O império de Florensia prosperava sob os pais de Kim Taehyung até que uma emboscada durante uma caçada em Miryang os matou, deixando-o órfão e herdeiro de um trono ameaçado. Em busca de aliados para enfrentar a guerra iminente, Taehyung descobre que...
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— Taehyung! — Sunno apareceu com um baú enorme, repleto de pedras minerais, ervas medicinais e bandagens. — O que o senhor está fazendo sem a máscara?! — Ele correu até seu mestre, tampando o nariz com as pequenas mãos.
Taehyung, forçando um sorriso, afastou as mãos do garoto. — As pessoas estavam inquietas, pensando que sou um tal de ancestral. — Tentou manter um tom leve, mas a preocupação pesava em seu coração.
Ji-ah, já sem a máscara, olhou para ele com preocupação. — Não ligue para isso, senhor. Por onde vamos começar? — Pegou o caderno de Taehyung e examinou suas anotações.
Sunno hesitou, mas acabou tirando a máscara. — Farei o meu melhor para ficar longe. Vou preparar os remédios. — Ele segurou o baú, sua determinação visível.
Taehyung suspirou fundo, a pressão em seu peito crescendo a cada instante. — Eu irei examinar os doentes. Minha presença parece acalmá-los. — Embora quisesse transmitir confiança, ele sabia que a responsabilidade de liderar um reino tão novo pesava sobre seus ombros.
O dia se arrastou, e os três trabalharam incansavelmente no galpão, servindo os doentes sem descanso. A doçura que antes emanava de Taehyung foi substituída por cansaço e fadiga. Cada sorriso forçado era como uma faca em sua alma, lembrando-o das expectativas que tinha que atender e do que havia perdido.
Ao voltar para casa, encontrou restos de comida espalhados pela mesa; a xícara de chá estava fria ao ser levada aos lábios. — Porra! — Ele bateu a mão na mesa, permitindo que a raiva se sobressaísse. — Meu pai já teria feito tanto... — A dor explodiu dentro dele.
A pressão em seu peito diminuiu brevemente, mas logo foi substituída por culpa. — O que estou fazendo? Meu pai ficaria desapontado. — O pensamento de não ser capaz de proteger seu povo ou enfrentar a guerra que se aproximava o consumia.
Levantou-se, deixando a refeição de lado, e se dirigiu ao quarto, onde a escuridão da noite o envolveu. Dormir era mais uma tentativa de escapar da dor, e ele se deixou afundar em sonhos perturbadores, repletos de lembranças de risadas e amor que agora pareciam tão distantes.
Na manhã seguinte, decidiu ir ao lago sozinho, afastando qualquer um que tentasse acompanhá-lo. Precisava de um momento para refletir sobre suas ações e como poderia corrigir o que havia feito. Sua mente girava com preocupações; ele precisava conquistar a confiança dos aldeões e, mais importante, do príncipe Jungkook.
— Ninguém entrará em guerra por alguém que odeiam. — Murmurou para si mesmo, o eco de suas palavras reavivando o sentimento de peso. O legado de seu pai parecia um fardo insuportável, e o medo de falhar o acompanhava.