Prólogo

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Minhas memorias daquele fadigo dia são poucas e enevoadas, lembro do estralar do fogo, meus pulmões implorando por ar, uma mulher já de idade me entrega uma bebê nos meus braços pequenos, depois são apenas borrões de floresta passando por mim enquanto os gritos retumbavam em algum lugar atrás.

Por algum milagre, nos duas sobrevivemos a aquela noite infernal, não me lembro bem de nada antes disso , talvez tenha passado por coisas de mais sendo muito nova. Talvez seja melhor assim, as memorias muitas vezes podem ser cruéis.

Agora vivo somente por mim e por Zibia, ver seu sorriso iluminado enquanto ela corre no nosso jardim, com seus 10 ciclos completos de lua, me da forças e certeza do porque estou viva; lutar por ela, e por aqueles que já se foram. 

Caçadas- Nunca subestime uma presaOnde histórias criam vida. Descubra agora