Prólogo

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Antes que comecem a leitura, saibam que todos (TODOS) os personagens da primeira versão estarão presentes aqui. A maioria já sabe de QUEM estou falando. Então também já sabem o que acontece com ele e que em breve ele perde foco na obra, então ou aguentem ou não leiam.

Obrigada e boa leitura.

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" O corpo amarrado sobre o tronco se remexia em pânico, sua cabeça latejava, observando o tempo mudar tão drasticamente em questão de segundos.

Os moradores se reuniam em torno do corpo do pobre adolescente amarrado contra o tronco, idosos, adultos e crianças observavam tal crueldade como se fosse algo extremamente comum de se assistir.

– Me diga, meu jovem... O que os diabos falaram para ti? – o padre questionou o jovem, o idoso segurava contra o peito a bíblia fechada em sua mão direita e na esquerda, carregava uma garrafa de barro com água benta. – O que os diabos lhe contaram?

– E-eu não lembro... – sussurrou o rapaz trêmulo, seus olhos se voltavam da esquerda para a direita constantemente, uma crise de pânico que na época era chamada de possessão. – Eu... Só lembro que...

– ELE QUER NOS AFETAR COM AS PALAVRAS DE SATÃ! – gritou uma mulher no fundo da tal "platéia" arrancando gritos concordando com as palavras da mesma.

– Calem-se, povo do senhor. Se acalmem. Deus ensina a ouvir antes do julgamento. – o Padre repetiu pela centésima vez, voltando a observar o rapaz que tremia, o gelado da correnteza daquele rio profundo batia contra seus pés, estava com muito, mas muito frio. – Vamos, meu rapaz... Continue...

– Eles... Me trataram bem... Eu fui cuidado... Alimentado... Eu... – o mais novo sequer teve condições de terminar suas falas, uma pedra pesada e grande atingiu com toda a força suas pernas, arrancando um grito doloroso e agonizante de sua garganta.

O sangue escorria daquela ferida recente como uma correnteza suave, pingando sobre a água lentamente.
O corpo do rapaz tremeu mais uma vez, um movimento estranho surgiu em seu estômago, queria vomitar...

– Não atirem ainda! Ele precisa confessar seus pecados antes! – o Padre voltou a repetir, novamente tomando a atenção do jovem, que agora chorava pela dor que sentia em todo seu corpo repentinamente.

– Eu... Eu sou uma carta... Eu sei disso... Sou uma carta... Um aviso... – o jovem murmurou, sua cabeça latejou novamente, não enxergava mais, não sentia mais cheiro, estava perdendo seus sentidos.

– Se é uma carta, então o que lhe foi escrito? – o padre perguntou confuso, notando a coloração avermelhada que surgia rapidamente na pele do rapaz.

– ... Oito... Dias...

O corpo explodiu em questões de segundos, os órgãos moles saltaram para todas as direções em pedaços, seu sangue manchando as vestes de cada um dos moradores presentes naquele lugar.
Seu braço ainda estava pendurado contra o tronco graças as firmes amarras, assim como seus pés.

As pessoas gritaram em pavor, o padre horrorizado observava o par de olhos boiando sobre o rio, pareciam lhe fitar como se ditassem seu futuro cruel, sumindo entre pedras grandes daquele rio profundo.

Uma mulher desmaiou quando o estômago estraçalhado caiu sobre o bebê recém-nascido em seu colo, o corpo da criança rolou contra o rio, afundando entre todo o caos, ninguém notou a alma inocente sendo levada antes que o pior viesse a acontecer.

Uma criança gritava gargalhando, achando se tratar de uma brincadeira divertida, vendo o pulmão esmagado contra os pés desesperados das pessoas em pânico correndo para suas casas, enquanto por outro lado, um menino assustado chorava escandaloso em busca de sua mãe, assistindo o coração pulsando a sua última vez antes de nunca mais voltar a bater.

Depois do ocorrido, lobos cercaram a floresta e qualquer um que saísse, desaparecia entre as árvores e arbustos.
A cerca protegida que circulava a vila não existia mais graças aos demônios que assombravam aquele lugar.

No oitavo dia, todos achavam que nunca mais iriam ver algo como aquilo, mas estavam terrivelmente enganados.
O massacre aconteceu e todas as almas daquele vilarejo foram levadas pelos demônios da lenda.

Dizem que até hoje os fantasmas dos moradores sussurram nos ouvidos dos viajantes para alertar que aquele lugar não e seguro e devem fugir o mais rápido que conseguirem.

O fantasma da criança inocente vaga pelas casas, procurando a pessoa que prometeu lhe salvar.
Enquanto o fantasma do jovem assassinado, ainda pena entre as árvores, guiando os inocentes para longe daquele lugar."

– E essa é a história da Vila abandonada de Verbena.– Chan fechou o livro de contos dos demônios da vila com um sorriso macabro no rosto, encarando seus amigos antes de fechar o livro em um baque alto, assustando os presentes – Bom, vamos dormir?

– Ah, claro que eu consigo dormir depois disso. – Seungmin revirou os olhos antes de olhar de relance para fora do trailer que dormiriam, encarando a pequena tenda para dois que montaram no lado de fora, bem de frente para a entrada daquela mesma floresta da história. – Quem vai ser o louco que vai dormir na tenda?

– Eu e o Chan, já que somos os mais velhos. – Woojin respondeu com um sorriso suave nos lábios, já juntando suas coisas para se retirar – Eu não deixaria os mais novos ali, principalmente depois de ouvir essa história de terror.

– Eu não sei vocês, mas eu vou dormir. – Jeongin já estava se ajeitando em seu canto da caminhonete, ouvindo o Bang bater a porta da mesma para que podessem dormir seguros no lado de dentro.

– ... Boa noite, gente... – sussurrou Hyunjin, se encolhendo em seu cantinho enquanto de olhos fechados percebia a iluminação da caminhonete sumir graças a Jisung, que apagou as luzes da mesma.


Todos dormiam tranquilamente, ou pelo menos tentavam, já que acabaram de ouvir uma baita história de terror sendo contada por Bang Christopher Chan, o melhor contador de história que conhecem... Porém mal percebiam o perigo que os observava pelo lado de fora.

Entre galhos e arbustos, os olhos rosas os observavam famintos, ansioso e nervoso, não via a hora de saltar contra o pescoço de um deles e o devorar até a morte.
Enquanto no lado do mesmo, um par de olhos vermelhos como sangue e vibrante como vinho, observava cuidadosamente.

– Se entrassemos agora, os matariamos sem riscos de acordarem... – sussurrou a voz grave, o dono dos olhos rosas estava com fome, queria se alimentar.

– Irmão, respire fundo e me diga... O que sente? – o de olhos em tom de vinho perguntou com um sorriso provocativo, lambendo os próprios lábios enquanto sentia o cheiro que queria que seu irmão sentisse também.

– É um aroma doce e convidativo... Sinto como se eu precisasse arrancar a força cada mísera gota deste ser... – o de olhos rosas respondeu sussurrado, sua voz grave soou amargo diante das próximas palavras – Pensa que nosso compatível está entre eles... Estou certo?

– Sim, meu pequeno... Eles estão com um tipo B entre eles... Faz tanto tempo que espero por isso... – o dono dos olhos vinhos sorriu, um sorriso ladino que deixou seus lábios perfeitamente desenhados ainda mais belos – E pelo aroma... Ele também está aqui.

– Finalmente vamos nos livrar dessa maldição... – sussurrou o dono da voz grossa, mostrando um sorriso ladino assim como seu irmão – Então precisamos fazer tudo cautelosamente.

– Sim... Tudo precisa ir de acordo com os planos.

Vampire Knight (HyunLix/ MinSung)Onde histórias criam vida. Descubra agora