-Celeiro-

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Chegando ao celeiro notamos que tinha uma corrente super grossa com um cadeado enorme prendendo a porta.

-Ué, nunca vi essa corrente e cadeado aqui.-Eu disse colocando a mão no cadeado.

-Não tá aberto?-Perguntou Luan.

-Claro que não, gênio.-Digo revirando os olhos.

-Grossa, deixa eu ver.-Luan disse tirando minha mão do cadeado e tentando abri-lo.

-Tenta achar um pedaço de pau aí, vou bater nisso aqui.-Disse ele olhando em volta.

-Ok.-Falei procurando.

-Achei um!-Gritei de trás do celeiro, havia um cabo de enxada ali. Assim que gritei fui voltando até onde Luan estava.

-Me dá aqui, vou quebrar isso.-Ele disse pegando o cabo da minha mão e batendo no cadeado.

O cadeado era bem forte, mas depois de algumas batidas ele quebrou.

-Finalmente.-Suspirou Luan.

Ao entrar no celeiro notei que os animais não estavam lá.

-Foram pegos?-Perguntei.

-Quem?-Perguntou Luan olhando em todos os lugares a sua volta.

-Os animais né.-Eu disse.

-A dois minutos atrás você estava de boa comigo, por que está tão grossa agora??-Perguntou Luan.

-Desculpa, estou meio estressada pelo acontecido com o vovô.-Disse me desculpando ao notar que estava descontando nele que não tinha nada a ver com aquilo.

-De boa, entendo, você perdeu as duas únicas pessoas que tinha a horas atrás, mas pelo menos eu tô aqui, você não vai ficar sozinha, relaxa.-Ele disse olhando bem no fundo dos meus olhos.

-Obrigada Luan.-Eu disse com os olhos cheios de água, caramba, ele era tão fofo, parecia o irmão mais velho que eu nunca tinha tido.

Continuamos procurando pelo celeiro, não sabia o que estávamos procurando mas continuamos olhando.

Segundos depois escutei um mugido bem fraco vindo do fundo do celeiro, olhei para Luan, ele estava me olhando também, com certeza tinha ouvido o mesmo que eu. Corri até o fundo do celeiro e olhei.

Uma vaca deitada no chão, tinha uma marca estranha em sua coxa, parecia uma mordida, ela estava fraca, pelo visto em seus últimos segundos de vida.

-Bom, respondendo suas perguntas, sim, foram pegos.-Disse Luan.

Fiquei em silêncio olhando aquela pobre vaquinha morrendo, sabe, sempre tive apego aos animais da fazenda, ver aquilo me doeu, mas ela estava indo pra um lugar melhor agora, certo?

-Está ficando tarde, quer olhar os currais ou prefere voltarmos para a casa e arrumamos as coisas para a noite?-Perguntou Luan.

-Lá estava bem bagunçado, acho melhor arrumarmos, até porque você vai tirar o corpo do vovô da cozinha né? Não quero ver meu avô morto no chão toda vez que for beber água.-Digo indo em direção a porta do celeiro.

-Tudo bem, vamos voltar, mas sabe uma coisa que eu notei de estranho?-Pergunta Luan.

-O que?- Pergunto.

-Essa corrente e cadeado, por que colocaram isso??- Luan responde.

-Talvez tinha um zumbi lá dentro- Digo tentando justificar.

-E onde esse zumbi estava então? Não vi nenhum zumbi lá dentro e não teria por onde ele sair.- Ele pergunta, acabando com a minha teoria completamente.

-É, tem razão.- Digo já sem saber o que pensar.

*Continua no próximo capítulo*

Perigo a SoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora