005 - Conhecendo melhor

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NOAH:

Quando deu a hora do almoço, fui pra mesa e ela me serviu, quando ela foi colocar o suco no copo ela quase caiu, pois tropeçou na roda da minha cadeira

- Ohh, me desculpa senho... quer dizer, Noah. - ela disse um pouco envergonhada e sorriu -

- Sem problemas - falei

Sabe, é muito constrangedor uma mulher linda como ela vendo minha situação, tenho um pouco de vergonha, eu sei que estou me iludindo por ela, pois uma mulher gata como ela nunca iria se interessar por um cadeirante inválido.

Isso é a pior parte de depender dessa merda de cadeira de rodas. Mas fazer o que, essa é minha nova vida.

Mas não quero desistir dela assim, por enquanto não agora.

- Linsey, podemos assistir um filme, o que acha? - perguntei morrendo de medo dela recusar -

- Claro, vou terminar de arrumar aqui, pode ir escolhendo o filme - ela falou -

Fui pra sala, fiz a transferência da cadeira pro sofá, como sofá era grande tive um pouco d dificuldade, e pra piorar ela chega bem na hora

- Precisa de alguma ajuda? - falou simpática -

- Só preciso que vc me dê a mão pra mim conseguir sentar, não tenho muita força nas costas - falei um pouco sem graça -

- Tudo bem - ela estendeu sua mão e eu consegui sentar, mas não consegui puxar minha pernas, ou se não, daria de cara com o chão -

- Noah, pode deixar que eu te ajudo, licença - ela disse e puxou minhas pernas, com muita delicadeza e as arrumou com uma almofada embaixo -

- Muito obrigado Linsey - falei realmente agradecido, sem ela teria dado de cara com o chão

- Não precisa me agradecer - ela falou e sorriu -

Dei play no filme, escolhi "Como eu era antes de você", é um filme incrível, eu particularmente amo!

(NARRADORA: REALMENTE É MUITO BOM!! )

- Ahh, eu amo esse filme - ela disse assim que viu a introdução -

- Eu também, é muito legal - falei e ela concordou -

O filme foi passando até que percebi Linsey morrendo de sono, não falei nada pois queria que ela encostasse sua cabeça em meu ombro hahah

E foi isso o que aconteceu, não demorou muito pra ela estar com sua cabeça encostada em mim

Passei meu braço pelo seus ombros e ficamos assim até o filme acabar, logo que acabou senti ela se mechendo

- Noah...eu... desculpa, eu não deveria ter dormido, ainda mais assim - ela disse apavorada -

- Ei, calma não foi nada tá? Relaxa, pode ficar assim se quiser - eu falei e ela ficou surpresa -

- Já está tarde, são 15:00hrs, vc deve estar com fome né? Ou vontade de ir no banheiro não sei - ela fala toda atenciosa -

- Linsey, ainda dá tempo do lanche da tarde, só preciso de uma mãozinha pra sair desse sofá, aí a gente pode ir a cozinha preparar algo - falei e aparentemente ela ficou mais tranquila -

- Ok, vem que eu te ajudo - ela fala levantando -

- Só preciso que coloque minhas pernas pro lado e me dê sua mão pra mim sentar, pode deixar que eu passo pra cadeira - eu falo e ela faz o que eu pedi -

- Desculpa a pergunta mas... Vc não sente nada nas pernas? - ela perguntou com um pouco de medo -

- Não sinto nada, consigo mecher levemente o quadril, mais nada - eu falo um pouco desconfortável pois não gosto desse assunto -

- Bom, agora que já está sentado consegue ir pra cadeira? - ela pergunta e eu assinto - então tá, e me desculpa pela pergunta novamente -

- Tá tudo bem, vou pra cadeira aí a gente vai fazer nosso lanche da tarde - falo e ela sorri -

LINSEY:

MEODEUS QUE SURTO FOI ESSE!!

Primeiro ele me chama pra assistir filme, e já fiquei feliz demais.

Depois eu durmo com minha cabeça encostada em seu ombro, e quando acordo ele está me abraçando pelos ombros.

ISSO É REAL?

Na hora que eu perguntei se ele sentia algo nas pernas, me arrependi muito, deu pra ver o seu desconforto, mas graças a Deus ele não me tratou mal.

Agora estamos nós dois aqui na cozinha, ele "sentado" no balcão e eu fazendo bolinhos de chuva, ele pediu pra mim fazer algo do Brasil, então fiz um dos meus lanches preferidos

- Vc gosta de canela? - pergunto a ele -

- Gosto sim, porque? -

- No Brasil, as pessoas comem bolinho de chuva com açúcar e canela - falo e ele assente -

- Lin, tem certeza que não quer que eu te ajude em nada? - ele fala -

- Não precisa, tenho medo, vai que cai sei lá. Mas muito obrigada por oferecer sua ajuda - eu falo e ele assente meio pra baixo -

- Noahh, eu sei que você é capaz de fazer qualquer coisa! Só não quero por sua vida em perigo, e eu sou a funcionária, funcionários são para trabalhar. - falo pois percebi que ele ficou meio triste, por achar que eu acho que ele não conseguiria fazer -

- Linsey, em tão pouco tempo você já é uma das pessoas que mais me entendem, eu me sinto um inválido, por não conseguir fazer nada. Obrigado por me entender -

- Não precisa agradecer, e pode me chamar apenas de Lin. Agora chega de papo triste e vamos comer que está pronto! - falo e vamos pra sala de jantar, ele está levando o pote con açúcar e canela e eu os bolinhos de chuva

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