PARTE 1📝 Essa fanfic é curtinha, e foi feita em dupla por mim, Simone Caetano, e pela Carine Freitas Lopes.
Fanfiquetes #sirine____________________________________
- Kirimli você tem visita.
O guarda me levou até a sala onde estavam dois homens que aparentavam uns sessenta anos. Um usava terno e tinha uma aparência fina e o outro era mais simples mas algo nele transmitia confiança.- Eu não sei quem vocês são. Podem ir embora.
O de terno sorriu:
- Nós somos seus anjos da guarda e viemos tirar você daqui.Olhei para eles confuso:
- Isso é uma brincadeira?- Filho, eu me chamo Yusuf e esse é meu amigo Razak. Ele é advogado. Nós estamos desde o dia que você foi preso trabalhando para provar sua inocência e esse dia chegou. Você está livre. Vamos sair daqui.
Depois que saímos da cadeia o senhor Yusuf fez questão que eu fosse até a sua casa fazer uma refeição. Ele me serviu uma sopa com pão e sentou comigo à mesa.
- Senhor eu agradeço, essa comida está deliciosa...Mas, eu não entendo... Porque fez tudo isso por mim? Eu sou um estranho... Porque tanta bondade?
- Eu sou vendedor de Simits em frente a escola. Eu vi tudo o que aconteceu no dia que você foi preso. Eu sei que você é inocente. Vi que estava lá brigando com aqueles traficantes, evitando que eles vendessem drogas para as crianças. Eu vi que a polícia te levou sem escutar a sua versão.
- Eu não suporto aqueles bandidos! A muito tempo que faço o que posso com meus próprios punhos...
- Eu senti que você é um bom rapaz. Por isso fui até o meu amigo Razak que é um dos melhores advogados de Istambul e fui testemunha junto ao delegado que também é meu amigo. Graças a Deus deu tudo certo e estamos aqui.
- O senhor tem bons amigos... Esse advogado deve ser caro... Eu não tenho como pagar...
- Você não me deve nada, não se preocupe. Agora coma mais, aproveite!
- A sua esposa cozinha muito bem. Eu moro com meu irmão Zyia na casa do Baba Arif. Ele tem um trailer e cozinha muito bem também.
- Na verdade eu sou viúvo. Quem fez essa comida foi a minha filha... SEHER, VENHA AQUI!
Logo ouvi passos e surgiu na cozinha uma moça. Devia ter uns quinze anos. Era bonita, com olhos verdes, um rosto alegre, como se fosse sempre feliz, não tivesse problemas. Os cabelos eram crespos e rebeldes. Me olhou com curiosidade, no fundo dos olhos, como se pudesse ver a minha alma.
- Filha, esse é meu amigo Yaman. Ele elogiou muito a sua comida.
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Eu sorri sem graça e estendi a mão para ele que hesitou mas acabou apertando a minha.
A mão dele é grande e quente. Pude sentir alguns calos e machucados.
Ele me olha como se eu fosse alguém muito importante, como algo raro, um presente. Parece ter uns vinte anos, é alto, moreno e bonito.
Só nos damos conta que temos que soltar as mãos quando meu pai fala:- Hamram... Yaman, eu tenho algo para te dar, vem comigo até a sala.
Quando eles se foram, fiquei com uma sensação de vazio, queria saber mais sobre ele, conversar, podíamos ser amigos...
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- Yaman, antes de ir pegue esse papel. Aqui tem o endereço de um amigo meu. Eu já falei com ele, você vai trabalhar lá, terá um salário bom, vai estudar, construir o seu futuro.