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Acordei bem cedo, e tentei pensar em algo para fazer. Decidi que iria arrumar a casa, tirando as comidas estragadas e sujeiras por ali, porém deixaria para fazer isso mais tarde, Greta estava sentindo umas coisas estranhas e então iria a uma ginecologista. Abro a geladeira para ver o que tinha, e para minha sorte, Greta tinha feito compras dias antes.

Peguei biscoitos e comi com uma boa xícara de café forte e amargo, peguei os biscoitos caramelizados e coloquei um pouco de chá numa xícara, coloquei tudo em um prato maior e levei até o quarto de Greta.

> Greta... Acorde minha loira... - Digo falando leve para não assustá-la.

> Bom... Dia Pelle! - Ela diz se espreguiçando - Isso tudo é pra mim? - Vejo a mudança de expressão.

Após comermos, a levei a sua médica, sua consulta estava marcada para cedo e havia uma boa quantidade de mulheres ali, então demoraria tempo suficiente para arrumar minha bagunça.
Comecei a tirar as comidas estragadas, e ainda lavei a geladeira. Limpei a casa e coloquei as roupas sujas e roupas de cama pra lavar, e fui comprar mais comidas e um cobertor novo.
Deixei a casa perfeita, pra definitivamente morar numa casa descente, onde Greta também teria prazer em morar ali.

Kyra's pov

Aqui estava um saco, minha mãe me monitorava em tudo, iria a escola todos os dias, para me vigiar, é não podia trancar a porta do quarto. Era tudo sob a vista dela, estava no meu último ano, mas mesmo assim eu sabia que depois disso eu me tornaria o que ela se tornou: Uma prostituta. Me casaria com alguém rico, mesmo sem amar, e viveria uma vida com muitos filhos.
Eu sentia muita falta de Dead, mas o menino filho de pais ricos e família boa que minha mãe me apresentou, estava sendo muito legal comigo, sempre me dando presente e me levando para a escola em seu carro. Apesar de ser 3 anos mais velho que eu, eu gostava de seu jeito, gostava de sua companhia e seus presentes. Minha mãe arrumou outro cara rico, que me olhava estranho, com... com desejo...

Uma noite, enquanto eu dormia, sentia alguém abrir a porta do meu quarto, e quando eu olhei.... lá estava Octávio, o marido de minha mãe. Ele disse que só queria ver se eu estava dormindo como minha mãe pediu, mas nas noites seguintes eu passei a dormir, só quando todos dormiam, por isso eu trancada meu quarto sem minha mãe saber.
Eu tinha medo daquele homem, já peguei seus olhares em mim várias vezes, eu tinha que sumir dali.
Faltava apenas 9 meses para o meu aniversário de 18, e as leis da Itália só permitiam eu tomar conta da minha vida aos 21..
Sair com Klaus, por mais que fosse por obrigação eu sair com meu futuro marido, ainda me tirava daquele inferno. Eu saíria com ele está noite, completavamos 4 meses que nos conhecíamos e pra ele era uma data especial, mas para mim era só mais um dia normal.

> Você está magnífica! - Ele diz pegando na minha mão e me tirando - Ficaria ainda mais num vestido de noiva.

> Não vou casar com você Klaus, eu disse. Desiste dessa ideia. - Digo entrando em seu carro

> Eu tentando fazer você feliz e te tirar daquela casa, eu te amo tanto Karolyna. - Ele diz me fazendo dar um soco em seu braço. - louca?

> disse que eu não gosto que me chamem assim, meu nome é Kyra! - Digo estressada batendo a porta do carro.

Ele me levou a um restaurante caro, e eu pude pedir qualquer coisa mesmo. Ele normalmente sempre me tratava como sua namorada, e até me chamava assim perto das pessoas, porém hoje ele estava mais liberal, não estava tentando controlar o meu jeito como ele fazia.
Achei aquilo tudo estranho mas entrei no jogo dele, pedi apenas uma entrada e uma sobremesa, comi e em seguida estava me ajeitando para ir embora, quando ele tirou algo do bolso... Era uma caixinha preta.

> Eu Quero que seja minha oficialmente! Vamos começar devagar então... Kyra, como você prefere ser chamada, aceita ser minha namorada? - Ele diz me mostrando um anel com diamante caríssimo em cima.

> Klaus você sabe que eu não o amo como você quer, mas eu não sei. Devo fazer tudo como minha mãe quer, então sim, eu namoro você, mas tente se aproveitar de mim. - Eu digo pegando o anel brutalmente e colocando em meu dedo.

Ele passou o jantar todo sorrindo, e eu odiando tudo aquilo, mas sempre conversávamos sobre se casar e ir morar juntos. Realmente seria a melhor ideia, pois assim eu poderia viver longe da narcisista da minha mãe, mas teria que aprender a amar Klaus.
Eu tentava me esforçar para fazer tudo o que minha mãe queria, é até fingi ser sua "amiga" contando super animada o meu namoro com Klaus, é ela fez questão de retirar meu anel e olhar com desejo o meu anel com o diamante...

> Magnífica pedra! - Ela diz impressionada - Está gostando dele né? Bom rapaz, de atitude, rico...

> Eu o amo, sem dúvidas, até estávamos pensando em morar juntos... Ele tem uma mansão na Noruega, 4 quartos, suítes, área grande... Um sonho! - Eu digo, mostrando a atriz que sou.

> Noruega Karolyna? Até pensei que você realmente estava desistindo daquele loiro frajuto, mas estava enganada. Parabéns pelo namoro, mas não vai morar com ele tão cedo. - Ela saí batendo a porta do quarto.

Mas eu não desistiria tão fácil, eu moraria com aquele moreno metido, e como ele era louco por mim, seria fácil ele convencer minha mãe.

Desci de madrugada para falar ao telefone com Klaus, eu tinha tudo em minhas mãos.

> Minha gata! - Ele diz feliz - Qual o motivo de meus ouvidos ouvirem sua doce voz?

> Não exagera Klaus - Sorri - O que acha de irmos tomar sorvete amanhã? Quero sair com meu namorado, será que eu posso ou ele está ocupado com a empresa do papai? - Disse irônica.

> Minha deusa ignorante querendo sair comigo? Essa é nova! - Ele diz debochado - Passo aí as 4 princesa, eu amo você!

> Também te gosto Klaus! - Eu digo - Boa noite, sonha com meu beijo aí.

Desligo o telefone ainda sorrindo por aquele idiota, e escuto uma voz.

> Não tarde pra mocinha estar acordada? - aquela voz sem vergonha e amedrontadora se aproximou....

Logo eu já sabia quem era, porém eu tinha medo do que estava por vir..

CorpseOnde histórias criam vida. Descubra agora