Minha

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Acordei morrendo de fome, juro que despertei com o barulho do meu estômago, apertei o edredom e... Eu não tenho edredom preto! Sentei na cama olhando ao redor, que lugar bonito, todo em tons de cinza e preto, e espelhos fumê do chão ao teto em uma das paredes.

- Nossa... - exclamei me lembrando da noite anterior.

Depois do sexo fudido que tivemos em minha sala, me lembro de continuar sentindo meu corpo tremer após meu orgasmo. Não sei se foi o tempo sem transar, ou o tempo sem gozar, talvez, os dois.
Satoru realmente era um cavalheiro, era um filho da puta fudendo? Era! E muito bom, mas era um cavalheiro também. Suas mãos me seguraram, me desamarrou, ficou comigo em seus braços por um tempo, ali no chão mesmo, me vendo recuperar o fôlego. Um sono me invadiu e eu não conseguia manter meus olhos abertos.
Ele acariciava meus cabelos, minha testa recebia selinhos e a outra mão segurava na minha. Porra, ele estava sendo fofo, amoroso e caralho, que isso? É sério, eu estou me apaixonando por ele.

- Vou te levar pra minha casa... - ele quebra aquele silêncio.

Tenho flashes vagos, me lembro de me ajeitar, para pelo menos fingir que era uma pessoa decente, vai que no elevador eu encontro alguém? Estava com uma cara de atriz de filme porno depois do sexo, que pelo amor... Não que seja ruim, se tem gente que assiste é porque é bom... E realmente era, puta foda boa!
Do carro em diante, eu não faço ideia, seu carro era silencioso, parecia deslizar no asfalto, a música suave dos alto falantes me fizeram dormir de vez e cá estou eu.

- Bom dia, princesa... - a voz de Satoru me pegou de surpresa, principalmente sentindo um beijo ser depositado em meu ombro.

Gojo estava do meu lado, olhei para ele e vi aquele rosto sereno, doce e gentil. Me remexi nos lençóis e percebi que estava sem roupa... Como? Uma vergonha tomou conta de mim e eu desviei o olhar, apertando o edredom e me escondendo com ele...
Sei lá, foi estranho, eu estava tão louca de tesão ontem e agora... Por que eu me sinto idiota? Satoru fez a mesma coisa da noite anterior, parecia saber o que se passava em minha cabeça, me puxou para seus braços e ficou comigo, me fazia carinho e passava a ponta do nariz em meus cabelos.
Eu me senti mais calma, segura... Como ele consegue? Em um minuto parece que tenho um príncipe, no outro um filho da puta que me trata feito uma vagabunda... Meu coração acelerou, eu gostava dos dois Satoru Gojo, e não sabia lidar com os dois na mesma pessoa.

- Vem, vou preparar nosso café da manhã, o que acha? - ele diz se levantando indo até uma das portas do armário.

Por que em algumas horas ele manda e em outras pergunta? Aquilo era fodidamente bom. Ele me jogou uma de suas blusas enquanto colocava uma calça. Eu permanecia imóvel, apenas o observando... Ele era tão lindo! Satoru foi até o banheiro e depois de um tempo voltou.

- Vou dar um tempo para você se arrumar... Tem uma toalha e uma escova se precisar! - ele foi ao meu encontro me dando um selinho - Te espero na cozinha!

- Está bem! - finalmente olhei em suas orbes azuis serenas e tranquilas.

Corri atrás de minha bolsa e entrei no banheiro da suíte, tomei uma ducha, escovei meus dentes e coloquei a blusa confortável que ele me deu. O apartamento não era muito grande, então não foi difícil achar a cozinha. E nossa... Ele cozinha... E muito bem! O cheiro da comida pronta me esperando... Puta que pariu!

- Dormiu bem? - ele continuava sendo fofo, me apontando o lugar da mesa para me sentar.

Satoru continuou a conversar comigo, daquele jeito que sempre fazia, amoroso e eu me derretia, nem parece que o sexo de ontem não foi nada disso. É isso, eu amo esse filho da puta. Me senti em um comercial de margarina, uma manhã romântica com conversa jogada fora, o ajudei a limpar a mesa e colocar na lava louças.

Um perfeito cavalheiro - Imagine Satoru GojoOnde histórias criam vida. Descubra agora