Helloween

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Tw: vômito, violência, mortes implícitas e drogas.



- Travessuras com doces essa noite então? – Disse Nikolai colocando um violoncelo dentro de seu casaco.
- Com certeza. Bora Chibi, o dia é longo e a madrugada curta. – Respondeu Dazai puxando Chuuya para fora da casa/casino de Sigma, não sem levar um soco na tentativa.
Ê anjo, vulgo Sigma, suspirou e exclamou já sem paciência:
- Vou repetir as regras antes que vocês saiam, as três horas todo mundo tem que estar aqui e a dupla que tiver mais doces ganha e é proibido comprar doces ou pegar do Ranpo.
- Certo, docinho, até logo. – Se despediu Nikolai acenando.
- Eu até diria para vocês tomarem cuidado, mas quem pior que vocês estaria na rua?
- Ai, assim você me magoa. – Resmungou o castanho já pronto para fechar a porta. Ê outre fechou os olhos e começou a contar:
- 1,2,3, valendo.
No mesmo instante, Nikolai, que estava vestido de coringa, sumiu através de sua capa, levando consigo um ceifador, Fyodor. Enquanto Chuuya e Dazai saíram correndo sem nem ao menos fechar a porta e subiram na moto do ruivo.
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A morte sentou-se sobre seu banco e entre os gritos do anoitecer, pôs-se a tocar “Dança macabra” em seu violoncelo. Os guardas abaixaram suas armas e se aproximaram do som, o que foi mais que suficiente para que o palhaço acabasse com as defesas do local.
Apreciando o momento Nikolai ficou na porta esperando o namorado terminar a música, ele realmente amava ver Fyodor tocar, então aproveita toda oportunidade.
Quando o som chegou ao fim, o albino bateu palmas animadamente e guardou novamente o instrumento e o banco.
Os dois caminharam tranquilamente para dentro da empresa de doce, afinal era madrugada e como eles tinham pesquisado com antecedência, não havia ninguém além dos guardas da frente no lugar esse horário.
- Fico feliz que o Sig não tenha comentado nada sobre furtar doces, realmente um amor. – Comentou Nikolai se agarrando ao braço do mais baixo e em seguida cantarolando alguns ritmos de filmes de terror que assistiu recentemente.
Sua companhia, por outro lado, deu um sorriso ladino e se aproximou do outro, sentindo como se de repente a noite tivesse se tornado mais fria.
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Enquanto isso soukoku invadia um armazém de doces, eles tinham chegado rapidamente ao lugar e agora Chuuya usava sua habilidade para estourar as portas a distância e, ao mesmo tempo, atordoar os funcionários, que eram vários por sinal, porém não existia realmente um problema em relação a isso, só uma coisa: Dazai não poderia se segurar em Chuuya na moto, se não só atrapalharia as coisas. Sabendo disso, Osamu se afastou e se segurou na beirada da moto.
- Osamu eu juro que se você soltar essa moto eu passo em cima de você, então nem tente nada. – Gritou Nakahara prevendo as ideias do castanho, mesmo que não pudesse ver seu rosto no espelho graças a máscara do pânico que o mais alto usava, o ruivo o conhecia suficiente para saber para onde Dazai estava olhando de canto de olho.
- Nossa, que grosseria, você deveria ter se vestido de cachorro se vai ficar latindo assim para mim.
- O único cachorro aqui é você, idiota.
- Se você me alimentar e me der alguns tesouros, posso pensar no seu caso.
- Cala a boca cavala. – resmungou o pirata revirando os olhos.
Dazai pulou da moto depois que ela foi devidamente estacionada em um canto e se apoiou na parede.
- Você tá’ bem? Tá’ mais pálido que o normal. – Observou o namorado se aproximando do garoto.
- Não, um pirata roubou meu coração e não quer mais me devolver. – Exclamou descendo até o chão dramaticamente.
- Ah é? Porque saiba que como um bom pirata não vou devolver. – Falou se abaixando e selando seus lábios.
- Lesma malvada.
- Vamos logo.
A dupla correu cautelosamente até o estoque e colocou quilos de balas e balas em grandes sacos que tinham trazido, o peso foi novamente facilmente administrado pela habilidade de Chuuya.
Subitamente ouviram-se disparos por todo lado, o que levou Osamu a pensar sobre o porquê de tanta proteção se são apenas doces. Então ele abriu algumas outras caixas e olhou mais atentamente, seu rosto ficando sombrio.
- Tinha que ser um ratazana mesmo.
- O que foi? – Questionou o garoto que já tinha lidado com o incômodo e estava terminando de colocar as balas na sacola.
- Chuu, aqui também é um armazém de drogas, bala, droga.
- Merda.
- Quer saber? Eu vou pegar e não vou dividir com ele.
- Dazai. – Alertou sabendo como aquilo normalmente terminava.
- Vamos, vamos sair daqui logo Chibi.
Em seguida, o casal foi até a porta traseira do armazém, levando consigo quase todo o estoque.
Subitamente o mais alto parou e se apoiou em uma parede, sentindo uma dor de cabeça insuportável, já fazia algumas horas, mas agora tinha piorado drasticamente, numa tentativa de tentar melhorar elu tirou a máscara, mas o ar não chegava a sua cabeça.
- Ei, o que aconteceu? – Perguntou o ruivo preocupado ao perceber a parada brusca. Contudo, não houve resposta, o outro caiu no chão e vomitou todas suas entranhas.
Nakahara se aproximou em meio ao caos, tirando suas luvas e verificando a temperatura de garote.
- Você está com febre. – Exclamou chocado. Dazai começou a proferir alguns palavrões e murmurou:
- O Fyodor estava certo.
- Como é?
- Eu cozinhei hoje no almoço, ele falou que não iria comer porque minha comida é um crime e comê-la seria um castigo, então eu e Dostoiévski apostamos que quem conseguisse pegar mais doce antes de não aguentar mais por estar passando mal ganhava. – Explicou baixinho enquanto tentava se levantar.
- O que você tem na cabeça? Enfiou bandagens no lugar do seu cérebro? Porra, que ideia, não era mais fácil só ter pedido comida pronta ou ter me chamado? – Falou empurrando o namorado para baixo.
- Como você tá' agora?
- Eu estou bem, vamos só voltar logo, vou mostrar para ele nossa pilha de balas e depois descansar. – Afirmou, entretanto, quando elu tentou se levantar, sua pressão não foi condizente com suas palavras e Dazai desmaiou, por pouco não caindo em cima do próprio vômito, para sua sorte seu parceiro estava lá e o segurou.
- Tsc, elu não muda mesmo.
Com a habilidade de Osamu anulando a sua, as sacolas furtadas caíram no chão ao lado deles.
- Isso não te pertence. – Sussurrou uma voz próxima.
O garoto virou-se rapidamente e manteve um braço segurando o que estava desacordado, contudo, não havia ninguém por perto.
- Quem está aí? – Questionou analisando mais uma vez o ambiente à espera de algum sinal.
- Não é da sua conta, devolvam logo as balas. – Exigiu a voz impaciente, ainda impossível de ser vista.
- Se não o quê?
Após alguns segundos de silêncio, um alto estalo ressoou pelo local. O braço de Chuuya foi quebrado pelo desconhecido. Como estava segurando Dazai, ele não estava protegido contra ataques e para piorar o inimigo estava fora de vista. Com um grunhido, o ruivo arrastou o parceiro para o lado e teve que deixá-lo no chão para poder usar seu poder.
- Escuta aqui, é melhor você aparecer agora se não quiser que seja pior.
- Aparecer? Eu estou ao seu lado, não consegue me ver? – Anunciou a voz aveludada.
- Seu merda, eu não tenho tempo para piadas.
Em seguida, o portador da gravidade se aproximou do garoto desmaiado no chão, embora perto, não o suficiente para anular sua própria habilidade, depois de jogar seu casaco na figura ele ativou um denso campo gravitacional que violentamente explodiu tudo que estava a sua volta, com exceção do centro.
Agora o que alguns segundos atrás era um armazém se tornou uma grande cratera com pedaços de aço espalhados e uma infinidade de pó voando pelo lugar.
- É sempre encantador ver sua habilidade Chuuya. – Confessou Dazai que tinha acordado com a recente grande destruição.
- Osamu?
- Agora eu tô’ bem, sério.
- Só cala a boca vai, eu não tenho certeza se o inimigo realmente já era, então vamos sair daqui logo.
Logo, o pirata colocou o castanho em suas costas e, ao mesmo tempo, carregou as sacolas com o braço que não tinha sido quebrado, como as sacolas estavam próximas durante o campo gravitacional não sofreram nenhum dano. Contudo, a moto de Chuuya sofreu, o ruivo realmente lamentou isso, mas agora não seria um bom momento para reclamar sobre isso, então tentando ignorar sua perda ele procurou algum transporte por perto que pudesse ser utilizado para levar Dazai até Yosano, uma médica amiga deles.
Entretanto, o armazém ficava em uma área quase deserta, a única forma de transporte que ele encontrou foi um carinho de mão. Não tenho melhores opções, ele colocou Osamu no carinho, seu casaco e as sacolas em cima delu. O outro resmungou com o peso sobre si, mas como não demorou muito para voltar ao seu estado sonolento, rapidamente ficou quieto.
Antes de sair, Chuuya ligou para Sigma e Yosano, avisando sobre o que aconteceu, ambos xingaram Dazai, mas ê anjo mudou a localização do fim da competição para a clínica da médica para facilitar a vida do ruivo que já estava estressado.
Assim, o casal saiu voando pela madrugada até a clínica.
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Nikolai gritou olhando para a figura no céu:
- Fedya olha! O Papai Noel se adiantou! Ou talvez seja seu anão que fugiu?
Dostoiévski mal se mexeu, apenas desviou um pouco seus olhos para as figuras voando.
- Não podemos deixar eles chegarem antes, Kolya. – Lembrou tremulamente, não foi necessário falar alto, já que o albino estava o carregando no estilo noiva pela cidade desde que sua pressão tinha caído de repente. Ser anêmico e fazer apostas perigosas com a saúde não era uma boa combinação.
Nikolai se teletransportou até a porta da clínica, entretanto, não há como competir com a gravidade e no fim os quatro chegaram a porta ao mesmo tempo.
Nakahara colocou o carinho no chão e segurou o próprio braço, observando quando a médica apareceu a porta depois de Gogol tocar a campainha centenas de vezes por segundo.
- Yosano. – Cumprimentou o pirata, a noiva cadáver apenas acenou com a cabeça, dando espaço para eles entrarem.
- Você poderia dar uma mãozinha aqui? – Pediu se referindo ao carinho.
- Oh Deus. – Lamentou Yosano olhando para os estragos e ajudando a transportar o doente para dentro.
Fyodor, Osamu, Chuuya e Tecchou, ocuparam todos os leitos da clínica. Tecchou tinha chegado depois de ter misturado algumas coisas perigosas para comer também e Jouno estava no canto acompanhando o namorado. Enquanto isso, Nikolai tinha se agarrado a Sigma e ficava observando minuciosamente o atendimento da médica e perguntando se estava tudo bem.
- Nikolai, eu vou te expulsar daqui. Eu tinha um compromisso, então é melhor vocês não piorarem minha noite com esse joguinho. – Rapidamente o albino ficou quieto e continuou analisando o trabalho da doutora.
Os dois rivais estavam mais estáveis depois do tratamento e pressionavam Sigma pelo resultado da contagem de doces.
- Dos, meu Chuu se machucou por sua culpa, eu não vou dividir aquelas balas com você.
- Fica quieto Dazai, eu vou entregar essas balas para o Fukuzawa. – Ameaçou a noiva cadáver.
- Quem ganhou foi...
- Sem sombra de dúvida foi o Fedya, não é óbvio? – Afirmou o coringa interrompendo Sigma que depois de tanta pressão tinha finalmente terminado de contar.
- Você comeu as balas palhaço? Eu e a múmia ali que ganhamos. – Declarou Nakahara decididamente.
- Na verdade, foi o Akutagawa e o Atsushi, eles também se inscreveram, só chegaram uns minutos depois. – Anunciou o organizador agradecendo que esse jogo tinha finalmente acabado.
- O quê? – Disse Chuuya incrédulo.
Instantaneamente o ânimo do ambiente morreu, agora quem levaria tudo que eles tinham ganhado seria a outra dupla.
- Ah, e não se esqueçam que terão problemas com Fitzgerald por causa dos furtos e da explosão. – Disse a médica enterrando de vez os demônios no leito.
- Dazai, você deveria ter me avisado. – Gritou Chuuya enquanto batia no namorado.
- Aii Chuu, desculpa. Mas onde estão aqueles dois?
- Eles chegaram antes de vocês e saíram porque iriam passar em algum lugar. – Falou Yosano sentada na sua mesa e mexendo no computador.
- Como eles chegaram antes e ganharam? – Perguntou Jouno que até agora só estava no canto rindo e ouvindo a respiração de Suehiro dormindo.
- Fitzgerald ajudou eles, eu tinha falado com ele antes, ele não quis me ajudar, mas ajudou o Sushi? – Reclamou Dazai. Nikolai então deu risadas provocando o outro.
- Essa competição me deixou cansade. Ei, pirata bonitão, não quer vir aqui não? – Chamou Dazai se dirigindo para o leito ao lado.
- Eu estou bravo com você, Osamu, nem tente.
- Poxa, eu vou ter que ir até aí então.
- Nem pense Dazai, se você tirar esse soro daí eu não vou colocar de volta. – Alertou Yosano.
Ele foi até lá e ficou abraçado ao paciente do lado levando consigo o soro, o namorado soltou um pequeno bufo, mas não protestou contra, o ruivo do cabelo apenas acentuando seu rosto corado.
Do outro lado da sala, Gogol olhava para seu namorado pensando no que fazer.
- Você está entediado docinho? O que você acha de eu, você e o anjo assistirmos algum filme de terror? – Convidou tirando um projetor de seu casaco.
- Parece bom. – Concordou Fyodor.
Sigma, por outro lado, estava sentade em uma cadeira ao lado da cama e nem prestou atenção na pergunta, preocupado com a situação.
Logo o palhaço ligou o projetor e colocou no filme favorito de terror do ceifador.
No fim, todos que estavam na sala acabaram assistindo filmes de terror até o amanhecer.
Ou assim seria se essa fosse a história de um sonho e não um pesadelo.

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Obrigada por ter lido <3
Não se esqueça da ☆
Curiosidade: o Jouno estava de policial e o Tecchou de presidiário.

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𝕿𝖍𝖊 𝖗𝖔𝖒𝖆𝖓𝖙𝖎𝖈 𝖍𝖊𝖑𝖑𝖔𝖜𝖊𝖓 | 𝕺𝖓𝖊-𝖘𝖍𝖔𝖙 𝖇𝖘𝖉Onde histórias criam vida. Descubra agora