Amor? (Reescrevendo)

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🌸ℙ𝕠𝕧: 𝕊/𝕟🌸

— Cabelo legal...— Olho para a Mal com um sorriso sem graça enquanto colocava uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

— Muito engraçado. — Fala com uma cara nada boa. — O que estava na cabeça de vocês para trazer o Ben e ela aqui?! — Olha para os três que estavam do meu lado enquanto apontava para mim.

— Eles viriam com ou sem nós, só queríamos protege-los...

— E acabaram estragando tudo!

— Não teríamos "estragado tudo" se você não tivesse vindo pra cá igual a uma foragida! —Rebato no mesmo instante fazendo a garota me olhar em silêncio. Suspiro e cruzo os braços.

— O que a gente vai fazer? — Carlos pergunta atraindo a atenção da Mal.

— A gente não faz nada! — Passa a mão no cabelo. — Isso é entre nós duas, e vocês sabem que a Uma é durona, apesar de ser um camarão. — Os três olham pra ela com olhares de desaprovação e discordância. — Sou eu que tenho que ir atrás dele... — Passa no espaço que havia entre eu e o Jay para ir até o sofá e pegar uma bolsa preta.

— Você ainda vai ter que passar pelo Harry Gancho e seus ratos do porto. — Envie tenta a convencer.

— É, vai precisar de nós.. — Jay dá um passo em sua direção.

— Uma disse pra ir sozinha.

— Mal, qual foi?

— Ela está certa, Evie. — Carlos coloca uma mão em seu ombro.

— Só sei de uma coisa, eu não vou pra lugar nenhum sem o Ben. — Me sento em cima da mesa cruzando os braços e as pernas sem desviar o olhar.
 
— Isso, a gente vai estar aqui quando voltar. — Jay se senta no braço do sofá ainda olhando para a Mal.

Assim que ele terminou de falar, Mal saiu do “esconderijo” e foi encontrar a Uma para tentar negociar a liberdade do Ben.  

Enquanto Mal não voltava, cada um foi fazer uma coisa; Jay e Carlos foram até a mesa a onde eu estava para jogar uno, Evie foi para a cozinha fazer alguma coisa que não me interessava e eu fui até o sofá me "jogando" nele colocando as mão atrás da cabeça para as usar como apoio. Desde que me deitei no sofá, meus olhos não saíram do teto, no começo estava meio estranho por conta do desconforto e do barulho dos meninos gritando e batendo na mesa enquanto gritavam uno, mas conforme o tempo passava o silêncio que havia em minha cabeça começou a se espalhar e a tomar conta de tudo a minha volta. Agora a  minha consciência tinha a total liberdade para me fazer pensar em tudo e em nada ao mesmo tempo...

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"E se você der de cara com a sua mãe?..."

Maldita voz, sempre aparecendo para tentar me fazer sentir culpa ou simplesmente acender algumas faísca de ansiedade.

"Se você conseguiu encontrar o filho do capitão gancho, não acha que facilmente encontrará a sua mãe?"

Merda... claro que isso não seria uma total surpresa, mas não é esperado.

"Que foi, está com medo do seu pai descobrir?" Escuto uma risada em seguida.