6 • Brazil

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• Jamie •

O lançamento do volume 2 teve grande repercussão, superou a primeira parte. A equipe da Netflix me informou o segundo país onde Stranger Things têm mais fãs depois dos EUA. Eu recebi o melhor convite possível; viajar ao Brazil com Joseph para conhecermos fãs e dar algumas entrevistas. Imediatamente fui visitá-lo, contei os segundos para o elevador chegar no sétimo andar e quando o sinal foi alertado, saí correndo e toquei a campainha de seu apartamento, ele abriu a porta e eu dei um abraço tão empolgado nele que caímos no sofá.

— Você viu? — perguntei.

— Sim, eu vi!

— É tudo que eu precisava, você e eu juntos, só nós dois, sem nada, nem ninguém para atrapalhar.

— Então, Brazil aí vamos nós! — Joseph sorriu.

Nos preparamos e fizemos as malas para viagem. Jess quase teve um surto quando soube que ficaríamos distantes por uma semana; se ela não tivesse compromisso, provavelmente iria me acompanhar, fico feliz que ela esteja ocupada.

 Jess quase teve um surto quando soube que ficaríamos distantes por uma semana; se ela não tivesse compromisso, provavelmente iria me acompanhar, fico feliz que ela esteja ocupada

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Adentrando o avião com Joseph, sentamos um ao lado do outro com a equipe atrás

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Adentrando o avião com Joseph, sentamos um ao lado do outro com a equipe atrás. Pedimos por champanhe e brindamos.

— Soube que eles gostam muito de nós. — ele disse, observando a vista da janela.

As nuvens do céu estão desaparecendo com a chegada da noite, eu coloco minha mão direira sobre o seu joelho, Joseph entrelaçou os dedos nos meus, olhou pra mim e sorriu. Incrível como seu sorriso me faz sorrir automáticamente. E se estivéssemos sozinhos nesse avião, eu poderia beija-lo. 

“Tenha mais um pouco de paciência, Jamie.”

Penso comigo mesmo, respirando fundo e soltando o ar pela boca.

[...]

Após chegarmos no aeroporto de São Paulo, entramos em uma Van e fomos levados para o hotel, as vagas que pertencemos são do terceiro andar, quartos separados, porém de frente. Troquei de roupa, vesti uma calça jeans, camisa preta e fiz um coque no cabelo e saí do quarto, ao trancar minha porta avistei Joseph, ele escolheu usar um traje todo cinza, com uma típica e adorável camisa branca de botões; e ah... A corrente magnética amostra na abertura da gola.

Descemos o elevador com os seguranças, na porta do hotel havia um carro, o motorista seguiu trajeto para o estúdio de uma das empresas da Netflix no Brazil, lugar onde estava acontecendo uma festa de recepção para nós dois.

Conversamos com a tradutora, cumprimentamos e tiramos fotos com o pessoal presente, ela nos deu drinks gelados, disse que se chama caipirinha' e riu quando tentei pronunciar o nome da bebida.

— Isso é bom. — eu disse, provando o sabor doce de limão com o álcool.

— Também gostei. — disse Joseph, virando o copo de uma vez.

— Gostou mesmo! — disse espantado com o modo que ele bebeu e já foi para outro copo.

A festa têm o tema karaokê e a trilha sonora foi conjunta com a de Stranger Things e algumas músicas do Brazil.
A tradutora começou a nos contar o quê diziam na letra.

— “Eu te quero mais que tudo, eu preciso do seu beijo...”

Eu prestava atenção em sua empolgação ao traduzir, tentando escuta-lá em meio ao som alto.

— Ela fala muito rápido, não estou entendendo nada. — Joseph cochichou no meu ouvido, me fazendo rir.

E mesmo dando atenção para as pessoas que vinham  conversar conosco separados, sempre nos colamos' de novo. É indescritível, estamos compartilhando da fama, sucesso e o mais importante; amor.

Esse amor é palpável nas entrelinhas, na liberdade que temos nesse momento, em sua mão se encontrando com a minha, meu braço envolto de seu ombro, dançando tão próximos no centro, sobre os tons lilás vindo das luzes. Entre drinks de caipirinha, ficamos um pouco bêbados e eu quase o beijei, Joseph virou o rosto e meu beijo acertou sua bochecha.

— Está louco de me beijar aqui? — ele disse baixinho, contendo o riso.

— Desculpe, eu estou tão feliz por tudo, desde o que realizamos com a série, até isso que nós temos hoje. - apontei para ele e pra mim.

— Tudo bem. — Joseph me deu um abraço apertado.

— Eu te amo. — susurrei em seu ouvido.

— Eu também te amo, Jamie.

— Muito? — perguntei.

— Você não têm idéia do quanto.

A festa acabou, nos despedimos agradecendo no palco do karaokê. Não é tão tarde, por volta das 21:30. Todos entendem que amanhã será um dia cheio de entrevistas, por esse motivo terminou cedo.

De volta ao hotel, subimos o elevador, no corredor, peguei a chave no bolso e coloquei na fechadura da porta do meu quarto, fitei Joseph de relance, ele olhou para mim, deu um riso e entrou em seu quarto sem dizer nada. Ele só pode estar me provocando...

Entrei no meu quarto e soltei o cabelo, desembrulhei uma bala de menta e enfiei na boca, balançando de um lado para outro com a língua, acendo um cigarro e vou para varanda. Com os cotovelos sobre o balaustre de ferro, observando a lua cheia no alto do céu, fico pensativo ao soltar fumaça. O silêncio está longe da minha mente, pois só imagino os "gritos felizes" que eu quero escutar da boca de Joseph.

No último trago, assopro a fumaça e jogo o cigarro fora, saio do quarto e caminho para o outro lado do corredor, parando frente ao quarto dele, bato na porta e Joseph a abre, ele está apenas de cueca branca e corrente.

— Será que têm espaço para mais um nesse quarto? — pergunto, sedento por sua resposta.

𝐈 𝐖𝐀𝐍𝐍𝐀 𝐁𝐄 𝐘𝐎𝐔𝐑𝐒 • 𝐉𝐚𝐦𝐢𝐞 & 𝐉𝐨𝐬𝐞𝐩𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora