LIMBUS: Lost it all (Elijah Mikaelson x MaleOc)

LOVE ISN'T ALWAYS FAIR

Olá, espero que gostem.

Boa leitura!

Quando Vittório chegou em Nova Orleans nunca imaginou que sua vida tomaria um rumo tão diferente do planejado, depois de quatrocentos anos de existência, encontrou um lar. Era estranho para ele pensar que seu lar estaria em um universo diferente. Outro pensamento que nunca passou por sua cabeça era que ele se apegaria a um Nefilim e se deixasse convencer a entrar em uma batalha que não lhe pertencia, não quando ele mesmo procurava não se envolver em assuntos que não lhe pertenciam. Alec alegava que ele tinha um bom coração, Vittório sempre se questionava, como alguém poderia pensar que o filho de dois demônios poderia ter um bom coração?

O bruxo nascido na Hungria, filho legítimo de Elizabeth Bathory, que na versão deste mundo teve vários filhos, sua filiação lhe trouxe muitos problemas na infância e na adolescência, mesmo tendo sido adotado por uma família abastada, nobre e receber seu sobrenome, Márton, alguém sempre descobria a verdade.

Essas pessoas zombavam dele ou o agrediram, física ou verbalmente, o fizeram conhecer a verdade sobre si ainda na infância, elas também desapareciam com a mesma rapidez com que surgiam. O que faziam as lendas sobre ele ser um demônio se espalharem, mas Vittório não era um demônio, ainda não, ele era apenas uma criança. Uma criança que não tinha amigos, as outras crianças o rejeitavam ou porque ouviam conversas entre os adultos ou por causa de seus hábitos estranhos como colecionador de serpentes, interesse por venenos ou porque as pessoas que eram uma ameaça para ele desapareciam. Ele também nunca machucou seus agressores, sua babá, sim, senhorita Lazar, cuidava de Vittório desde que era um bebê, lhe dava carinho e contava histórias para dormir, histórias sobre bruxas, anjos e demônios. Ela também lhe contava histórias sobre um anjo caído chamado Samael e fizeram Vittório o considerar um herói na sua mente infantil, ela dizia que Samael era seu anjo caído da guarda.

Ao contrário de algumas lendas, o bruxo não nasceu com olhos de serpente, ele os obteve aos oito anos no meio de uma discussão com seu tutor que desejava puni-lo por ousar chamar um anjo caído de anjo da guarda. O homem mundano não viu os olhos de serpente, mas viu a adaga de prata que o bruxo enfiou em seu coração. Sua babá chegou no mesmo instante, foi até o menino preso em um transe e o despertou, rasgou a parte de cima da própria roupa, desgrenhou os cabelos e sujou as mãos de sangue do morto, abraçou o menino e começou a gritar desesperada. Ela convenceu a família de que tinha matado o homem mal para proteger o menino. Todos acreditaram, era a saída menos trabalhosa. Naquela noite, a senhorita Lazar contou a Vittório o que ele era e quem era seu pai.

O novo preceptor era um bruxo, secretamente marido da sua babá e também enviado por Samael que cuidava do filho à distância. E assim Vittório cresceu como o filho adotivo dos Márton, mais próximo da sua própria espécie por causa de seu pai, rejeitado por seus hábitos hediondos, como chamava o senhor Márton, Vittório gostava de frequentar a parte esquecida da cidade, não frequentava a igreja com a família, mas amava os bordéis, era amigo das prostitutas e dos marginais, para horror da sua família tradicional e da elite da qual pertencia. Na tentativa de fazê-lo mudar o senhor Márton decidiu enviá-lo para o exército e também arranjou-lhe um casamento com uma jovem de família nobre da cidade vizinha.

Aos dezessete anos, na sua festa de noivado, Vittório conheceu sua noiva, mais bonita que o esperado, que para seu horror era uma lobisomem, o bruxo não queria se casar, mas não tinha uma palavra sobre isso. Ele também um homem misterioso que se apresentou como Astha, aquele era com certeza o homem mais bonito que o bruxo, que nunca tinha saído da sua cidade, havia visto. Astha era mais baixo que Vittório, aparência andrógina, elegante, delicado e masculino ao mesmo, pele cor de oliva, longos cabelos negros que caíam pela cintura como cascatas e os olhos tão pretos como uma noite sem lua, na descrição do bruxo.