Capítulo um

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Três anos atrás

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Três anos atrás.

a t l a n t a - GEÓRGIA.

Era isso. Ele tinha o poder e conseguiu me destruir por inteiro. De dentro para fora. De dentro para fora.

De dentro.

Para...fora.

As minhas mãos tremiam naquele momento, minhas unhas quebradas para tentar me proteger ardiam e sangravam. Todo o meu corpo doía. A coberta em volta de mim parecia não adiantar, pois eu sentia frio mesmo sendo julho.

As horas se passavam e ninguém estava ali de fato, para me dar apoio. Os dois policiais pareciam não acreditarem em mim.

— Ele disse que a senhora o agarrou primeiro — falou a policial. — Que você parecia estar sob efeito de drogas e entrou na sala dele. Então vocês fizeram sexo, mas então o seu comportamento mudou e você ficou agressiva. Ele precisou se defender.

Claro que ele daria a sua versão distorcida. Ele era praticamente o dono de toda a Atlanta e eu era apenas uma assistente pessoal. Dois mundos completamente diferentes.

O gosto metálico na minha boca fazia a minha cabeça girar mais ainda. Eu só queria ir embora. Eu só queria voltar para a minha cidade da onde não deveria ter saído.

Mas precisei fazer aquilo desde a morte do meu pai, há dois anos e meio. Ele me incentivou a sair de Mineápolis quando estava no seu leito de morte em um hospital.

Eu sempre ouvia papai, sempre respeitava as suas opiniões e conselhos. E quando o câncer o levou de mim, eu fiz o que ele tinha me pedido. Ter uma nova vida em outro lugar. E eu fiz.

Há um ano e dois meses eu trabalhava para o escritório de advocacia Saunders's & Co. Quase todo o estado e até algumas outras regiões próximo de Atlanta procuravam o escritório porque sabiam que os advogados eram bons, extremamente bons.

Um dos CEO's era o meu chefe. Christian Saunders.

No começo, ele era gentil, gostava de conversar, me chamava para os almoços junto com os outros advogados magnatas, me chamava para os happy hour as sextas à noite, não era um chefe que pegava pesado comigo. Um chefe dos sonhos. Como eu pensava.

Mas toda aquela simpatia e gentileza tinha tomado um rumo diferente de quatro meses para cá.

Christian começava a me chamar para jantar e quando eu chegava estava somente ele. Ele me dava presentes. Caros. Sempre tinha algo na minha mesa quando eu chegava ao trabalho. Par de brincos. Ingressos para cinema ou shows, colares, buquê de rosas, chocolates, notebook novo, tablet novo, celular novo, vestido da Prada, sapatos Jimmy Choo e por último. Lingeries de renda.

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