Tratado romântico epistemológico: Desde átomos até a pós-modernidade.

Paixão Brasileira.

Me apaixonei perdidamente por um menino brasileiro.
Seus olhos eram castanhos bem desenhados pelos ventos brasileiros traçados por Belém.

Seus cabelos lisos como o tecer dos tecidos.
Seu corpo cheio de sinais como as estrelas desenhadas no céu.

Me apaixonei por um menino brasileiro.
Cheio de curvas.
Moreno brasileiro.
Menino americano.
Menino meu.

Seus cabelos eram escuros.
Seus lábios abertos, sorriso imenso.
Olhar carrancudo.
Menino brasileiro que ocupa meus sonhos.

Menino brasileiro que fora embora para São Paulo em busca de suas vontades e anseios.

Eu me apaixonei perdidamente por esse menino brasileiro.
Que semeia a semente da vida.
Menino com o cheiro da praia, das águas dos igarapés.
Menino que dança com os ventos.
E dança com a morte.

Menino que dança comigo nas nossas noites de paredes.
Restritas ao nosso amor brasileiro.
Menino brasileiro que me enche de orgulho e me mostra o que sou.
Menino que eu amo.
Que floresce meu ser.
Me traz amor.

Meus dias difíceis.
Entre os grilhões que ousam me prender.

Ao final do dia.
A ligação do Menino brasileiro.
A voz cantada pelas trombetas do paraíso que envolve sua fala.
Macia como travesseiro com penas.

Menino que eu amo.
Amo meu amor brasileiro.
amo nosso amor marginal.
Que traça linhas.
Traça Pontes.
Que une nosso amor.
Nos une em uma única forma.
Nosso amor não é em outra língua.
Nosso amor é brasileiro.

Menino brasileiro.
Roubou meu coração.
Rouba-me de volta de novo.
Para você.
Cante para mim.
A voz do menino brasileiro cantando é semelhante ao metal sinfônico mais lindo.

Minhas pupilas dilatam quando penso em seu nome.
Espero que o menino brasileiro  também sinta algo por mim.

Não sou de praia.
Não gosto de ventos.
Não gosto de flores.
Não curto sair.

No final sou esquadros de Calcanhoto.
No final sou apenas uma vontade intensa e permanente de ter esse menino brasileiro.
Por toda a eternidade, enquanto eu existir.