01

4.3K 206 6
                                    

Isabelle Nogueira

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Isabelle Nogueira

Andava desesperadamente pelos corredores do aeroporto.

Os meus braços estavam doendo de de puxar as duas malas gigantes que eu carregava.

Muitas pessoas me derem a ideia de apenas trazer o básico,o restante era pra mim comprar no Brasil.

Mas convenhamos,impossível deixar alguns sapatos que eu paguei mais de mil euros,bolsas de marca que eu dividi em diversas vezes sem juros.

Não iria deixar os meus bebês para trás.

Recebi uma proposta pra se tornar a nova psicóloga do Flamengo, e é óbvio que eu aceitei, não era nem louca de recusar.
Eu amava esse clube,era a minha paixão,então trabalhar lá era um dos meus maiores sonhos,mas nunca pensei em realizar.

Lá estava eu parada na fila enorme do embarque para o Brasil.
Eu estava saindo de Madrid,atual cidade onde eu morava, e estava indo para o Rio de Janeiro, encontrar minha família,meus amigos, e meu novo trabalho.

Pra ser sincera, a partir do momento que sentei a minha bunda na poltrona do avião eu apaguei, dormi o voo inteiro,estava morta de cansaço e pra dar uma ajudinha Também tinha tomado um remédio.

Acordei assustada com o piloto dizendo que já estávamos aterrizando.

Desço do avião tranquilamente, e chego sendo recebida pelo solzão do Rio de Janeiro,como eu estava com saudade disso.
Madrid era frio,não tão frio assim, mas particularmente eu amava o calor, e se esse calor fosse do Rio eu amava ainda mais.

—Minha filha—minha mãe grita enlouquecida  quando me viu no portão do desembarque.

Ri vendo que ela e meu pai carregavam um cartaz enorme escrito: "Seja bem-vinda nossa bebezinha amada."

—Olá,mamãe!— coloquei a minha mala de lado e a abracei.

—Aí filha,que saudade—me olhou de cima a baixo- Não tá se alimentando direito né mocinha,tá tão magrinha filha- diz apertando minha bochecha.

—Estou me alimentando muito bem mãe, e não estou magra coisa nenhuma—revirei os olhos.

Encarei meu pai que continha um sorriso enorme no rosto.

—Papai!— pulei em seus braços.

Minha relação com o meu pai sempre foi ótima.

Eu sou e sempre fui a princesinha intocável dele.

—Princesa!— me abraçou apertado— quanta saudade de você!—

—Nem me fale!— me afastei— Estava com muita saudades de todos vocês!— sorri.

—Como foi o voou?—minha mãe perguntou curiosa.

—Eu dormi o voou inteiro,só acordei quando pousei aqui!—fiz bico.

—Então nem está cansada— meu pai bateu no me ombro.

—Sim,Cansada de dormir— rimos— Quero ver o Rique,se bobear ele deve estar do meu tamanho— fiz bico.

—Ele já está quase me ultrapassando!— minha pegou a mala ao meu lado e meu pai pegou a outra— está carregando o que aqui?— me olhou de lado.

—Minha vida em Madrid!— fui sincera.

—Senhor!— meu pai fez careta.

O caminho todo até a minha casa eu tentei atualizar dois anos da minha vida inteira para os meus pais.

—Pode ir na frente,deixa com a gente as malas!— meu pai disse assim que estacionamos na casa.

Desci do carro rapidamente,abri a porta e fui correndo em direção ao quarto do meu irmão.

—RIQUE!— gritei quando abri a porta.

—BELLE!— saiu da cama correndo e veio na minha direção.

O abracei rapidamente.

Que saudade desse pirralho.

Henrique foi a melhor coisa que apareceu na minha vida.

Há nove anos atrás eu chorava de desesperado por que não queria de jeito nenhum um irmão.

Hoje em dia eu daria a minha vida por ele, Rique foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida,curou todas as feridas que eu nem sabia que tinha.

𝑫𝑬𝑺𝑻𝑰𝑵𝑨𝑫𝑶𝑺 -ᵍᶦᵒʳᵍᶦᵃⁿ ᵈᵉ ᵃʳʳᵃˢᶜᵃᵉᵗᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora