Único

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Era mais uma noite quente de verão. Donghyuck havia dado um jantar em sua casa, chamado os amigos e é claro, bebido um pouquinho de vinho, apenas para celebrar a vida, nada além disso.

Ao final da refeição e de um bom momento de conversa com todos juntos, Mark e Renjun foram os primeiros a irem, afinal, ainda tinham que passar na casa dos pais do chinês, então, partiram antes que desse o horário que o casal mais velho fosse para cama. Logo após, poucos minutos depois, Jisung, que é o mais novo entre o grupinho, saiu às pressas para resolver um probleminha – algo como "uma revanche" em alguma coisa que o Lee não entendeu direito e nem dava muita importância –. E agora estava se despedindo de Chenle e Jaemin, os dois eram vizinhos, então sempre se davam carona todas as vezes.

Esses dois últimos, só se dispersaram por não aguentarem mais Jeno e seus olhares nada discretos em sua direção. Os olhos escuros claramente diziam "quero ficar sozinho com o anfitrião".

— Tchau meninos, a gente se vê! – Donghyuck se despediu com um acenar animado antes de fechar a porta da frente.

Ao se virar, deu de cara com um Lee Jeno sentado em seu sofá, segurando uma taça de vinho e as pernas cruzadas.

— Você não tem casa, não, meu anjo?

— Tenho, mas a sua é mais legal.

O mais novo apenas revirou os olhos e pôs-se a recolher as diversas taças e as duas garrafas vazias que se localizavam na pequena mesa de centro.

Enquanto isso, o convidado cara de pau se espreguiçou e jogou os pés em cima da mesinha antes mencionada.

— Se não vai ajudar a arrumar, é melhor vazar daqui, Jeno!

O mais velho se levantou, passou os olhos pela sala e resolveu que naquele cômodo não tinha mais o que ser feito. Dito isto, seguiu o proprietário em direção a grande cozinha e se forçou a lavar toda a louça que os amigos deixaram.

— Você devia fazer cada um lavar o que sujou, é assim que minha mãe faz quando alguém vai comer lá.

— Eu sei, conheço sua mãe muito bem. – Donghyuck proferiu, enquanto secava cada utensílio que o outro pousava no escorredor — Mas, você sabe que o meu estilo é outro. Gosto que meus convidados não façam nada.

— Então, por qual motivo eu estou lavando isso?

— Porque você, senhor Lee, nunca vai 'pra casa no horário. Esse é seu castigo por ser um pé no saco.

Jeno lhe olhou nos olhos e abriu um pequeno sorriso, daqueles que sempre deixavam Haechan hipnotizado e meio bobo. O coreano mais novo tinha mania de questionar o outro qual a razão de olhá-lo daquela maneira. Ah! A resposta é simples. Ele sabia muito bem as sensações que eram trazidas ao interior do menor, por isso fazia questão.

O maior desejo de Jeno, era despertar a chama dentro de Donghyuck, fazê-lo, quem sabe, se apaixonar por si. E Hyuck nunca entendia, por isso passava grande parte do seu tempo livre, pensando o que todos os olhares, sorrisos, sobrancelhas arqueadas e mãos carinhosas significavam. O garoto talvez fosse realmente meio bobo, só alguém muito idiota para não perceber a situação e quais eram todas as intenções do mais alto.

— Pronto! Louça lavada e seca. – disse Jeno, se escorando na ilha de mármore — O que vamos fazer agora?

— Você deveria ir, o último trem parte em alguns minutos.

— Mas eu quero ficar! Amanhã é domingo e sei que você vai passar o dia sozinho.

Haechan comprimiu os lábios ao olhar para o chão. Queria que Jeno ficasse, mas também queria que ele fosse para a própria casa.

Goodnight n go - NOHYUCK Onde histórias criam vida. Descubra agora