✯Kapittel Gaïa✯

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Quando acordo já são uma da tarde

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Quando acordo já são uma da tarde. Vou ao banheiro, ligo pedindo almoço e vou acordar Gaïa. Passamos o dia assim no quarto, pedindo coisas para comer e transando.

Entre uma coisa e outra dormimos mais um pouco a tarde, assistimos a um filme e no início da noite eu achei que já tinha passado da hora de contar para Gaïa  sobre Jacqueline. Tomamos banho juntos, pedi um café para curar nossa fraca ressaca antes de sair para a noite, quer dizer, eu nem sabia se eu teria noite. Só sabia que ela não tinha como fugir de mim aqui no navio. Por isso deixei para contar quando estivéssemos em alto mar.
Me sentei na cama, ela na frente do espelho penteava os cabelos.
— Gå, senta aqui comigo. — Peço batendo a mão ao meu lado. Ela me olha e assim que vê que estou sério, ela vem.
— O que foi?
— Gå, te contei muitas coisas sobre mim. Você conhece minha família, minha casa, sabe em que trabalho. Sabe até a história do anel, que não conto a quase ninguém.
— Ya, eu sei. E você também sabe tudo de mim.
— É. Mas tem algo que eu não te contei. — Cheio de suspense, vejo o semblante dela, cair totalmente, como se tivesse levado um choque.
— Ai meu Deus! Você é casado?
— Nei. — Dou um sorriso reconfortador. — Não mesmo.
Aliviada, ela leva a mão ao peito.
— Quando eu te vi, não sabia quem era, como eu já contei várias vezes. Só sabia que eu tinha que ter aquela mulher da festa. Então pedi a um dos homens da Nydro que investigasse quem você era. Quando ele me disse que era esposa de Farlig, na mesma hora eu te deixei de lado, não queria me envolver novamente com Farlig.
— Por causa dos negócios não é?
— Nei. Não foi por causa dos negócios.
As sobrancelhas dela se juntam, está muito preocupada. Me fita atentamente. Respiro fundo, tomando fôlego, esfrego minha testa e de cabeça baixa eu falo: — Não deu para tirar você da minha cabeça, não conseguia mais nem transar com alguém. Então mandei tudo pra porra e fui atrás do que eu queria.
— O que de verdade quer me contar Ludwig? Tudo isso eu já sei.
— Tá, vamos lá. Anos atrás, eu namorei uma garota, aquela que Vilma contou. Eu estava apaixonado, mesmo com o gênio difícil dela, mesmo ela sendo mesquinha e mimada, eu a queria. Com os meus 28 anos, eu estava disposto a me casar com ela. Mas eu era apenas um cozinheiro e a empresa do meu pappa estava indo de mal a pior. Todo mundo estava jogando os pés na gente. E foi isso que o pappa dela fez. Ele entrou no nosso relacionamento e nos separou e o pior, é que ela nem se importou muito. Apenas me deixou de lado.
— Ah meu Deus! Ludwig. — Gaïa acaricia meu braço, me consolando. Seus olhos sofrendo com minha história.
— Foi difícil, ele armou algo como se eu tivesse traindo minha namorada com a própria madrasta dela. — Gaïa coloca a mão na boca, horrorizada. — E ela acreditou.
— Que tola. — Gaïa opina e eu faço que sim com o pescoço.
Nos calamos por segundos, ela ainda me encara com atenção.
— O que eu quero te contar é que nada do que temos tem a ver com isso, quero que me veja como seu namorado que te ama e que não há por que eu querer resgatar qualquer coisa do passado. Pois nem ódio sinto, é apenas indiferença.
— Ludwig, está me deixando confusa. O que quer dizer com tudo isso?
— Você conhece a família de Farlig, não é?
— Ya, conheço. O que tem? — Os olhos dela estão enormes.
Pigarreio, tomo coragem e após dar uma longa exalada, com o cu trancando de medo, eu disparo: — Minha namorada, essa que o pappa se interferiu, era Jacqueline, a filha de Farlig.
O sangue some do rosto de Gaïa.

Abrahamsen O Norueguês -  Kapittel 21/8/2023 23:59Onde histórias criam vida. Descubra agora