Nada como voltar para casa

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Tudo que eu queria era aliviar o tesão que estava sentindo naquele momento. Talvez tenha sido a maconha que tinha fumado mais cedo que me deixou assim, sempre acontecia quanto fumava esse tipo de coisa. Eu era assim, não até um ano atrás quando deixei a cidade que morava para se ver livre dos pais abusivos que tinha e fazer faculdade, mas naquele momento nada daquilo importava, já não estava mais sentindo dor, tudo que eu sentia era uma sensação muito boa quando o garoto que mal sabia o nome estava dentro de mim. O garoto é lindo e sabia disso e naquela posição que estava era tudo que eu conseguia pensar. O olhava de cima as vezes e seu queixo ficava parado na cabeça do garoto enquanto eu o beijava no pescoço. O garoto me levantou com força, forçando um gritinho de tesão e foi andando ainda dentro de mim enquanto eu entrelassava as pernas em volta de sua cintura. O garoto sentou se no sofá, então eu comecei a rebolar devagar enquanto o beijava loucamente. Foi quando o garoto ameaçou que iria gozar enquanto mexia no meu membro, ele já ofegante disse por fim que não aguentava mais e então senti um jato quente seguido de outros dois escorrer na minha perna foi aí que o êxtase tomou conta do seu corpo e jorrei na barriga do garoto que sorriu e me beijou pela última vez. Me levantou e fui ao banheiro me limpar e deixei o garoto sentado no sofá ainda em transe e esgotado. Depois do banho vesti minha roupa que estava no chão do quarto e notei ao voltar pra sala que o garoto acabou dormindo. Dei graças a Deus pelo que aconteceu e decidi sair dali o mais rápido que conseguia antes que fosse convidado para ficar o resto da noite. Já no Uber indo pra casa senti um vazio, aquele que normalmente sinto um tempo depois de gozar e tive vontade de chorar mas decidiu aguentar quando o celular apitou.

"Você foi embora sem me dizer seu nome. Isso não se faz."

Tudo que respondi foi: "obrigado pela foda, eu tava precisando disso. Sou o Rafa, prazer." E bloqueei o contato. Eu não sabia porque fazia isso, mas sempre fazia. Era livre mas naquele momento não me sentia assim.

O caminho até a rodoviária foi silencioso e eu sabia que voltar para BH me afetaria muito depois de 5 meses ignorando completamente a existência dos meus pais, mas dessa vez eu não tinha escolha. Não tinha comido nada o dia todo então passei naquelas lojas da rodoviária que a água custa 8 reais. Peguei o primeiro salgadinho que vi pela frente e uma barra de chocolate, era o suficiente para passar a noite no ônibus. 

Comprei minha passagem para 00:15 quando um garoto emburrado com uma jaqueta estufada se sentou ao meu lado me olhou de cima a baixo e voltou a se concentrar no seu celular.

Te Amo Por AcasoWhere stories live. Discover now