𝑰 - Cornélia Street: único.

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1: Todos os personagens aqui tem entre dezoito e dezenove anos!

2: 'Menção' a sukufushi.

3: Não é exatamente um alternative universe, eu só deixei o Junpei vivo porque fico mt mal com a morte dele. Fora isso, boa leitura!

🎨: onyxtone no tumblr.

(1)

"Isso significa que você.. Gostou disso?"

Itadori não tinha coerência alguma dos seus atos quando deu um passo à frente e pressionou Megumi contra a parede daquele corredor, impulsionado igualmente pelo o calor do momento e por ter o Fushiguro tão perto de si, interrompendo seu discurso abruptamente ao pressionar seus lábios contra o dele. A intenção era apenas ganhar um pouco de tempo para explicar a situação, mas quando deu por si, estava beijando o garoto.

Megumi sentia-se estupefato, seu corpo inteiro estava rígido devido o choque da surpresa perspassando por suas veias; seu coração batia com tanta intensidade que ele o sentia perigosamente perto da garganta, ao passo que toda a ira acumulada dentro de sí dissipava feito pó ao vento, e se não estivesse tão ocupado em corresponder o beijo da melhor maneira possível ele teria se surpreendido ao constatar a maneira que seus sentimentos mudaram tão rapidamente da água pro vinho.

Para ambos os garotos a sensação era de ter pisado nos céus; de ter chegado ao fim do arco-íris e descobrido o tal pote de ouro como na fábula. Itadori sentiu-se delirar ao sentir as mãos ágeis do Fushiguro agarrarem sua nuca gostosamente, puxando-o pela a camisa até que não houvesse mais nenhuma lacuna separando seus corpos, emaranhando os dedos nos seus cabelos rosados logo em seguida; em resposta pressionou-se ainda mais contra o corpo alheio, numa sede quase que infinita de tocá-lo e sentí-lo na palma das suas mãos e na ponta dos dedos, não se contentando em tocá-lo do tronco vestido para cima. Megumi sentiu-se desfalecer nos braços do outro garoto, deleitando-se com os toques frenéticos das mãos calejadas que tocavam seu tronco, a maneira quase possesiva que adentraram a camiseta preta do seu uniforme e exploraram a pele gélida, intercalando entre apalpar e apertar. Suspirou, ensinuando os quadris contra os de Itadori e desferiu uma leve mordida em seu lábio inferior, unindo suas línguas em movimentos desajeitados e desesperados.

Quem o via assim, tão submerso e necessitado dos toques de Yuji, mal reconheceria o garoto que adentrara aquele corredor minutos mais cedo desferindo gritos e xingamentos para todos que quisessem ouvir; era até um pouco irônico, para dizer a verdade, um pouco irônico demais até mesmo para o próprio Fushiguro, tanto o desenrolar das coisas quanto a sua própria reação. Mas ele não dava a mínima para isso, não quando estava finalmente realizando um dos seus desejos mais ocultos.

- Vai tomar no cú, Itadori! Que saco, me deixa em paz!

- Fushiguro.. - o de cabelos rosas arriscou uma aproximação, apenas para ser empurrado bruscamente por Megumi, que puxava o ar com força. Não era pra menos, ele estava gritando desde que abandonaram o campo de treinamento.

- Não, não vem encher o meu saco! Eu já te avisei milhares de vezes que eu não aguento mais chamar a sua atenção por causa do Jumpei, então cai morto!

Então é por causa disso? Ele pensou estupefato, enquanto Megumi seguia seu próprio caminho pelo o corredor dos quartos batendo os pés no chão com força, o som de suas pisadas firmes ecoando pelo o corredor - graças ao deuses - vazio. Você é bem burrinho, hein? Não que eu esteja surpreso, a voz de Sukuna ecoou em um tom debochado dentro da sua cabeça.

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