CAPÍTULO 14

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PABLO MARTIN PAEZ GAVIRA

- Não aconteceu nada, eu só - Ela interrompe

- Nada? tem certeza? Você está assim por nada?

- Não é nada - Olho para ela - É tudo

- Você sabe que pode contar para mim - Ela passa a mão em uma das lágrimas que escorria em meu rosto

- Eu normalmente não penso no que está acontecendo ao meu redor

- E quando você pensa, isso acontece? 

- Nunca desse jeito - Ela se ajeita na cama - É o meu pai, e agora a minha mãe ter traído ele, e o que o Ferran me disse faz isso ser - Ela interrompe

- O que o Ferran disse? - Olho para ela

- A verdade - Ela inclina a cabeça e aguarda a continuação da minha frase - Ele disse que eu não tentei o suficiente por você. E ele está certo, eu não devia fingir que corri para a Morgan ontem a noite e devia ter ficado e te escutado. Eu deveria ter feito você ficar na noite passada e não ter saído daquele jeito. E agora no café do manhã, eu estava com a Morgan, não porque eu a chamei e sim porque ela é amiga da minha irmã

- Gavi - Olho para ela

- Você sabe desde o primeiro dia que eu não escondo nada de você e - Ela interrompe

- Eu pensei milhares de vezes em voltar pro seu quarto - Ela sorri - Pablo, eu nunca soube de nada na minha vida, eu sempre fiz as coisas esperando que o tempo fosse me dar a resposta. E então eu te conheci, naquele porta malas, eu sabia o que eu queria - Seu sorriso continua estampado em seu rosto - É meio louco pensar assim porque a gente mal se conhecia, mas não posso mentir que a nossa hora não é agora. A gente não vai dar certo nesse momento Gavi, você sabe disso. Mas eu sei que é você, eu posso conhecer mil garotos nesse mundo inteiro, mas nenhum vai me fazer sentir o que eu sinto quando eu estou com você - Ela passa a mão em meu rosto 

- Eu continuo querendo só você - Seu olhar volta para mim e seu sorriso diminui mas permanece

- É só que - Ela pausa e me encara, nos agarramos em questão de segundos - Eu não consigo ser só sua amiga, Pablo - Ela diz em meio ao beijo

- Que bom! Eu não quero que você seja só isso- Minhas mãos passam por sua cintura e suas unhas arranham minhas costas

- Por que a gente continua mesmo sabendo que não vai dar certo? 

- Quem disse que não vai dar? - Meu corpo fica em cima do de Cristal e ela olha para minha - Eu deixaria de ser teimoso para te ter, tem ideia disso?

- Desculpa por ontem - Olho para ela

- O que aconteceu ontem? - Ela sorri e desço para seu pescoço - Na real, eu não concordo com o Ferran - Ela me olha - Eu sei que sou o cara certo para você

- Tudo certo - Solto uma risada

- Tudo certo - Tiro sua blusa e distribuo beijos por seu corpo, queria fingir que tudo isso era super normal sendo que eu só transei algumas vezes na minha vida.

Passar aquelas duas horas com ela era tudo o que eu precisava, olho para o lado

- Eu acho que era disso o que eu precisava

- Você está melhor? - Assinto

- Teria como não estar? - Ela sobe no meu colo
e me beija - No café você estava com

- O Ferran? Ele me perguntou se era para te fazer ciúmes

- E era?

- Lógico que sim - Sorrio e ela me abraça - Eu não quero mais ninguém, Gavi - Dou um selinho nela - Ninguém além de você - Ela faz movimentos circulares em minha nuca e alguém bate na porta

- Ei, está melhor? - Raphinha questiona

- Sim, estou

- Cristal está com você? - Olho pra ela

- Não

- Sim - Ela diz - Estou aqui com ele deitada na cama

- Não quero detalhes, Cristal - Raphinha diz rindo e olho para ela. Eu só queria dizer uma frase com três palavras e sete letras. Era cedo demais, engulo elas no seco e beijo sua mão.

O meu eu te amo está com ela agora, bom, tudo o que ela quiser estar com ela. Não tenho dúvidas de que meu lar é essa garota

- Filha - Mãe dela bate na porta

- Já subo - Ela me olha e ri

QUE ASSIM SEJA - PABLO GAVI Onde histórias criam vida. Descubra agora