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Angélica Focks narrando

Era tarde da noite, quando ouço a porta da frente da casa ser aberta. Eu sabia que era ele, estava um pouco ansiosa, as chances do plano de fuga dá errado eram muitas, mas mesmo assim resolvi tentar, vai que dá certo.

Escuto um barulho no andar de baixo e logo tudo volta a ficar silêncio novamente.

Pouco tempo depois de eu ter escutado o tal barulho no andar de baixo, a porta do meu quarto é aberta delicadamente, como se quem estivesse abrindo não quisesse fazer um mínino barulhinho.

Sinto um lado da cama afunda.

Eu sabia que era ele, meu coração estava acelerado, mas tento me manter calma de algum jeito.

Meu corpo gela por inteiro, quando sinto seu braço passar por volta da minha cintura, me puxando mas pra perto enquanto me abraçava por trás, nós estávamos na famosa conchinha, e isso não era bom.

__Sei que está acordada!_ele sussurra no pé do meu ouvido, fazendo os pelos da minha nuca se arrepiarem.__Fala comigo, princesinha._ele fala se aconchegando mas perto de mim.

__Não tem o que falar_digo e ele solta uma risadinha irônica.

__Então vai dormir, princesinha_ele fala baixinho no meu ouvido.

Acabo adormecendo sem querer após sua fala.

Acordo com um ronquinho fofo no meu ouvido, me lembro que Apollo está aqui e me apresso pra saí de seus apertos.

Quando já estou fora da cama, fico observando Apollo por um momento, o rosto dele estava tão calmo e sereno, ele roncava baixinho e muito fofo. Nem parecia a desgraça que é.

Saio do quarto o mas rápido possível, pós por um milésimo de segundos, eu pensei em desistir de fugir, só não sei por qual motivo.

Desço até a cozinha e respiro fundo. Eu estava prestes a fazer uma grande merda , ou uma coisa boa, só não sabia qual deles seria ent , fui tentar na sorte.

Pego papel toalha no armário, despedaço e jogo tudo em cima do fogão. Pego um pouco de vodka e gasolina que eu encontrei pela casa, jogo pelos arredores da cozinha. Ligo todas as bocas do fogão e vejo o fogo se alastra rápido.

Corro pra cima e entro no quarto do Apollo a procura da chave da porta da casa.

Quase revirei o quarto todo e nada de encontrar a chave, vejo o casaco moletom do Apollo pendurado na porta e vou até ele.

Vejo que o moletom tinha bolsos, enfio minha mão dentro dos bolsos na esperança de encontrar a chave e assim encontro.

Desço correndo com muito medo do Apollo acorda, abro a porta e sinto a brisa gelada da noite passa por mim.

Antes de sair correndo pela floresta, tranco a porta novamente, só pra garantir que o Apollo não sai de dentro daquela casa.

Puxo todo ar dos meus pulmões ao sair correndo floresta a dentro, descalça e um pouco angustiada.

Eu queria ser livre mas não queria que o Apollo morresse , independente de tudo que ele fez , ele ainda e um ser humano e eu não posso viver com a culpa de ter matado uma pessoa.

Paro de correr, quando minhas próprias lágrimas me cegam. Penso seriamente em volta pra ajudar o Apollo, mas acabo preferindo viver do que salva uma vida.

Só Deus sabe o que Apollo varia comigo se sobrevivesse a esse incêndio.  
 

𝕾𝖊𝖖𝖚𝖊𝖘𝖙𝖗𝖆𝖉𝖆 𝕻𝖔𝖗 𝕬𝖕𝖔𝖑𝖑𝖔 {Não Revisado}Onde histórias criam vida. Descubra agora