No Instituto de Boa Conduta Para Garotos de Seul, os alunos aprendem muito mais do que como se portar publicamente e não envergonhar suas famílias ricas e importantes. Eles aprendem a esconder seus erros, e aprendem a viver naquele inferno.
Quando a...
gente do céu se eu não fui cancelada até hoje, com essa aqui vai.
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I. Arabella
A fofoca corria pelos corredores do Instituto de Boa Conduta Para Garotos que ficava no centro de Seul. Era raro ver alguém daquele inferno namorando, levando em consideração que eles só podiam sair aos domingos e a escola era apenas para garotos do quinto ano ao terceiro do ensino médio.
Aquele instituto era formado por garotos de família influentes que estavam lá por um destes dois motivos; seus pais não planejaram seu nascimento e não queriam a responsabilidade de cuidar de um adolscente irritante, ou eles fizeram algo errado que mexeu com a imagem da família influente da qual vieram. A segunda opção era o caso de quase todos os alunos, e Lee Heeseung não seria diferente, mas você deve estar se perguntando o que um garoto no nono ano deve ter feito de tão grave para estar preso a quatro anos em uma escola e não tendo a visita de nenhum de seus familiares em nenhum desses anos.
Bom, digamos que Heeseung não era um anjo de criança, sua avó - ah, como ele odiava aquela mulher -, sempre disse para toda família que aquele garoto era uma oferenda do diabo que acabaria com a linhagem pura e honrada dos Lee.
Heeseung fez questão de fazer com que ela tivesse razão; ele arruinou a imagem impecável dos Lee por um ano inteiro, em festas, boates e todos os piores lugares que ele poderia estar sendo parte da segunda família mais influente da Coreia do Sul.
Heeseung era a coisa mais gay, drogada, bêbada e bipolar que já pisou no solo super conservador sul coreano. O Ian Gallagher sem os cabelos ruivos e sardas e de olhos caracteristicamente asiáticos e pele com um pouco mais de melanina foi o motivo da maior vergonha de sua família quando foi filmado tendo uma overdose após ter quase transado com um cara uns sete anos mais velho em uma mesa de uma boate gay. Se isso não foi vergonha o suficiente para sua família, ter sido diagnosticado como bipolar foi com certeza o estopim.
A bipolaridade semi-controlada lhe "ajudava" quando vivia em um ambiente como aquele instituto, durante o dia ele era o garotinho perfeito que não tirava nenhuma nota abaixo de oito e nem se metia em confusões, durante a noite, ele era um drogado fodido que não se preocupava com nada nem ninguém e distribuía olhos roxos e bocas sangrando por todo o instituto.
Bom, isso até conhecer Park Jongseong, que, como Nishimura Riki disse, lhe afofou na porrada. Isso claro, antes deles virarem amigos inseparáveis que distribuem olhos roxos e bocas sangrando por todo o instituto juntos. Mas muito além de brigarem juntos, Jongseong e Heeseung desenvolveram algo a mais, uma amizade além dos limites que o instituto permitia.
- Porra Heeseung, vai logo com isso, caralho - Jongseong murmurou, apertando os ombros do Lee, que marcava seu peito com chupões e mordidas, antes de cair de joelhos entre as pernas do Park.
- Pede com carinho - disse punhetando o membro duro do Park, sorrindo provocativo.
