𝒳𝒱𝐼𝐼𝐼 - O Baile de Máscaras Parte II

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Azriel


— Ei! — Gritava Cassian enquanto eu fingia não o escutar — Ei Az!

O clima estava gelado demais, se tornando completamente desagradável de voar naquelas condições. Talvez devesse ser a hora de providenciar novas vestes:

— Vamos Cassian, se nos apressarmos talvez eu ainda consiga deixar a cidade hoje.

As batidas das asas de Cassian aumentaram, o trazendo para meu lado.

Os cabelos de Cassian estavam maiores que de costume. Pequenas cicatrizes rachavam seus lábios secos pelo frio. Os olhos lacrimejando em contato com o vento gélido do norte:

— Fique — Disse ele — Apenas hoje.

As primeiras luzes de Velaris começaram a surgir no horizonte montanhoso. A cadeia de montanhas que cercavam a cidade já estavam cobertas pela neve. Nuvens no céu cobria a lua e as estrelas, iluminando pouco aquela noite.

O inverno seria frio.

As músicas que antes preenchiam as ruas, agora estavam abafadas, tocando apenas dentro das casas e estabelecimentos.
Placas de gelo começavam a se formar no Rio, as árvores já haviam secado e os telhados já estavam cobertos de neve.

O tempo havia passado rápido demais enquanto estávamos no acampamento illyriano.

Pousamos na entrada da casa do grão-senhor, o barulho das botas sobre o gelo preencheram as entradas.

As sombras dançavam por meus ombros enquanto recolhia minhas asas junto a minhas costas. Cassian batia a neve do peito enquanto subiamos as escadas da entrada principal.

E então ela abriu as portas. O olhar inocente como se fosse apenas pura coincidência nos encontrar ali:

— Elain — Disse Cassian acenando para a moça.

Os cabelos dourados presos em tranças que caíam sobre a roupa pesada e quente que a jovem fêmea vestia.

Ela sorriu para nós, e abriu passagem sem dizer uma palavra. Permanece em silêncio enquanto entrávamos, as sombras rondando minhas asas em movimentos lentos e cautelosos.

A casa estava quente com o crepitar da lareira na sala de estar. Feyre estava recostada em sua poltrona preferida. Secando o suor com uma toalha de algodão. Seus olhos azuis encontraram os meus, calorosos e receptivos, ela se sentou devagar, sorriu e fez sinal para que nos sentassemos:

— Que bom que estão de volta — Ela disse com a voz alegre — Rhys vai ficar feliz em tê-los aqui.

As sombras sempre permaneciam calmas enquanto eu estivesse perto deles, em casa:

— Foi ele quem nos chamou de volta — Respondi.

— Sim! — Completou Cassian — Em pleno treinamento das fêmeas no acampamento.

Feyre pareceu não entender. Seu olhar confuso entregava a atitude de Rhysand:

— Não foi ele quem chamou vocês.

Uma voz melódica e feminina soou do alto da escadaria:

— Foi eu.

— Como você criança? — Perguntou Cassian enquanto observava lyana descer as escadarias — O grão-senhor nos mandou um recado diretamente-

— Vocês deveriam reforçar seus escudos mentais.

Lyana era astuta e não tinha medo de falar o que queria. Seu olhar era desafiador e atraia sua atenção de uma maneira manipuladora. Não era como o olhar de Rhysand, que o seduzia e convidava a descobrir o que havia ali. O dela era mais agressivo, fazendo-se sentir a necessidade de saber o que ela tinha. O azul gélido e violeta se camuflava com a pele clara e os cabelos preto azulados, soltos em camadas escuras que moldavam seu rosto.
A Expressão irônica de Lyana irritava qualquer um.

Corte de Luz e Sombras - Livro 1 - Fanfic ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora