Amantes: Simone Tebet e Soraya Thronicke

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- Simone, isso é perigoso! - Sussurrou Soraya antes de olhar pela última vez o corredor do hotel que estavam hospedadas em São Paulo.
- Não é, não! - Puxou delicadamente Soraya pela mão. - Vem...
- Você diz que não é perigoso como se não fosse uma Senadora conhecidíssima que acabou de concorrer à Presidência da República. - Soraya tirou o scarpin preto que usava e foi ao frigobar que tinha no quarto.
- Ninguém viu a gente entrando, Senadora Soraya Thronicke! - Se divertiu com o revirar de olhos que recebeu ao tratar ela de maneira tão formal. - É um segredinho só nosso!
- Não, sério... - Disse enquanto abria uma garrafa de vinho tinto. - Você já pensou se alguém descobre isso? Duas senadoras da extrema-direita brasileira, casadas, mães, que acabaram de concorrer ao cargo mais importante do país...
- Eu não sou de extrema direita, Soraya. - Interrompe sua fala. - Quem aqui diz ser conservadora é você.
- Por isso mesmo! Imagina o escândalo que isso seria? A Senadora Simone Tebet, aléeeeem de apoiar o ex-presidente Lula no segundo turno, também possui um caso extraconjungal com outra Senadora. Uma Senadora conservadora e defensora dos bons costumes. Que feio, Tebet... - Dessa vez não caiu na provocação de Simone, que vira e mexe gostava de irritá-la falando sobre conservadorismo.
- Isso não vai acontecer. - Deu uma risada gostosa. - Confia em mim. - Pegou uma das taças que Soraya havia servido.
- Eu acho bom, se não vou colocar a culpa todinha em você. - Sentou-se encostada em um dos braços do pequeno sofá que havia no quarto. - Vem aqui!
- Vai dizer o quê? - Tebet sentou de frente para ela. - Que eu te seduzi? Professora seduzindo aluna? Ex-aluna, né?
- Pode ser.... - Soraya riu ao ouvir o comentário da morena.
- Tô falando sério agora. Ninguém vai descobrir, nós somos discretas.
- Eu espero que você esteja certa, eu não saberia lidar com isso. Juro.
- Eu sei. Vem aqui! Me dá um beijo! - Simone pegou a mão de Soraya que estava sem a taça e a puxou para si.

Soraya sentou em cima do colo de Simone, colocou uma perna de cada lado, fazendo com que o vestido preto que usava subisse inevitavelmente. Tebet passou uma das mãos pela cintura de Thronicke para que a Senadora do União Brasil ficasse ainda mais colada em seu corpo.

- Eu estava com saudade de você... - Deu um selinho delicado e demorado na boca dela.
- Eu também estava. - Retribuiu o selinho e fez um carinho gostoso na nuca da morena.
- Não via a hora de te ver e de te ter assim. De novo. - Simone colocou sua taça na mesinha ao lado do sofá e fez o mesmo com taça de Soraya, dando mais liberdade para suas mãos.
- Eu posso imaginar... - Soraya depositou as duas mãos ao redor do pescoço da mais velha, deixando seus rostos bem pertinho um do outro.
- Pode imaginar? Por quê? - Tebet faz uma carícia nas coxas expostas da loira no seu colo.
- Porque da última vez nós quase não conseguimos parar. E bem, você sabe, né? Eu nunca fiz isso... - Apontou para as duas. - Você é a primeira mulher da minha vida.
- Sim, eu sei... - Cheirou o pescoço dela - Você sabe que não precisa se sentir insegura, né? Não tem pressa nisso tudo o que estamos vivenciando. E se você quer saber, é uma delícia te ver descobrindo tudo aos poucos. Cada vez mais à vontade nos meus braços, no meu colo, quando eu te beijo e te toco. Esse seu gemido manhoso...
- Nada como estar nas mãos de uma mulher experiente! - Brincou Soraya, se remexendo no colo de Simone na intenção de provocar a mulher que estava por baixo.
- Mais ou menos experiente. Já tô há muito tempo casada com um homem, e é totalmente diferente.
- Sim, é diferente mesmo... - Soraya disse mais para si mesma do que para Simone.
- Você fica desconfortável em algum momento?
- Não, eu não me sinto desconfortável nunca quando estou com você. Você respeita a mim e a todos os meus limites sem que eu precise verbalizar eles.
- Você é do tipo que não precisa falar nada para que eu saiba como está se sentindo. - Roçou o nariz no dela. - Só pelo rosto, seu olhar e gestos sei quando preciso parar ou continuar o que estou fazendo.
- Por isso da última vez parou quando estávamos quaaase concretizando nosso desejo? - Deu um sorrisinho ser vergonha.
- Sim, Senadora. Por isso parei. A gente queria mas não era o momento, eu acho.
- E agora? Você acha que é? - Soraya passou delicadamente os dedos no rosto da morena, fazendo um carinho gentil nas bochechas, boca e descendo para o pescoço.
- Você quem me diz. Eu sinto que é o momento há bastante tempo, se você quer saber.
- Sério? Há bastante tempo quanto? - A loira olhava curiosa para a mulher que estava na sua frente.
- Desde a faculdade, depois desde o Senado, e agora na disputa eleitoral... - Arranhou sem machucar a pele das coxas de Soraya. - Eu odeio me sentir tão atraída assim por você, me policio toda vez que estamos em público.
- Você já pegou quantas mulheres com esse seu jeito de cafajeste? - Thronicke disse sabendo que iria irritar Simone.
- Poucas, se você realmente quer saber. - Respondeu fingindo cara de brava.
- Simone, Simone... - Soraya disse em falso tom de repreensão.
- Você acha o quê? Eu sou casada há anos. Já tive minhas aventuras por aí, claro, mas não é desse jeito que você está pensando.
- Você já ficou com outra pessoa envolvida na política? Ou melhor, outra mulher? - Pegou uma das taças que estavam na mesinha e bebeu um pouquinho olhando atenta para Simone.
- Nunca, meu bem. Você é a primeira.
- E última. - Deu um selinho bem demorado na boca da Senadora, até sentir que ela iria aprofundar o beijo e se afastou.
- Sim. Primeira e última. Única na minha vida. - Abaixou o zíper das costas do vestido que Soraya usava. - Eu não consigo parar de pensar em você. Eu só quero você!
- Eu sou sua. Inteirinha, você sabe. Estou tão entregue quanto você... - Soraya tomou a iniciativa do beijo e deixou que Simone invadisse sua boca com aquele gosto bom de vinho, um beijo sem pressa, de quem aproveitava cada centímetro da boca uma da outra.

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