Janeiro de 2007.

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Janeiro de 2007.

Era o primeiro dia do ano, e mesmo que já fosse de noite algumas pessoas ao redor do mundo ainda comemoravam a data que indicava que um novo ano havia começado, mas para aquela família que estava dentro do carro, as festas com os amigos já tinham acabado, estavam agora voltando para sua casa, afinal no dia seguinte aquele casal teria que trabalhar. O pequeno menino sentado no banco de trás se distraia jogando no seu game boy enquanto seus pais conversava sobre alguma coisa desinteressante para si, conversas de adulto eram sempre chatas, eles sempre reclamavam demais, pensava o menino. Pobre criança, se soubesse o que o destino aguardaria para si, teria parado para conversar com seus pais, nem que fosse para ter uma última conversa só para se despedir, mais o futuro é sempre muito incerto, e nada poderia prever o que iria lhe acontecer, então ele não viu quando algo acertou o carro em que estava, e os arremessou para longe capotando na pista, amassando toda a lataria e quebrando os vidros em vários pedacinhos enquanto os arbergs eram acionados.

O menino bateu a cabeça no vidro e desmaiou no mesmo instante, os pais estavam apavorados, viram quando uma figura apareceu em frente ao carro e o arremessou para trás, não foi um acidente, foi proposital. A criatura ainda estava lá parada olhando para eles, até que devagar começou a se aproximar.

- Não se mecha, não tenha medo. - O homem disse para a mulher, os dois sabiam o que estava acontecendo, não teriam como escapar, o fim era certo.

- Eles vão nos matar. - A mulher falou já desesperada, o homem simplesmente a olhou sem dizer nada, não queria que seu fim fosse assim, mais não havia como escaparem, pelo menos seu filho estava desacordado, e se Deus quisesse já morto. Não veria o que aconteceria consigo mesmo, e nem sofreria na mão daqueles demônios, diferente dos dois adultos.

Então a figura se aproximou o suficiente, era um ser horrendo todo vestida de preto, com um sorriso maligno no rosto mostrando os dentes afiados e os olhos mais vermelhos que sangue. O vampiro parecia estar se divertindo com aquilo, e simplesmente arrancou a porta do carro como se fosse a coisa mais leve possível e puxou o homem de dentro, este que tentou lutar, mais como poderia? Não estava preparado, devia estar mais não estava, e agora iria morrer pelas mãos daquelas criaturas. O vampiro logo conseguiu quebrar o pescoço do homem e como se não bastasse sugou todo o sangue que havia no corpo matado sua fome. Porém estava ali para fazer um trabalho de matar aqueles dois, então foi até a mulher, essa que chorava muito, e a puxou com força de dentro do carro assim como fez com o homem e a mordeu sugando seu sangue, sentiu porém um outro cheiro presente, se abaixou e viu um pequeno garoto, olhou para mulher que ao perceber o que aquele ser iria fazer arregalou os olhos, mais o vampiro a ignorou completamente e a jogou um tanto longe, e como adorava torturar suas vítimas tirou o menino de dentro do carro e sem nenhum ressentimento cravou os dentes na pele do garoto, estava tão atento ao gosto do sangue da criança que não percebeu quando a mãe lhe cravou uma estaca no meio das costas, o vampiro soltou o menino e se voltou a olhar a mulher com um olhar mortal de raiva pronto para a atacar, mas não conseguiu agir, dois braços o segurou e cravou ainda mais a estaca em seu coração, fazendo com que aquele ser virasse cinzas após alguns segundos.

A mulher ficou paralisada, ali a sua frente havia mais dois homens e a julgar pela aparência era da mesma natureza que o monstro que havia morrido, ela não tinha mais força para lutar, sentiu medo, não por si, e sim pelo filho que ainda poderia sobreviver ou sofrer se estivesse vivo. O mais alto deles se abaixou até ela e a tocou no rosto parecendo preocupado.

- Você está bem? Consegue respirar? - Era obvio para si que ele era um vampiro o toque gélido as feições, mais este não parecia que iria lhe fazer mal. A mulher todavia já não estava conseguindo respirar por estar fraca demais, sabia que a vida já estava deixando seu corpo, assim como os vampiros ali presentes sabiam. - Tente se manter forte, vamos levar você a um hospital. - O vampiro disse-lhe tentando a erguer, porém a mulher soltou um pequeno gemido de dor, seu corpo estava bastante machucado e até quebrado devido ao acidente.

Amor, desejo e paixão. ( Vkookmin, JJK - KTH - PJM. )Onde histórias criam vida. Descubra agora