Sad song • Noart

013

| Noah Urrea | 

Volto pra casa naquela noite, pensando o porque de Alex estar na casa dela.
Tudo bem, já entendi.. Ele e Josh são amigos. Mas porque diabos ele vai ficar frequentando a casa dela agora?
Não que eu sinta ciúmes, nem nada. Mas ainda é meio estranho.
Saber que um desconhecido está na casa dela tão tarde da noite.

Talvez Linsey tenha razão, eu deveria assumir logo isso e dizer a Sina como verdadeiramente me sinto.

Mas ela deixou bem claro que queria ir com calma, então eu estou meio que tentando ir devagar com ela. Tentando.. Tentando, e tentando.

Estou sentado no sofá de casa, Linsey está assistindo a uma série na hbo.

De repente a imagem de Alex se jogando pra cima de Sina surge em minha mente.

Bom, acho que ele não seria capaz de tentar nada com ela..

Ou seria?

Não, acho que não.

Se bem que, Sina está "solteira". Não temos nada sério, e talvez...

Não, definitivamente estamos tendo algo.

É, estamos sim.

Ou não..

Acho que pensei alto demais, pois Linsey está rindo com as mãos no rosto enquanto estou perdido em meus pensamentos conturbastes

— O que foi, mané?

Saio do transe, e finalmente observo seu rosto

— Estou quase enlouquecendo. — Digo, e ela muta a teve.

— Porque? — Ela faz uma breve pausa — Ou eu deveria dizer: Por quem?

Ela abre um sorriso, e reviro os olhos

— Sina..

Minha Irma sorri mais ainda

— O que tem?

— Não sei qual o próximo passo.. — Digo com sinceridade, e Linsey pensa por uns instantes

— Já chamou ela pra sair?

— Sair? Pra onde?

Linsey revira os olhos, e fico sem entender. Ela se aproxima de até onde estou e se senta do meu lado

— Um encontro, Noah. Você ainda não chamou a garota para um encontro?

— O que? Não. — Nunca tinha pensado nisso. Quero dizer, já tinha sim, mas eu estava esperando as coisas ficarem um pouco mais... sérias.

— Então chama a gata pra sair. — Ela quase grita — Antes que outro alguém a chame.. Porque, bem, você sabe.. Sina é..

Olho para seu rosto, e ela usa uma das mãos como leque para se abanar. Não preciso de mais nenhuma palavra para entender o recado.

Mesmo assim, ela continua..

— Quente.

Eu sei Linsey, como eu sei.

— Quer saber? Tem razão. — Digo determinado.

Levanto do sofá e caminho até a porta, eu estava disposto a finalmente fazer o convite para ela.

— Porque não faz isso amanhã? — Minha irmã continua, mas não dou a mínima.

Atravesso a rua com toda determinação do mundo, paro no quintal dos Beauchamp e vou para a janela dela.