Á um passo para o amor (Fanfic Zendaya e Tom Holland)

Capítulo 13

Hoje é sábado. Tenho uma consulta marcada com o doutor que vai realizar a minha operação, Zion está me acompanhando já que meus pais só chegam amanhã de noite.

Essa consulta não estava prevista para hoje, mas o doutor voltou de viagem ontem e logo quis conversar comigo sobre a operação. Estava um pouco nervosa porque não sei o que o médico vai dizer, tinha feito alguns exames para ver se ainda havia chances para mim e hoje finalmente vou ter uma resposta.

Assim que chegamos no hospital fomos logo encaminhados para a sala do doutor, que nos recebeu com um sorriso enorme nos lábios.

— Que bom reve-los novamente – disse ele parecendo feliz por nos ver. Sorrimos em resposta, Zion sentou na cadeira vaga e eu só precisei encostar um pouco a minha cadeira na mesa.

— Também é muito bom reve-lo doutor, estou feliz por ter me ligado – falei agradavelmente.

— Eu precisava falar com você, quando minha secretaria me mandou os resultados dos exames, analisei e quis logo dar a notícia para você – pegou uns papéis em sua mesa e começou a analisa-los.

— Para o senhor ter nos chamado aqui, acho que tem boas notícias – falo com um sorriso entusiasmado.

— Bem... – ficou calado por alguns instantes e logo continuou a falar — Tenho boas e uma não tão boa assim.

Meu sorriso morreu.

— Fale doutor – falei. Zion segurou minha mão que na hora ficou gelada.

— Sabe, eu vejo nos seus olhos o quanto quer se curar, o quanto tem vontade de voltar a andar, para mim como médico isso é ótimo. Mas deixa-me esclarecer que toda cirurgia tem seus riscos. Pelos exames que fizemos você está perfeita para realizar a operação e logo depois começar a fisioterapia para caminhar novamente, mas...

— Mas? – perguntei angustiada.

Tem sempre que ter um "mas".

— Nada garante que você vai voltar a andar novamente. Pode ser que a operação seja realizada, a fisioterapia seja feita e o seu corpo não reagir a nenhum estímulo, então você deve se preparar para tudo.

Sinceramente eu acredito que vou voltar a andar. Aprendi com Tom que devemos acreditar naquilo que queremos e então? Eu acredito que tudo vai dar certo.

As palavras do doutor em nenhum momento fizeram essa esperança morrer, pelo contrário, tenho mais vontade agora de ser operada.

— Eu estou disposta a correr todos os riscos necessários – falei firme. — Foi muito difícil eu aceitar me tratar, já que havia possibilidades, então eu corro esse risco.

O doutor sorriu.

— Você é muito forte Zendaya. Acredito que tudo vai correr bem, sabe porque? Porque eu farei o meu melhor para fazer isso dar certo, eu vou me encarregar de tudo para que você volte a andar.

— Muito obrigada doutor.

Eu vou voltar a andar tal como Tom, eu vou poder levantar e abraçar ele como duas pessoas normais se abraçam. Ele me devolveu o amor pela vida e eu vou voltar a andar por ele, por mim e por todos os meus sonhos que deixei de lado por conta da minha deficiência.

●●●

Eu e Zuri estávamos no meu quarto terminando de ver a quinta temporada de la casa de papel. Finalmente conseguimos acabar ela nesse final de semana e eu adorei a série.

Não gostei muito do final pelas mortes, mas é uma série muito boa e emocionante.

— Eu odeio a Tokyo, mas amo muito – minha irmã falou limpando uma lágrima — Nunca vou cansar de ver essa série, se quiser podemos começar a ver outras.

— Nós temos aula amanhã, portanto a senhorita deve ir para cama.

— Não vejo a hora das férias do natal chegarem – disse empolgada. — Cansei das aulas.

Não sou a única então.

— Esse com certeza vai ser o melhor natal de todos  – pegou o computador e o colocou em cima da cômoda  do meu lado.

— Porque diz isso? – indaguei confusa.

— Está vendo o clima que está cá em casa? Você renasceu e contigo toda a alegria dessa casa. A alguns meses nós nos sentiamos privados de estarmos felizes porque você também não estava, nós praticamente perdemos toda a alegria porque um membro da nossa família não estava feliz, mas agora você é outra minha irmã – Zuri falava e cada   vez mais eu me recusava a acreditar que ela tinha 12 anos. — Você nos devolveu a alegria de novo, nós somos uma família unida e quando um não está bem não tem como o outro estar bem.

— Que idade você tem, 50? – puxei ela e a abracei de imediato. — Eu te amo tanto minha pequena. Você cresceu tão rápido por culpa minha, mas fico muito feliz pela maturidade que você ganhou meu raio de sol.

— Também te amo muito – beijou a minha bochecha. — Agora eu vou para cama – se soltou de mim — Boa noite Zen.

— Boa noite Zuri.

Ela saiu do quarto me deixando pensativa. Juro que não sabia que minha família se privava de estar feliz por mim, minha mãe sempre tentava alguma coisa, mas eu me retraía para tudo mesmo.

Agora eu prometo recompensar tudo o que meus familiares não viveram por eu estar revoltada com a vida, eu vou ser uma nova pessoa, vou me permitir viver tudo o que tenho direito mesmo que ainda esteja nessa cadeira de rodas.  

Meu celular apitou me tirando dos meus pensamentos, olhei para ele e tinha chegado uma mensagem do Tom.

"Ainda acordada?"

"Sim, o que está fazendo?"

"Olhando o céu pela varanda do meu quarto, imaginando eu e você aqui olhando para as estrelas, elas são tão lindas como você"

"Pela próxima a gente vê as estrelas juntos, não há nada melhor do que ficar com você mesmo que estejamos olhando para o nada kk"

"Feliz noite, te amo"

"Obrigada e igualmente. Te amo mais".

Nessa noite eu vou dormir com mil borboletas rodeando meu estômago. Ainda não acredito que sou namorada do Tom, esperei muito pelo dia que ele se declarasse e agora que ele fez parece que estou sonhando.

Não demorou muito para amanhecer, estávamos todos tomando o café da manhã tendo uma conversa agradável.  Meus pais chegaram ontem a noite, parece que ficaram um mês inteiro fora pelo jeito que estão nos tratando.

— A Zuri está magra, vocês deram comida para ela direito? – mamãe perguntou. Ela é exagerada como sempre.

— Mãe, eu já não sou uma criança – Zuri se defendeu. — Eu sei me cuidar.

— Ouviu mãe? – perguntei contendo o riso — A Zuri é adulta, ela sabe se cuidar.

— Claro que não, você é criança e isso não vai mudar tão cedo – disse meu pai se levantando. — Vamos, eu vou te levar para a escola.

— Vou escovar os dentes rápido, só um minuto – levantou e saiu disparada em direção ao quarto dela.

Quando ela voltou, papai e ela saíram de casa.

Eu e Zion estávamos agora sentados na sala, ele parecia apreensivo com alguma coisa, não sei bem o que era. Durante o pequeno almoço não falou absolutamente nada, parecia pensativo como se algo o estivesse incomodando, conheço ele o suficiente para saber que ele não estava bem.

— O que foi? – perguntei.

— Zen, você acha muito cedo eu apresentar a Sam para o pai e a mãe?

Acho, muito mesmo.

— Isso depende de você – mas é claro que eu não ia dizer o que penso. — Acha que é o momento?

— Eu...

Ele parou de falar e passou a mão no cabelo.

Alguma coisa está acontecendo com certeza.

— Zen, a Samantha está grávida!

Que?