpado por tê-lo feito tomar esse negócio, não parece nada confortável.

Desligo a televisão e coloco o balde, agora só com os milhos não estourados da pipoca, em cima de minha cômoda, pego a garrafa de Coca-Cola já vazia e olho para o esverdeado, que me encarava de braços cruzados, como se esperasse eu terminar.

— Vamos? — Perguntou, esticando os braços para cima.

— Sim, está se sentindo bem? — Murmuro preocupado, indo para o lado do mesmo, acariciando a base da asa esquerda, o fazendo se afastar de imediato, me causando uma expressão confusa.

Vejo o rosto do garoto ficar meio avermelhado e os olhos do mesmo se arregalaram, me causando ainda mais confusão.

— O que foi?

— Não faça isso. E eu estou bem sim, só preciso me acostumar, é como se elas tivessem ficado presas, então preciso mexe-las um pouco. — Responde, batendo as asas de firma fraca, para não acabar voando.

— Desculpe... Na próxima vez, eu dou um jeito de te trazer sem que tome isso, e sem que desconfiem... — Digo, me sentindo meio culpado, logo o vendo negar.

— Não, é melhor não arriscar, prefiro tomar a poção e proteger as minhas asas, do que tê-las arrancadas...

— Certo... É verdade, desculpa... Deve doer muito, né?