híbridos

A garota da máscara

12 de abril de 1935 

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Estamos todos com medo, as pessoas estão se voltando umas contra as outras. Agora já são vinte mortos e ninguém sabe quem ou o que está causando isso.
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14 de agosto de 2022  

∆Lucca∆  

— O que você tá fazendo aqui? — Eu disse surpreso e envergonhado.  

— Você não deu notícias, aí eu fiquei preocupada. - Disse ela.

— E você veio me procurar no banheiro? — falei em um tom irônico, desligando o choveiro.  

— Desculpa, mas já que estamos aqui podemos aproveitar. — Disse Aily em um tom malicioso entrando no box e ligando o chuveiro novamente. 

— Aily, agora na...  

— Xii! Silêncio. — sussurrou Aily me interrompendo. 

Ela entrou de baixo do chuveiro e soltou o seu cabelo. Minha namorada começou a se aproximar indo em direção a minha boca. Seus lábios se aproximaram dos meus se juntando em um beijo lento e molhado, mas por algum motivo eu não queria continuar, afastei meus lábios encerrando o beijo. 

— Não Aily, agora não dá. — Falei me afastando e saindo do box.  

Eu não estava no clima, e isso é tão estranho. Jamais recusaria normalmente, mas naquele momento... 

— Por que? O que tá rolando Lucca? — Disse Aily sem entender o porquê da minha reação.  

— Desculpa, te explico depois.  

Me enrolei em uma toalha e saí do banheiro.  

— Por que você sempre faz isso comigo? — Perguntou Aily em um tom meio bravo e magoado ao mesmo tempo. 

— O que eu to fazendo? Perguntei sem entender.

Eu não tenho tempo pra esse drama.

— Me largar, nunca me contar nada. Poxa, Lucca. Você sempre me deixa no escuro, sem saber o que está acontecendo. 

— É sério Aily, eu estou com pressa, depois eu te explico. — Eu falava enquanto me vestia. 

— Por que você sempre me deixa falando sozinha Lucca? — Disse Aily extremamente brava.

— Desculpa Aily, mas minha cabeça não está boa pra isso agora. — Saí do quarto e fui em direção às escadas.

As lágrimas começaram a correr pelo rosto de Aily, que cada vez ficava mais triste. A sua decepção era iminente.

  ∆Lucca∆ 

Fui andando rápido e minha mente viajava.
Foi quando passei pela feira, e estava um tumulto que só. No meio daquela confusão eu senti que estava sendo observado. 

Comecei a ficar alerta, tentei andar  normalmente e fui a procura de algum lugar com reflexo. A barraca de espelhos estava próxima então fui passando por ela e olhando pros espelhos tive a confirmação, tinha alguém me seguindo. 

Rapidamente pensei em um plano, mudei a minha rota, fui pra uma rua estreita e pouco movimentada, quase ninguém passava alí. Assim que entrei andei bem rápido, e esperei na virada da rua. Tinha alguém se aproximando. 

Assim que a pessoa apareceu eu a agarrei  pelo pescoço e a pressionei contra a parede. A pessoa estava usando uma máscara preta que tampava completamente sua face, e uma capa.