Tʀɪᴏ Aᴍᴏʀᴏsᴏ [🇧🇷/🇪🇸] ✔︎

Capítulo 11 ✓

●CONTÉM CENAS SEXUAIS EXPLÍCITAS NESSE CAP🔞●

●LA VERSIÓN EN ESPAÑOL ESTÁ JUSTO DESPUÉS DE ESTA●

As manhãs são sempre desagradáveis, seja por preguiça ou simplesmente pelas emoções que lhe rondavam a mente nos dias anteriores, noites em que se concentrava apenas no trabalho, na carreira de herói profissional e nada mais. Agora não havia mais prazer, não havia aquela adrenalina de acordar ciente das suas responsabilidades e dos criminosos que sofreriam amargamente de baixo do seus punhos. A vida tinha se tornado monótona e sem graça, ficar assinando documentos não era uma tarefa emocionante.

No entanto, esse foi o caminho que decidiu percorrer. Não se considerava mais um herói, era uma piada, uma fraude que deveria ter vergonha de usar aquele uniforme e sair por aí se intitulando como o melhor. Tantos anos em busca de um sonho que no final, virou seu maior pesadelo e trauma.

Enji teve dificuldades para se sentar na cama e ir ao banheiro, tomou um banho quente para relaxar os músculos do corpo e regular os pensamentos; precisava descansar, fazia muito tempo que não tinha aquele momento íntimo e cuidadoso consigo. Já vestido com seu roupão ele passou a palma da mão no espelho embaçado, que mostrou o reflexo de um homem decaído e triste. Suspirou, negando o óbvio. Raspou a pouca barba que possuía e escovou os dentes, saindo daquele cômodo sufocante.

Como de costume, a casa que antes vivia cheia de pessoas, agora estava completamente vazia. Mas pensando bem, sempre esteve. Andava através dos longos corredores solitários, tão silenciosos que conseguia escutar perfeitamente qualquer pequeno ruído emitido, ao entrar na cozinha preparou o café e comeu ali mesmo, em pé escorado no balcão olhando para o nada.

Não gostava de empregadas, embora Fuyumi tenha insistido em colocar alguém para cuida-lo em sua ausência, com desgosto acabou aceitando e fazendo a vontade da garota. Por que não?. Porém, a mulher de meia idade que trabalha ali ainda não havia comparecido, o que intrigou o ex herói. Por onde estava? Já era para ter chegado. Ah! Hoje era véspera de natal, nem sequer se lembrava que a dispensou até o ano novo.

E, automaticamente, sua mente foi tomada pelo convite que Shouto lhe havia feito dias atrás, mas sacudiu a cabeça dispensando a idéia em seguida. ¡Que problemático! Isso era totalmente uma idiotice, seria humilhante e estranho aparecer em um ambiente que só irá ter indivíduos que o odeiam. E nem podia julga-los. Não tinha voltado a ver ou conversar com seu filho, e muito menos procurou por ele, aquela reunião foi particularmente cruel, se sentiu fraco, vulnerável, e curiosamente um sentimento de culpa preencheu seu subconsciente.

Revisou seu celular e como já presumia, não continha absolutamente nada, a não ser uma mensagem carinhosa de "Feliz Natal" da sua filha, o que lhe provocou um sorriso e a respondeu. Se arrumou casualmente e bem agasalhado, pois o frio lá fora era aterrador, prefiriu sair da residência sem o uso de automóvel e tentar caminhar tranquilamente pelas ruas.