mean girls

bem - vinda

eu sempre mudo de colégio por conta do emprego dos meus pais, mas eles me prometeram que dessa vez é definitivo.
colégio rewdell school.
acordei as 7:00, me arrumei no meio as caixas de mudança, coloquei qualquer roupa que vi pela frente, ninguém se importaria com o que eu estaria vestindo.
fui para a cozinha tomar o café da manhã e lá estavam mamãe e papai.
- ansiosa filha? - disse papai.
- nada do que eu não tenha sentido antes, né? - digo num tom de sarcasmo.
- eu e o seu pai prometemos que dessa vez é definitivo. - minha mãe diz tentando me animar.
- nunca se sabe. - digo levando a caneca de café até meus lábios.
acabo de comer e pego minha mochila, minha mãe fez questão de me levar, e lá estou eu entrando em nosso carro, com a cara amarrada.
coloco meus fones de ouvido e olho pela janela por todo o caminho até o colégio, aqui não parecia ruim.
perdida em meus próprios pensamentos, minha mãe diz algo.
- chegamos filha, faça muitos amigos. - diz com um sorriso no rosto.
me despeço dela e entro na escola.
aqui parecia igual as 5 outras escolas, todos se importando com que os outros pensam, pessoas mesquinhas e mimadas, caras tentando provar sua masculinidade, e todo tipo de panelinha que pode se imaginar.
o sinal toca e eu me viro procurando a sala 4.
entro e todos me olham de cima a baixo.
- pessoal, conheçam paris, ela é nova. - diz a professora para a classe.
aceno com a cabeça confirmando.
- pode se sentar paris. - ela diz e eu obedeço.
sento em qualquer lugar vago.
assim foi as aulas, apresentação, e mais apresentação.
o sinal tocou para o horário do intervalo.
fui para o refeitório, coloquei na bandeja purê de batata, leite e uma maçã, tentei avistar um lugar vazio, porém não achei nenhum.
avistando bem vi uma garota de cabelos loiros sozinha em uma mesa, fui na direção.
- eu posso me sentar aqui? - perguntei.
- senta ai. - ela diz me olhando.
- eu sou emma, mas pode me chamar de amy. - ela diz.
- eu sou paris, sou nova. - digo
- na verdade eu sei, somos da mesma classe. - ela diz.
- se você quiser posso te fazer um tour pela escola ou algo assim, eu não sou muito boa em conversar pessoas mas eu tento.
- tudo bem, eu quero sim. - digo soltando uma risada.
foco a minha atenção em 3 garotas, elas estavam andando juntas e vestindo rosa.
- quem são elas? - pergunto curiosa.
- elas são as poderosas - ela diz virando os olhos.
- poderosas? - pergunto
- é uma maneira que inventaram de se sobressair por cima das outras pessoas, as "superiores" - amy diz fazendo aspas com os dedos.
- angela é a do meio, rica, e a líder do grupo, harper a da esquerda, seu braço direito, namora com o capitão do time de basquete, lucas, e também é líder do clube de teatro, a da direta, olivia, é a excluída, mas ainda assim é a mais pura de lá. - ela diz explicando.
- você parece saber muito das coisas por aqui - digo curiosa.
- fico só nas arquibancadas, de escanteio, pessoas como eles, famosas, acham que podem fazer o que bem entendem com as pessoas que não sabem se defender. eu fui uma delas. - emy diz desabafando.
- eles já te fizeram mal? - digo
- angela, no 1° ano do ensino médio, eu tinha acabado de me mudar para essa escola, não tinha nenhum amigo, e quando cheguei ela me acolheu, era tudo perfeito, éramos amigas, e eu achava que podia contar qualquer coisa para ela. nessa época eu estava me descobrindo e acabei contando para ela que eu era lésbica. depois disso ela parou de falar comigo, inventou para todo mundo que eu tentei beija - lá e colocou todos contra mim. -
- eu sinto muito amy - digo colocando minha mão em cima da dela.
- se ao menos eu pudesse fazer algo para acabar com ela - ela diz.
- tive uma ideia - digo entusiasmada
- eu posso acabar com ela, tento entrar no grupo e mostro a todos quem ela é de verdade. - falo confiante
- impossível, mas obrigada por se importar - ela diz comendo seu purê de batata.
- já sei como fazer isso - falo.