𝐈 𝐖𝐀𝐍𝐍𝐀 𝐁𝐄 𝐘𝐎𝐔𝐑𝐒 • 𝐉𝐚𝐦𝐢𝐞 & 𝐉𝐨𝐬𝐞𝐩𝐡

8 • Você acredita em destino?

• Jamie •

O quê é bom passa rápido e não foi diferente dessa vez, após uma semana cheia de entrevistas e encontro com fãs, chegou o dia em que, infelizmente Joseph deve viajar para Itália, somente daqui há um mês poderemos nos ver novamente.

— Você têm mesmo que ir? — pergunto um tanto triste.

— Não faz essa cara. — ele acariciou meu rosto — Aproveita os dois dias que vai continuar no Brazil.

— Querido, eu espero que não se apaixone por nenhuma mulher italiana.

— Jamie... — ele riu — Isso não vai acontecer, ok?

— Ok...

Joseph borrifou seu perfume e terminou de arrumar a mala. Alguém bateu na porta do quarto, o chamando para partir.

— Tenho que ir, vou te esperar ansioso.

— Não mais do que eu. — me aproximei de Joseph, coloquei a mala que ele segurava no chão e lhe dei um beijo, seguido de um abraço onde guardei seu cheiro na minha memória, enquanto ainda está sendo envolto por mim — Quero que você fique com isso. — tirei o anel liso de prata do meu dedo anelar e coloquei no seu, coube perfeitamente — Cada vez que olhar para sua mão, poderá lembrar do que vivemos aqui, além da promessa que eu fiz.

— Eu te amo. — ele me deu outro abraço.

— E eu só quero ser seu. — sussurrei em seu ouvido.

— Joseph! — gritaram do lado de fora.

O acompanhei até o corredor, vejo ele entrar no elevador com os seguranças e uma das moças que veio conosco na viagem. Nos olhamos nessa última despedida e a porta de aço se fechou.

— Jamie. — disse Caio, o tradutor.

— Oi? - me voltei para ele.

— Lembro de ter me dito que gostaria de ver uma partida de futebol, compramos um ingresso pra você. Gostaria de assistir o jogo?

— Claro!

— Legal! São Paulo vai jogar hoje à noite.

— A minha torcida é toda dele.

Eu me aprontei para o jogo e junto ao tradutor fomos de carro para o estádio.

A arena parece um campo de batalha, antes de começar o jogo, desejei boa sorte aos jogadores com a ajuda do Caio, ganhei uma camiseta e um boné do time.

Alguns fãs me reconheceram e conversaram comigo. A cada gol, a energia de comemoração das pessoas se tornava contagiante.  São Paulo ganhou, assim como eu esperava!

Na saída, alguns fotógrafos registraram meu momento frente ao estádio. Depois das fotos, eu, Caio e dois seguranças seguimos caminhando para a rua de trás, onde o carro estava me esperando para voltar.

À poucos passos do carro, uma senhora de vestido preto, cabelos do mesmo tom e olhos verdes apertou meu pulso levemente, ela apontou para palma da minha mão, sem precisar dizer quaisquer palavra, compreendi que se tratava de uma cartomante.

— Vamos, Jamie! — disse Caio, abrindo a porta do carro.

Ela pode ser uma daquelas charlatonas que existem na Times Square. Porém, lá no fundo, algo me dizia para escuta-lá. Então, disse para Caio me acompanhar, já que não falo português, ele ficou na disposição de traduzir.

A senhora nos levou para sua loja de artigos religiosos, ela virou a placa que sinalizava a permissão de entrada, fechando na intenção única de ler meu futuro, nos levou para sala dos fundos, atravessando a cortina revestida por pedras de quartzo rosa, sentou-se numa mesa e começou a embaralhar as cartas em sua mão, sentei na cadeira da frente e o tradutor ao lado.