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Sentado enfrente a TV Finn estava pensativo, vendo Gwen sua irmã brincar com suas bonecas ele viu uma oportunidade no ar.

─ Gwen... ─ a garota murmurou dando a entender que ouvia o que ele falava ─ Você abraça a Suzie e as suas amigas?

Gwen parou de brincar o olhando desconfiada.

─ Sim ué, por quê? ─ a pergunta fez Finn ficar vermelho.

─ Nada, só queria saber.

Abraços ok, agora beijos na bochecha e sonhos envolvendo beijos reais? Finn estava delirando.

Robin por outro lado estava se entretendo com uma de suas bandanas, fazendo e desfazendo nós enquanto pensava.

Era estranho como ele se sentia perto de Finney, não era do mesmo jeito com outros garotos, muito menos garotas. Robin se sentia livre e sabia que poderia ser ele mesmo ao lado de Finn, mas será que isso era normal? O que havia de errado com ele!? Suspirou jogando a cabeça para trás.

Algumas batidas na porta o fez sair de seus pensamentos turbulentos.

─ Seu tio chegou venha dar um olá ─ sua mãe falou empolgada

─ Estou indo! ─ respondeu colocando a bandana que antes brincava em sua cabeça.

A verdade era que o tio de Robin era como um pai para ele, sempre presente fazendo coisas de pai. Levar o filho para ver filmes, conversar sobre a escola ou só dar tapinhas em suas costas o parabenizando por alguma nota acima da média ( o que era raro para o jovem Arellano)

─ Hola tío! ─ Cumprimentou empolgado descendo as escadas.

─ Robin que bueno verte chico ─ Puxou Robin para um abraço apertado

O tio de Robin era caminhoneiro e exportava alguns produtos para outros países e as vezes ficava meses se voltar para casa nesse caso, faziam três semanas.

─ Me conte as novidades, quero saber tudo ─ O mais velho falou se sentando no sofá de forma despojada.

A mãe de Robin apareceu com duas cervejas e um refrigerante para o filho. Se sentou junto deles.

O tio de Robin era alto, magro e de pele bronzeada, talvez ele fosse o clichê de latinos nos EUA. Cordão de ouro regatas e calças largas, um sotaque puxado cabelos escuros pouco abaixo da orelha. Uma barba por fazer.

─ E então me contem. Como vai o trabalho hermanita (maninha) ─ perguntou olhando para a mulher

─ Está tudo ótimo, recebi um aumento na última semana ─ respondeu

─ E você Robin! Como vai a escola?

─ O de sempre, Tu sabes mesma porcaria.

─ Olha a boca menino ─ a mãe do garoto deu um tapa em sua perna ─ conte sobre seu novo e único amigo.

Robin arregalou os olhos para a mãe, ela acabou de dizer que o filho não tem amigos? Exatamente, estava errada? Não. Ele não era do tipo de fazer amizades o Finn era um acaso. Talvez um contra tempo.

─ fez um amigo? Me conta, como ele é? ─ o mais velhos mostrou interesse.

─ O nome dele é Finney, Finney Blake. Ele é legal mas somos completamente diferentes ele é muito bom em matemática, é calmo e odeia brigas

Robin sorriu lembrando de como o Finn se desesperava ao ver qualquer tipo de briga. Até mesmo em filmes.

─ O garoto é um anjo Hermano, você tem que ver o meu Robin fica todo ajeitado perto dele.

Robin queria se enfiar embaixo do sofá e desaparecer na poeira.

─ Não é pra tanto...

Ele respondeu baixo tirando uma gargalhada de seu tio.

─ Senti saudade de vocês dois... extrañaba a esta familia (senti falta dessa família)

Ficaram conversando por horas, pediram uma pizza enquanto riam e o mais velho contava suas aventuras durante as últimas semanas.

Já era madrugada quando Robin subiu para o próprio quarto se jogou na cama olhando para o teto, estava com tanto sono que ao menos se cobriu mas quando fechou os olhos...ele viu o garoto, era Finn sorrindo.

A cena era deles dois deitados na grama como mais cedo só que dessa vez tinha algo incomum, estavam de mãos dadas.

Finn sorria apontando para nuvens e era como se essa cena estivesse silenciosa, apenas os movimentos eram o suficiente para que Robin sentisse seu peito palpitar. Era tão real...

Fechou os olhos na esperança de acordar no mundo real mas ao contrário disso, quando abriu ainda estava no sonho e Finney estava tão perto de si... Era como se ele sentisse a respiração do menino.

O peito de Robin subiu e desceu diversas vezes, o ar era impossível de saciar seus pulmões desesperados. Mas tudo gelou quando Finn o beijou.

Robin se sentou na cama imediatamente em um pulo, o mexicano suava e o seu cabelo estava completamente grudado em seu rosto. Achou melhor tomar um banho para esfriar a cabeça antes de voltar a dormir.

Um banho as três da manhã até que fez bem já que depois disso ele dormiu a noite toda, sem sonhos envolvendo Finney Blake dessa vez.

» continue? ˎˊ˗ ࿐

Bom pessoal, esse capítulo foi mais um contato com os sentimentos de Robin, como ele se sente em relação ao Finn e tudo mais. Espero que tenham gostado 🫀💕



𝐂𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨-𝐑𝐢𝐧𝐧𝐞𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora