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entre cobertores e o céu estrelado

       " Já é de praxe que quando se deseja algo muito firmemente aos céus, e os manda com uma bela melodia acompanhando suavemente a chegada da prece aos arcontes, estes não teriam opção se não aceita-los e realizá-los mesmo que emburrados. "


  Claro, esse conto só seria dito em algumas das nações de Teyvat, e por alguns poucos sonhadores que gostavam do conforto que esse tipo de história trazia.

  Alguns, como Albedo, achariam burrice se apegar tanto a isso. Outros como Kaeya, diriam que é uma ótima história, principalmente para crianças e para aqueles sem esperança.

  Uma história muito bela, Kaeya falaria docemente. Talvez por causa do álcool inebriando seus sentidos e sua mente, gostava de acreditar em mitos mesmo que soubesse seus fundos duvidosos.

  — Então cara, fico feliz por poder compartilhar algo assim com outro amante do vinho! — o homem tossiu algumas vezes, a voz arrastada.

  O trabalho de Kaeya exigia muitas coisas, esforço físico e mental, lábia, dias sem dormir, planos detalhados e uma alta intolerância a álcool, - além de é claro, toda a exaustão depois de um dia de trabalho -, e Kaeya amava isso. Conseguia sentir seu coração bater em seu peito sempre que se arriscava procurando informações novas e se divertia conversando com os bêbados.

  Não que trabalhar até o maior ponto de exaustão fosse a única coisa que fizesse o coração do capitão dos cavaleiros Favonius bater rápido.

  Hoje, como em um dia qualquer de sua rotina, estava jogando conversa fora com um ladrão que passava pelo bar mais uma vez na semana, já era a quarta vez que se encontravam e finalmente estava tendo resultados, o homem tagarelava e de vez em quando soltava informações valiosas sobre seus chefes, Kaeya não podia deixar de se sentir vitorioso.

  — Você é realmente trabalhador não é? — perguntou alegre, o outro sorriu de volta.

  — É claro!  riu embriagado, mais um copo sendo virado de uma vez na garganta do acastanhado — é tudo que mais me importa, afinal de contas. . .

  O homem de repente pareceu ficar melancólico, como se memórias de mais tivessem invadido sua mente, o transformando em uma nuvem cinzenta chorosa. Kaeya não tiraria dado algum dele nesse estado, então fez questão de mudar os ânimos de seu companheiro de bebida que agora estava muito mais sucetivel a qualquer mudança de humor.

  — Oh, não fique assim, tenho certeza que tem outras coisas preciosas em sua vida — o confortou, saboreando o vinho de dandelions que o haviam servido.

  — Bom, tem uma coisa — sorriu, as bochechas já vermelhas ficaram ainda mais — alguém, para ser específico.

  — Sério? E quem seria?

  — Não é ninguém do meu trabalho, na verdade ela nem sabe o que eu faço da vida. . . é uma mulher loira que trabalha por aqui, nunca tive coragem chamar ela pra sair, mas só de pensar nela meu coração bate forte, meu cérebro frita e fico nervoso de montão! — riu -

  Ele continuou divagando sobre os sintomas da paixão de maneira infantil, mas suas palavras foram embaralhadas pela mente do azulado, que deixava seu coração vibrar em uma calma sinfonia pela certeza de que também tinha alguém assim.

   ( A informação em si não foi nem um pouco útil, mas o capitão agradeceu mentalmente pela sensação de relaxamento que o tópico o trouxe. )

  O homem ao seu lado jamais saberia, mas tinha alguém que o fazia sorrir inconscientemente e, de uma forma excepcionalmente genuína como muita raramente conseguia fazer, tinha alguém que o fazia dormir melhor só com o pensamento deste estar seguro e bem.

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⏰ Última atualização: Mar 03, 2023 ⏰

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