𝟮𝟱

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[GREECE - current days]

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[GREECE - current days]

As coisas já estavam começando a desandar no topo do monte olimpo. Hera recebia um sermão de seu marido, por ter roubado a cópia de uma de suas armas.

"DIFERENTE DE VOCÊ, EU ESTAVA TENTANDO DAR UM JEITO NAQUELA BASTARDA!!" A mulher de cabelos ruivos gritou, socando a enorme mesa do salão.

"Hera, abaixe a porra do seu tom de voz ao se dirigir a mim." O soberano rosnou, dando-lhe um olhar de total desgosto e desaprovação.

A deusa da maternidade soltou uma risada irônica, deixando Dionísio, ao lado do pai, um pouco apreensivo e desconcertado. "Ah claro, meu ótimo, quem dizia que acabaria com a pirralha com as próprias mãos não levantou sequer um dedo desde que disse tal frase. Ou será que você tem apenas medo dessa bastarda de merda?" Um estalar estrondoso foi possível de ser escutado por todos os montes da Grécia.  Hera tinha seus olhos arregalados, com as orbes marejadas, sentindo o seu rosto arder.

"Saia da minha frente." O mais alto resmungou encarando o estado desprezível da esposa.

A deusa da maternidade abaixou a cabeça contendo um soluço, levando uma das suas mãos até o local do tapa, sentindo a sua pele arder. "Claro." Hera respondeu entre sussurros, se curvando antes de sair do salão principal, não se dando conta de que um dos filhos de seu marido vinha atrás dela preocupado.

"Hera.." O mais novo a chamou com sua voz aveludada, atraindo a atenção da madrasta.

"Saia da minha frente." Hera proferiu enquanto encarava outro fruto de traição com sua visão periférica.

Dionísio suspirou, porém permaneceu de pé no local. "Olha, eu sei que nós dois temos nossas desavenças e que você me odeia." O deus do vinho pausou por um momento, comprimindo os lábios. "Mas papai não está certo, e você não merece passar por isso.. apesar de tudo nós somos família!"

A mais velha riu tediosamente, sentindo as lágrimas rolarem por sua face avermelhada. "Não existe família. E se existisse, você sequer existiria, garoto." Ela voltou a caminhar, odiando o fato de estar no mesmo local que o garoto.

Dionísio abaixou a cabeça levemente triste. De certo modo, ele se sentia culpado por parte da raiva da mulher, afinal, ele era filho de Sêmele, apenas uma humana qualquer a qual Zeus decidiu importunar.
O garoto de traços asiáticos encarou a sacada com um olhar cansado. Ele estava cansado de observar as brigas,  desde que finalmente foi aceito no olimpo. Dionísio cansou, ele finalmente cansou.

No final do corredor, Áres encarou o semi-deus de olhos roxos e cabelos negros saltar para fora do local sagrado. Fechando os pulsos sentindo o sangue ferver. "Traidor de merda."

𝐏𝐑𝐎𝐏𝐇𝐄𝐂𝐘 | 𝙒𝙖𝙣𝙩𝙖𝙨𝙝𝙖, 𝙔𝙤𝙪 𝙜!𝙥Onde histórias criam vida. Descubra agora